sexta-feira, 20 de março de 2015

O que é a CIA e a Historia da CIA ( em video ).

Neste artigo, vamos conhecer a história da CIA e os escândalos que a agitaram através das décadas. Vamos ver como a organização está estruturada, quem a supervisiona e que tipo de verificações e balanços acontecem. Também saberemos como os espiões fazem seus trabalhos.
CIA quer dizer Agência Central de Inteligência. Sua principal missão declarada é coletar, avaliar e distribuir inteligência estrangeira para assistir o presidente e os criadores de política sêniores do governo dos Estados Unidos na tomada de decisões sobre segurança nacional. A CIA também pode se engajar em ações secretas, a pedido do presidente. Ela não faz política. Não é permitido espionar as atividades domésticas dos americanos ou participar de assassinatos - apesar de já ter sido acusada de fazer os dois.

Foto cedida pela CIA
Como outros quadros do governo dos EUA, a CIA tem um sistema de verificação e equilíbrio. A CIA se reporta tanto ao poder executivo como ao poder legislativo. Durante a história da CIA, a quantidade de supervisão tem tido fluxo e refluxo. No lado executivo, a CIA deve responder a três grupos: ao Conselho de Segurança Nacional, ao Comitê Consultivo de Inteligência Estrangeira do Presidente e ao Comitê de Superintendência da Inteligência.
O Conselho de Segurança Nacional (NSC) é constituído pelo Presidente, Vice-Presidente, Secretário de Estado e Secretário de Defesa. "O NSC aconselha o Presidente sobre assuntos domésticos, estrangeiros e militares relacionados à segurança nacional e fornece orientação, revisão e direcionamento sobre como a CIA reune inteligência", de acordo com o site da CIA. O Comitê Consultivo de Inteligência Estrangeira do Presidente é composto de pessoas do setor privado que estudam quão bem a CIA vem atuando e a eficácia de sua estrutura. O Comitê de Superintendência da Inteligência deve assegurar que a coleta de informação seja feita adequadamente e que a reunião de todas essas informações seja legal.
No lado legislativo, a CIA trabalha primordialmente com o Comitê de Seleção Permanente da Câmara em Inteligência e Comitê de Seleção do Senado em Inteligência. Esses dois comitês, juntamente com os comitês de Relações Exteriores, de Negócios Exteriores e de Serviços Armados, autorizam e supervisionam os programas da CIA. Os comitês de verbas reservam fundos para a a CIA e para todas as atividades governamentais dos EUA.


Foto cedida pela CIA
Quartel General da CIA - o Centro George Bush para Inteligência em Langley, Virgínia


Falando de fundos, a verba da CIA é secreta e a agência tem permissão para manter seu pessoal, estrutura organizacional, salários e uma quantidade de funcionários em segredo sob um decreto de 1949. Veja o que nós sabemos: em 1997, a verba total para a inteligência do governo dos EUA e as atividades relacionadas à inteligência (das quais a CIA é uma parte) era de US$ 26,6 bilhões. Aquele foi o primeiro ano que o número foi levado a público. Em 1998, a verba era de US$ 26,7 bilhões. As verbas da inteligência para todos os outros anos continuaram confidenciais. No quadro de funcionários de linha de frente, a CIA emprega cerca de 20 mil pessoas.
História da CIA
Os Estados Unidos sempre estiveram engajados em atividades de inteligência estrangeira. A ação secreta ajudou os patriotas a vencerem a Guerra Revolucionária Americana (guerra pela independência). Mas as primeiras agências formais e organizadas não existiam antes dos anos 1880, quando o Escritório da Inteligência Naval e a Divisão de Inteligência Militar do Exército foram criados. Por volta da Primeira Guerra Mundial, a Divisão de Investigação (a precursora do FBI) assumiu as obrigações de reunir inteligência. A estrutura da inteligência continuou através de várias reestruturações. Por exemplo, o Escritório de Serviços Estratégicos, conhecido como OSS (Office of Strategic Services), foi estabelecido em 1942 e abolido em 1945.


Foto cedida pela Naval Historical Center
O U.S.S. Arizona, queimado após o bombardeio de Pearl Harbor. Esse ataque foi uma das maiores falhas da inteligência e contribuiu para a criação da CIA.


Após a Segunda Guerra Mundial, os líderes se empenharam em melhorar a inteligência nacional. O bombardeio de Pearl Harbor, que levou os Estados Unidos à Segunda Guerra Mundial, foi considerado a principal falha da inteligência.
Em 1947, o Presidente Harry Truman assinou o Ato de Segurança Nacional, que criou a CIA. O ato também criou o cargo de diretor de inteligência central, que teve três diferentes funções: principal conselheiro do presidente em questões de segurança, chefe de toda a comunidade de inteligência dos EUA e chefe da CIA, uma das agências dentro da comunidade de inteligência. Essa estrutura foi revista em 2004, com a Reforma da Inteligência e o Ato de Prevenção do Terrorismo, quando se criou o cargo de diretor da inteligência nacional para supervisionar a comunidade de inteligência. Agora, o diretor da CIA se reporta ao diretor da inteligência nacional.


Foto cedida pela Força Aérea dos EUA
General Michael V. Hayden, USAF, diretor da CIA a partir de 30 de maio de 2006


Dois anos depois, o Congresso aprovou o Ato da Agência Central de Inteligência, que permite à CIA manter suas verbas e funcionários secretos. Por muitos anos, a principal missão da agência era proteger os Estados Unidos contra o comunismo e a União Soviética durante a Guerra Fria. Atualmente, a agência tem um trabalho bem mais complexo: proteger os Estados Unidos das ameaças terroristas de todo o globo terrestre.
Estrutura da CIA
A CIA está dividida em quatro equipes diferentes, cada uma com suas responsabilidades:
Serviço Secreto Nacional (National Clandestine Service)
É nele que atuam os chamados "espiões". Os funcionários do NCS saem do país sob disfarce para coletar inteligência estrangeira. Eles recrutam agentes para coletar o que chamam de "inteligência humana". Que tipo de pessoa trabalha para o Serviço Secreto Nacional? Os funcionários do NCS geralmente são pessoas com bom nível educacional, que conhecem outros idiomas, gostam de trabalhar com pessoas de todo o mundo e podem se adaptar a qualquer situação, incluindo as perigosas. A maioria das pessoas, incluindo seus familiares e amigos, jamais vai saber exatamente o que os funcionários do Serviço Secreto fazem. Mais tarde, vamos ver como os espiões ficam encobertos e também conhecer alguns de seus equipamentos eletrônicos legais.
Diretório de Ciência e Tecnologia
As pessoas nessa equipe coletam inteligência pública ou de fonte aberta. A inteligência pública é a informação que aparece na TV, no rádio, em revistas ou em jornais. Eles também usam fotografia eletrônica e de satélite. Essa equipe atrai as pessoas que gostam de ciência e engenharia.
Diretório de Inteligência
Toda a informação reunida pelas duas equipes é entregue ao Diretório de Inteligência. Os membros dessa equipe interpretam a informação e fazem relatórios sobre ela. Os membros do Diretório de Inteligência devem ter excelentes habilidades analíticas e de escrita, estar confortáveis em apresentar informações para grupos e ter a capacidade de lidar com a pressão de prazos.
Diretório de Apoio
Essa equipe fornece apoio para o resto da organização e lida com coisas como contratação e treinamento. "O Diretório de Apoio atrai pessoas especialistas em um campo, como um artista ou funcionário de finanças, ou generalistas, com muitos talentos diferentes", de acordo com o site da CIA
Durante seus mais de 50 anos de história, a CIA tem sido criticada por seu envolvimento (ou falta de) em muitos acontecimentos controversos. Vamos dar uma olhada em alguns deles:
Irã - em 1953, uma ação bem-sucedida apoiada pela CIA expulsou o popular Primeiro-Ministro do Irã e restaurou o poder para o Xá. Agora, muitos historiadores consideram isso um erro, já que as regras repressivas do Xá do Irã levaram a uma revolução nos anos 1970. Após a revolução, os líderes antiamericanos chegaram ao poder.
Baía dos Porcos - em 1961, uma força paramilitar dos exilados cubanos, apoiados pela CIA, atacou a Baía dos Porcos, em Cuba. As forças cubanas esmagaram a invasão, fazendo com que ela terminasse rapidamente.
Watergate - em 1972, ex-oficiais da CIA, parte de um grupo que trabalhava para a campanha de reeleição do presidente Nixon, foram implicados na invasão do quartel-general do Comitê Nacional Democrático.
Jóias da família - após o caso Watergate, o diretor da CIA, James Schlesinger, prometeu descobrir se havia algum outro segredo perigoso na história da Agência. A investigação aborreceu muita gente. Entretanto, na época em que o relatório estava sendo compilado, Schlesinger foi transferido e se tornou secretário de Defesa. O novo chefe da CIA, William Colby, herdou um documento de 693 páginas conhecido como "jóias da família". O relatório afirmava que a agência tinha conspirado para assassinar Fidel Castro e outros líderes estrangeiros; espionado americanos, grampeando suas linhas telefônicas e lendo seus relatórios de impostos; e conduzido experimentos com LSD em pacientes humanos não voluntários. Colby acabou por recusar o relatório - uma tentativa de salvar a agência, afirmou ele mais tarde.
O caso Irã-Contras - vários membros da Administração Reagan violaram um embargo ajudando a vender armas para o Irã. Os procedimentos foram usados para fundar os Contras, um grupo guerrilheiro de direita na Nicarágua. Em 1986, o presidente Reagan afirmou que armas defensivas foram transferidas para o Irã. Mais tarde, a informação demonstrou que o diretor da CIA, William Casey, estava envolvido no escândalo.

Foto cedida pelo Departamento do Congresso
dos EUA/Escritório de Segurança
Um pôster de Conscientização de Segurança da CIA mostrando Aldrich Ames preso em sua cela

Aldrich Ames - esse agente da CIA passou nove anos como espião da KGB. Ele entregou os nomes de muitos espiões dos EUA trabalhando na União Soviética. A KGB pagou a Ames mais de US$ 2 milhões e manteve outros US$ 2 milhões destinados a ele em um banco de Moscou, o que o tornou o espião mais bem pago no mundo [ref (em inglês)]. Ames foi preso em 1994 e está cumprindo pena de prisão perpétua.
11 de setembro de 2001 - terroristas realizaram o maior ato terrorista em solo americano, e a CIA (juntamente com o resto da comunidade de inteligência) foi criticada por falhar em impedir os ataques. Parte dos problemas, disseram os críticos, é que as diferentes agências de inteligência não trabalham juntas. Desde então, a CIA reforçou seu programa de espionagem, treinando muitos novos oficiais. Também houve mudanças estruturais dentro da comunidade de inteligência geral para assegurar a cooperação entre as agências.
Valerie Plame Wilson - agente secreta da CIA, Plame Wilson foi publicamente exposta em 2003, que se desdobrou como grande escândalo em Washington. O escritor conservador Robert Novak a revelou em uma coluna de jornal. O resultado da investigação foi centralizado em quem informou o nome da agente para Novak. É crime revelar intencionalmente o disfarce de um agente da inteligência dos EUA. Uma investigação federal começou em setembro de 2003, e o ex-vice-chefe presidencial de funcionários, Lewis Libby, foi indiciado por mentir e obstruir investigações. A partir de maio de 2006, ninguém foi responsabilizado pela real divulgação de informações secretas.
Coisas de espião



Imagem cedida pela CIA
Cilindro de ponta


Imagem cedida pela CIA
Microcâmera


Imagem cedida pela CIA
Contêiner côncavo em moeda de prata


Cerca de um terço dos 20 mil funcionários da agência está disfarçado ou esteve, em algum momento de suas carreiras na CIA, de acordo com uma história do Los Angeles Times, que pesquisou como eles mantêm seus disfarces.
A maioria dos agentes no exterior está sob disfarce oficial, o que significa que eles se apresentam como funcionários de outras agências do governo, como o Departamento de Estado. Um número muito menor está não oficialmente disfarçado ou NOC. Isso significa que eles geralmente se apresentam como funcionários de corporações internacionais, funcionários de empresas falsas ou estudantes. Valerie Plame trabalhava como uma NOC, apresentando-se como funcionária de uma empresa Shell em Boston, a Brewster-Jennings. Ser NOC é mais perigoso do que ter um disfarce oficial, porque se os NOCs são pegos por um serviço de inteligência estrangeiro, não têm imunidade diplomática para se proteger de uma perseguição naquele país.
Em uma entrevista de jornal, uma fonte anônima disse que se apresentava como executivo de nível médio em uma corporação multinacional enquanto coletava inteligência fora do país por mais de uma década. Ele trabalhou por vários anos como consultor de negócios antes de se unir à agência, o que deu a ele um ótimo currículo para o programa NOC. Os executivos sêniores em seus empregos de disfarce estavam conscientes do  trabalho, mas seus colegas de trabalho do dia-a-dia não. Ele realizava normalmente as tarefas que qualquer um em seu trabalho de disfarce faria, mesmo trabalhando sob um contrato de US$ 2 milhões. Entretanto, freqüentemente, ele também passava três ou quatro noites por semana em reuniões secretas.
Há muitas lendas sobre as vidas de disfarce e de perigo que os espiões levam. Algumas delas são apenas isso, lendas. Por outro lado, os espiões através dos anos realmente usavam uma grande variedade de dispositivos eletrônicos e tecnologia para fazer seus trabalhos. Alguns agora estão expostos no Museu da CIA como relíquias. Alguns destaques do museu são:
o cilindro de ponta, um dispositivo secreto que foi usado desde o final dos anos 1960 para esconder dinheiro, mapas, documentos, microfilmes e outros itens. O cilindro de ponta é resistente à água e pode ser espetado no chão em um lugar raso, para ser recuperado depois;
a microcâmera Mark IV foi usada para passar documentos entre agentes de Berlim Oriental e Ocidental durante os anos 1950 e 1960. Os agentes tiravam fotos que eram do tamanho de cabeças de alfinetes e colavam-nas em cartas datilografadas. O agente que recebia a carta poderia então visualizar a imagem com a ajuda de um microscópio;
o contêiner côncavo em moeda de prata ainda é usado atualmente. Ele parece uma moeda de prata e pode ser usado para esconder mensagens ou filme;

Imagem cedida pela CIA
Um panfleto distribuído durante a Guerra do Golfo


os panfletos produzidos pela CIA, que eram distribuídos durante a Guerra do Golfo, avisando os civis de que os bombardeios estavam acontecendo e dando às unidades militares uma oportunidade para se entregar.
Apesar de a agência ter tido sua parte nas falhas e escândalos, o governo ainda depende muito da CIA para fornecer inteligência e para auxiliar na manutenção da segurança nacional. Embora o terrorismo seja o atual foco da CIA, os Estados Unidos sempre vão ter uma necessidade de contra-informação, espionagem e ações sob disfarce
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Como funciona a tecnologia stealth
Mais links interessantes (em inglês)
Agência Central de Inteligência
Sala de Leitura Eletrônica da CIA
The New York Times: artigos sobre a CIA
Arquivos de Segurança Nacional da Universidade George Washington
Fontes
CIA
http://www.cia.gov
Corral, Oscar. "Veteranos da Baía dos Porcos colocam suas perdas em perspectiva." Jornal Knight Ridder, 20 de abril de 2006.
Biblioteca do Crime
http://www.crimelibrary.com
Museu Internacional do Espião
http://www.spymuseum.org/index.asp
"Ironicamente, responsável pelos segredos da CIA expôs as 'Jóias da Família'." Houston Chronicle, 7 de maio de 1996.
Kinzer, Stephen. "Lição de História: Pare com a Intromissão." Los Angeles Times, 13 de maio de 2006.
Miller, Greg. "A nação; Sombras do disfarce." Los Angeles Times, 16 de julho de 2005.
Ranelagh, John. "A Agência: A Ascensão e Queda da CIA." Touchstone Books, 1987. ISBN 0671639943.
Rich, Motoko. "Valerie Plame procura um contrato para livro." New York Times, 4 de maio de 2006.
Squeo, Anne Marie. "Rove testemunha pela quinta vez diante do grande júri no caso da divulgação de informações secretas." Wall Street Journal, 27 de abril de 2006.
"Desmascarando os agentes disfarçados e o subseqüente perigo à segurança nacional." Rádio Pública Nacional, 21 de julho de 2005.
Weiner, Tim. "William E. Colby, chefe da CIA em uma época de motim." New York Times, 7 de maio de 1996.
Wolf, Julie. "Regan: o caso Irã-Contra." A Experiência Americana, PBS.org, 2000.
http://www.pbs.org/wgbh/amex/reagan/peopleevents/pande08.html
Yancey, Kitty Bean. "Uma imersão nas relações secretas no museu do espião." USA Today, 12 de julho de 2002.

Amigos o linck a seguir fala a respeito da historia da CIA . Um abrç a todos do amigo o Raylander.
https://m.youtube.com/watch?v=ljdhY2TqPKM

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