domingo, 1 de março de 2015

Nazismo e a historia de Hithler e de Berlim 1961. PT e a historia do Socialismo e Democracia e o Comunismo

Amigos o linck que vai seguir fala tudo a respeito do Nazismo e a historia de Hithler deste que quando era uma criança espero que todos gostem um grande abrç a todos do amigo Raylander .
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Amigos e aqui vai tambem um linck do livro Nazismo e como ele pode acontecer de Eduardo Szklarz que é um ótimo livro e espero que todos gostem um grande abrç do amigo o Raylander .
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Amigos o linck que vai a seguir é de videos que fala tudo a respeito de Berlim 1961 .
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Amigos e o linck que vai a sequir fala tudo a respeito da historia de Berlim 1961 espero aue todos gostem um grande abrç a todos os amigos do Raylander.
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crise_de_Berlim_de_1961
Adolf Hitler em 1937.
Führer da Alemanha Alemanha Nazi
Período 2 de agosto de 1934
 até 30 de abril de 1945
Antecessor(a) Paul von Hindenburg (Presidente)
Sucessor(a) Karl Dönitz (Presidente)
Chanceler da Alemanha Alemanha Nazi
Período 30 de janeiro de 1933
 até 30 de abril de 1945
Presidente Ele mesmo (como Führer)
Antecessor(a) Kurt von Schleicher
Sucessor(a) Joseph Goebbels
Ministro-presidente da Prússia Flag of Prussia (1918–1933).svg
Período 30 de janeiro de 1933
 até 30 de janeiro de 1935
Antecessor(a) Kurt von Schleicher
Sucessor(a) Hermann Göring
Vida
Nascimento 20 de abril de 1889
Braunau am Inn, Áustria-Hungria
Morte 30 de abril de 1945 (56 anos)
Berlim, Alemanha
Nacionalidade Áustria Austríaco até 1925
Alemanha Alemão depois de 1932
Progenitores Mãe: Klara Hitler
Pai: Alois Hitler
Casamento dos progenitores 7 de janeiro de 1885
Dados pessoais
Esposa Eva Braun
Partido Partido dos Trabalhadores Alemães (1920-1921)
Partido Nazista (1921-1945)
Religião Ver: Visão religiosa de Adolf Hitler
Profissão Soldado, artista, escritor, político
Assinatura Assinatura de Adolf Hitler
Serviço militar
Serviço/ramo War Ensign of Germany 1903-1918.svg Exército do Império Alemão
Anos de serviço 1914-1918
Graduação Gefreiter (cabo)
Unidade 16º Regimento Bávaro da Reserva
Batalhas/guerras Primeira Guerra Mundial
Condecorações Cruz de Ferro 1ª e 2ª Classes
 Distintivo dos feridos
Adolf Hitler (Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 — Berlim, 30 de abril de 1945), por vezes em português Adolfo Hitler,[1] [2] [3] foi um militar e político, líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães[4] (em alemão: Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, NSDAP), também conhecido por Partido Nazi (português europeu) ou Nazista (português brasileiro), uma abreviatura do nome em alemão (Nationalsozialistische), sendo ainda oposição aos sociais-democratas, os Sozi.[5] Hitler se tornou chanceler e, posteriormente, ditador alemão. Era filho de um funcionário de alfândega de uma pequena cidade fronteiriça da Áustria com a Alemanha.[6]
Em 1923, tentou realizar um golpe de Estado em Munique junto com outros líderes do Partido Nazista. O fracasso desse acontecimento levou-o a cadeia, onde escreveu o livro Mein Kampf (Minha Luta, 1924), autobiografia e programa ideológico para a Alemanha com as suas teses racistas e anti-semitas.[7] [8] Em 1933 tornou-se chanceler da Alemanha; seu projeto nacionalista rearmou o país, recuperou a economia e fez várias obras públicas. Em setembro de 1939, invadiu a Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, juntamente com a Itália e com o Japão, formavam o Eixo. O Eixo seria derrotado pela intervenção externa do grupo de países que se denominavam os "Aliados". Tal grupo fez-se notável por ter sido constituído pelos principais representantes dos sistemas capitalista e socialista, entre os quais a União Soviética e os Estados Unidos, união esta que se converteu em oposição no período pós-guerra, conhecido como a Guerra Fria. A Segunda Guerra Mundial acarretou a morte de um total estimado em 50 a 70 milhões de pessoas.[7]
Documentos apresentados durante o Julgamento de Nuremberg indicam que, no período em que Adolf Hitler esteve no poder, grupos minoritários considerados indesejados — tais como Testemunhas de Jeová, eslavos, poloneses, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, e judeus — foram perseguidos no que se tornou conhecido como Holocausto, no qual estima-se que cerca de 11 milhões de pessoas foram mortas.[7] [9] A maioria dos historiadores admite que a maior parte dos perseguidos foi submetida a Solução Final, enquanto certos seres humanos foram usados em experimentos médicos ou militares.
Hitler sobreviveu sem ferimentos graves a 42 atentados contra sua vida.[10] Devido a isso, ao que tudo indica, Hitler teria chegado a acreditar que a "Providência" estava intervindo a seu favor. A última tentativa de assassiná-lo foi o atentado de 20 de julho de 1944, onde uma bomba, preparada para simular o efeito de um explosivo britânico,[11] explodiu a apenas dois metros do Führer. O atentado foi liderado e executado por von Stauffenberg, coronel alemão condenado à morte por fuzilamento. Tal atentado não o impediu de, menos de uma hora depois, se encontrar em perfeitas condições físicas com o ditador fascista italiano Benito Mussolini.
Adolf Hitler cometeu suicídio no seu quartel-general (o Führerbunker), em Berlim, a 30 de abril de 1945, enquanto o exército soviético combatia as suas tropas que defendiam a capital alemã (a francesa Charlemagne e a norueguesa Nordland). Segundo testemunhas, Hitler já teria admitido que havia perdido a guerra desde o dia 22 de abril, e desde já passavam por sua cabeça os pensamentos suicidas.


Índice


A família de Hitler
Ver artigo principal: Alois Hitler, Klara Hitler, Paula Hitler, Johann Georg Hiedler e Maria Schicklgruber
Pouco se sabe sobre sua vida no período do nascimento até à entrada na política, logo após a Primeira Guerra Mundial. Em 1930, dirigindo-se a opositores políticos, declarou "Não podem saber de onde e de que família venho". Hitler envergonhava-se manifestamente das suas origens humildes. Parece não ter feito nada de relevante até o momento em que iniciou a sua vida militar. As suas declarações em "Mein Kampf", sobre a sua infância, serviram sobretudo para promoção pessoal e são, por isso, pouco confiáveis[12] .



Árvore genealógica de Adolf Hitler.

Biografia
Infância e juventude em Linz



Adolf Hitler quando criança.
Adolf Hitler morava numa pequena localidade perto de Linz, na província da Alta-Áustria, próximo da fronteira alemã, e que à época era parte do Império Austro-Húngaro. O seu pai, Alois Hitler (1837-1903), que nascera como filho ilegítimo, era funcionário da alfândega. Até aos seus quarenta anos, o pai de Hitler, Alois, usou o sobrenome da sua mãe, Schicklgruber. Em 1876, passou a empregar o nome do seu pai adotivo, Johann Georg Hiedler, cujo nome terá sido alterado para "Hitler" por erro de um escrivão, depois de ter feito diligências junto de um sacerdote responsável pelos registros de nascimento para que fosse declarada a paternidade, já depois da morte do seu padrasto. Adolf Hitler chegou a ser acusado, depois, por inimigos políticos, de não ser um Hitler, mas sim um Schicklgruber. A própria propaganda dos aliados fez uso desta acusação ao lançar vários panfletos sobre diversas cidades alemãs com a frase "Heil Schicklgruber" - ainda que estivesse relacionado, de fato, aos Hiedler por parte da sua mãe.
A mãe de Hitler, Klara Hitler (o nome de solteira era Klara Polzl), era prima em segundo grau do seu pai. Este trouxera-a para sua casa para tomar conta dos seus filhos, enquanto a sua outra mulher, doente e prestes a morrer, era cuidada por outra pessoa. Depois da morte desta, Alois casou-se, pela terceira vez, com Klara, depois de ter esperado meses por uma permissão especial da Igreja Católica, concedida exatamente quando Klara já se mostrava visivelmente grávida[12] . No total, Klara teve seis filhos de Alois. No entanto, apenas Adolf, o quarto, e sua irmã mais nova, Paula, sobreviveram à infância.
Adolf era um rapaz inteligente, porém, mal-humorado. Por ser desde cedo boêmio, foi reprovado por duas vezes no exame de admissão à escola secundária de Linz. Ali, começou a acalentar ideias pangermânicas, fortalecidas pelas leituras que o seu professor, Leopold Poetsch, um antissemita bastante admirado pelo jovem Hitler, lhe recomendou vivamente.
Hitler era devotado à sua complacente mãe e, presumivelmente, não gostava do pai, que apreciava a disciplina e o educava severamente, além de não compartilharem muitas ideias políticas. Em "Mein Kampf", Hitler é respeitoso para com a figura de seu pai, mas não deixa de referir discussões irreconciliáveis que teve com ele acerca da sua firme decisão em se tornar artista. De fato, interessou-se por pintura e arquitetura. O pai opunha-se firmemente a tais planos, preferindo que o filho fizesse carreira na função pública.
Em janeiro de 1903 morreu Alois Hitler, vítima de apoplexia. Em Dezembro de 1907 morreu Klara, de cancro, o que o teria afetado sensivelmente.
Viena



Adolf Hitler jovem em 1920.
Com dezenove anos de idade Hitler era órfão e em breve partiu para Viena, onde tinha uma vaga esperança de se tornar um artista. Tinha, então, direito a um subsídio para órfãos, que acabaria por perder aos 21 anos, em 1910.
Em 1907 fez exames de admissão à Academia de Belas-Artes de Viena, sendo reprovado duas vezes seguidas. Nos anos seguintes permaneceu em Viena sem um emprego fixo, vivendo inicialmente do apoio financeiro de sua tia Johanna Pölzl, de quem recebeu herança. Chegou mesmo a pernoitar num asilo para mendigos na zona de Meidling no outono de 1909[13] . Os outros mendigos deram-lhe a alcunha de "Ohm Krüger" (segundo o historiador Sebastian Haffner). Teve depois a ideia de copiar postais e pintar paisagens de Viena - uma ocupação com a qual conseguiu financiar o aluguel de um apartamento, na rua Meldemann. Pintava cenas copiadas de postais e vendia-as a mercadores, simplesmente para ganhar dinheiro, não considerando as suas pinturas uma forma de arte. Ao contrário do mito popular, fez uma boa vida como pintor, ganhando mais dinheiro do que se tivesse um emprego regular como empregado bancário ou professor do liceu, e tendo de trabalhar menos horas. Durante o seu tempo livre frequentava a Ópera Estatal de Viena, especialmente para assistir a óperas relacionadas com a mitologia nórdica, de Richard Wagner, e cujas produções viria, mais tarde, a financiar, como meio de exaltação do nacionalismo germânico. Muito de seu tempo era dedicado à leitura.
Foi em Viena que Hitler começou a perfilar-se como um ativo anti-semita, particularidade que governaria a sua vida e que foi a chave das suas ações subsequentes.[6] O anti-semitismo estava profundamente enraizado na cultura católica do sul da Alemanha e na Áustria, onde Hitler cresceu. Viena tinha uma larga comunidade judaica, incluindo muitos judeus ortodoxos da Europa de Leste.[6] Hitler tomou aí contato com os judeus ortodoxos, que, ao contrário dos judeus de Linz, distinguiam-se pelas suas vestes. Intrigado, procurou informar-se sobre os judeus através da leitura, tendo comprado em Viena os primeiros panfletos abertamente anti-semitas que leu na vida, como relata em Mein Kampf.
Em Viena, o anti-semitismo tinha-se desenvolvido das suas origens religiosas numa doutrina política, promovida por pessoas como Jörg Lanz von Liebenfels, cujos panfletos foram lidos por Hitler; políticos como Karl Lueger, o presidente da câmara de Viena, e Georg Ritter von Schönerer, fundador do partido Pan-Germânico. Deles, Hitler adquiriu a crença na superioridade da "Raça Ariana" que formava a base das suas visões políticas e na inimizade natural dos judeus em relação aos "arianos", responsabilizando-os pelos problemas económicos alemães.[6]
Como Hitler relata em Mein Kampf, foi também em Viena que tomou contato com a doutrina marxista, tendo "aprendido a lidar com a dialética deles", na discussão com marxistas, "incorporando-a para os meus fins".
Munique
Em Maio de 1913, recebeu uma pequena herança do seu pai e mudou-se para Munique. Como escreveria mais tarde em Mein Kampf, sempre desejara viver numa cidade alemã, talvez de acordo com o seu desejo de se afastar do império multiétnico Austro-Húngaro e viver num país "racialmente" mais homogéneo. Em Munique interessou-se especialmente por arquitetura e pelos escritos de Houston Stewart Chamberlain.[13]
Ao mudar-se, fugia também ao serviço militar no exército Austro-Húngaro, que o capturou pouco depois e o submeteu a um exame físico (pelo qual ficamos a saber que mediria 1,73 m). Foi considerado inapto para o serviço militar e permitiram-lhe que regressasse a Munique, onde prosseguiu a sua atividade de pintor, vendendo por vezes os seus quadros pela rua.
A Primeira Guerra Mundial



Hitler como um soldado na Primeira Guerra Mundial.


Hitler (sentado à direita) no exército alemão.
Em agosto de 1914, quando a Alemanha entrou na Primeira Guerra Mundial, alistou-se imediatamente no exército bávaro. Serviu na França e Bélgica como mensageiro, uma posição muito perigosa, que envolvia exposição a fogo inimigo, em vez da proteção proporcionada por uma trincheira.
A folha de serviço de Hitler foi exemplar, mas nunca foi promovido além de cabo, que era a patente mais alta oferecida a um estrangeiro no Exército Alemão à época[14] . O seu cargo, num lugar baixo da hierarquia militar, refletia a sua posição na sociedade quando entrou para o exército.
Não estava autorizado a comandar qualquer agrupamento de soldados, por menor que fosse. Foi condecorado duas vezes por coragem em ação. A primeira medalha que recebeu foi a Cruz de Ferro de Segunda Classe em dezembro de 1914[13] . Depois, em agosto de 1918, recebeu a Cruz de Ferro de Primeira Classe, uma distinção raramente atribuída a não oficiais, até porque Hitler não podia ascender a uma graduação superior, já que não era cidadão alemão.
Em outubro de 1916, no norte de França, Hitler foi ferido numa perna, mas regressou à frente em março de 1917. Recebeu a Das Verwundetenabzeichen (condecoração por ferimentos de guerra) nesse mesmo ano, já que a ferida era resultado direto da exposição ao fogo inimigo.
Durante a guerra, Hitler desenvolveu um patriotismo alemão apaixonado, apesar de não ser cidadão alemão: um detalhe que não retificaria antes de 1932. Ficou chocado pela capitulação da Alemanha em novembro de 1918, sustentando a ideia de que o exército alemão não tinha sido, de fato, derrotado. Como muitos nacionalistas alemães, culpou os políticos civis (os "criminosos de Novembro") pela capitulação.
Após a Primeira Guerra Mundial
Ao término da Primeira Grande Guerra, Hitler permaneceu no exército, agora ativo na supressão de revoltas socialistas que surgiam pela Alemanha, incluindo Munique, para onde Hitler regressou em 1919.
Recebendo um salário baixo, Hitler continuou ligado ao exército. Fez parte dos cursos de "pensamento nacional" organizados pelos departamentos da Educação e propaganda (Dept Ib/P) do grupo da Reichswehr da Baviera, Quartel-general número 4 sob o comando do capitão Mayr. Um dos principais objetivos deste grupo foi o de criar um bode expiatório para os resultados da Guerra e a derrota da Alemanha (ver: Dolchstoßlegende). Este bode expiatório foi encontrado no "judaísmo internacional", nos comunistas, e nos políticos de todos os setores.[13]



Hitler e Erich Ludendorff em 1923.
Para Hitler, que tinha vivido os horrores da guerra, a questão da culpa era essencial. Já influenciado pela ideologia anti-semita, acreditava avidamente na responsabilidade dos judeus, tornando-se em breve num divulgador eficiente da propaganda concebida por Mayr e seus superiores. Em julho de 1919, Hitler, devido à sua inteligência e dotes oratórios, foi nomeado líder e elemento de ligação (V-Mann) do "comando de esclarecimento" com o objetivo de influenciar outros soldados com as mesmas ideias.[15]
Foi, então, designado pelo quartel-general para se infiltrar num pequeno partido nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP). Hitler aderiu ao partido recebendo o número de membro 555 (a numeração começara em 500, por orientação de Hitler, para dar a impressão de que o partido tinha uma dimensão maior do que a verdadeira), em setembro de 1919. Foi aqui que Hitler conheceu entre outros, Dietrich Eckart, um anti-semita e um dos primeiros membros do partido.
No mesmo mês, Hitler escreveu aquele que é geralmente tido como o seu primeiro texto anti-semita, um "relatório sobre o Anti-Semitismo" requerido por Mayr para Adolf Gemlich, que participara nos mesmos "cursos educacionais" em que Hitler havia participado. Neste relatório ao seu superior, Hitler fez a apologia de um "Anti-semitismo racional" que não recorreria aos pogroms, mas que "lutaria de forma legal para remover os privilégios gozados pelos judeus em relação a outros estrangeiros vivendo entre nós. O seu objetivo final, no entanto, deverá ser a remoção irrevogável dos próprios judeus".[16]
Hitler não seria liberado do exército antes de 1920.[17] A partir dessa data, começou a participar plenamente nas atividades do partido. Em breve se tornaria líder do partido[18] e mudou o seu nome para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães), normalmente conhecido como partido Nazi, ou Nazista, que vem das palavras "National Sozialistische", em contraste com os Sozi, um termo usado para descrever os sociais democratas. O partido adoptou a suástica (supostamente um símbolo do "Arianismo") e a saudação romana, também usada pelos fascistas italianos.
Serviu-se, depois, do apoio da Sturmabteilung (SA), uma milícia paramilitar de homens identificados com camisas castanhas, que vagueavam pelas ruas atacando esquerdistas e minorias religiosas e gritando slogans de propaganda, que criou em 1921, para aparentar um ambiente de apoio popular. Por volta de 1923 conheceu Julius Streicher, o editor de um jornal violentamente anti-semita chamado Der Stürmer, que apoiaria a sua propaganda de promoção pessoal e de ódio anti-semita.[19]
O Partido Nazista era nesta altura constituído por um pequeno número de extremistas de Munique. Mas Hitler, em breve, descobriu que tinha dois talentos: o da oratória pública e o de inspirar lealdade pessoal. A sua oratória de esquina, atacando os judeus, os comunistas, os liberais e os capitalistas, começou a atrair simpatizantes.[carece de fontes] Alguns dos seguidores desde o início foram Rudolf Hess, Hermann Göring, e Ernst Röhm, o líder da SA. Outro admirador foi o marechal de campo Erich Ludendorff.
O putsch da Cervejaria
Ver artigo principal: Putsch da Cervejaria
O Putsch da Cervejaria foi uma malfadada tentativa de golpe de Adolf Hitler e seu Partido Nazista contra o governo da região alemã da Baviera, ocorrida em 9 de novembro de 1923. O objetivo do partido era tomar as rédeas do governo bávaro para, em seguida, tentar abocanhar o poder em todo o país. Mas a tresloucada ação foi rapidamente controlada pela polícia bávara, sendo que Hitler e vários correligionários – entre eles Rudolf Hess – acabaram presos.
A obra de Hitler: Mein Kampf
Ver artigo principal: Mein Kampf



Primeira edição do Mein Kampf em alemão, julho de 1925. Exposição do Museu Histórico Alemão em Berlim.
Hitler usou o seu julgamento como uma oportunidade de espalhar a sua mensagem por toda a Alemanha. Em Abril de 1924, Hitler foi condenado a 5 anos de prisão no estabelecimento prisional de Landsberg. Acabaria o Führer por ser anistiado passados pouco mais de 6 meses. Ali, ele ditou o primeiro volume do livro chamado Mein Kampf ("Minha Luta"), primeiramente a Emil Maurice, e posteriormente ao seu fiel ajudante Rudolf Hess. O livro é essencialmente biográfico, e recebe o nome de Eine Abrechnung. A escrita foi editada somente em 1925. Os direitos autorais do livro caem em domínio público em 2015, quando se completará 70 anos da morte do autor, e está sendo preparado uma edição crítica para esta data.[20] [21]
O livro expõe críticas de Hitler a propaganda de guerra alemã na Grande Guerra depois chamada Primeira Guerra Mundial, críticas ao Tratado de Versalhes e à ocupação francesa na Alemanha do pós-guerra. Prega a volta da militarização da Alemanha. Descreve a visão de Hitler sobre psicologia de massas, a maneira certa e o melhor momento de fazer um discurso político. Analisa o conteúdo que deve ter cada discurso de acordo com o seu público alvo. Expõe também a ascensão de Hitler no Partido Nazi que ele não fundou, mas mudou seu rumo. Expõe também a visão de Hitler sobre o jogo político partidário totalmente avessa às coligações partidárias, afirmando Hitler que "O forte é mais forte sozinho", frase que é título de um capítulo do livro. Hitler também critica o colonialismo francês prevendo que a intromissão francesa na África traria, no futuro, problemas para a França.[22]
O segundo volume do Mein Kampf, Die Nationalsozialistische Bewegung, foi escrito em 1926, quando já fora da prisão estava Hitler. O segundo volume, diferentemente do primeiro, busca expressar as ideias Nacional-Socialistas, e não há contidos no livro quaisquer estudos biográficos profundos.
Ler o Mein Kampf é como ouvir Hitler falar longamente sobre a sua juventude, os primeiros dias do partido nazi, planos futuros para a Alemanha e ideia sobre política e raça. A compilação dos dois volumes recebeu primeiramente o nome de "Viereinhalb Jahre [des Kampfes] gegen Lüge, Dummheit und Feigheit" ("Quatro anos e meio [de luta] contra mentiras, estupidez e covardia"), mas foi alterado para simplesmente "Mein Kampf" antes mesmo de ser publicado.
Na sua escrita, Hitler anunciou sua aversão contra aquilo que ele via como os dois males gêmeos do mundo: comunismo e judaísmo, e declarou que o seu objetivo era erradicar ambos da face da terra. Ele anunciou que a Alemanha necessitava obter novo terreno, que chamou de "Lebensraum" (espaço vital), e que iria nutrir apropriadamente o "destino histórico" do povo alemão.
Uma vez que Hitler culpava o presente governo parlamentar por muitos dos males pelos quais ele se encolerizava, ele anunciou que iria destruir completamente esse tipo de governo. É em Mein Kampf que se pode descobrir a verdadeira natureza do caráter de Hitler. Ele divide os humanos com base em atributos físicos e psicológicos. Hitler afirma que os "arianos" estavam no topo da hierarquia, e confere o fundo da pirâmide aos judeus, polacos, russos, checos e ciganos. Segundo ele, aqueles povos se beneficiam pela aprendizagem com os superiores arianos. Hitler também afirma que os judeus estão a conspirar para evitar que a raça ariana se imponha ao mundo como é seu direito, ao diluir a sua pureza racial e cultural e ao convencer os arianos a acreditar na igualdade em vez da superioridade e inferioridade. Ele descreve a luta pela dominação do mundo como uma batalha racial, cultural e política em curso entre arianos e judeus. A suposta luta pela dominação mundial entre estas duas etnias foi aceita pela população quando Hitler chegou ao poder (ver: Nova Ordem (nazismo)).
Ascensão ao poder
Ver também: Ascensão do nazismo



Hitler em desfile da Sturmabteilung em 1932.
Após sua prisão devido ao comando do Putsch da Cervejaria, Hitler foi considerado relativamente inofensivo e anistiado, sendo libertado da prisão em dezembro de 1924. Por este tempo, o partido nazista mal existia e Hitler necessitaria de um grande esforço para o reconstruir.
Nestes anos, ele fundou um grupo que mais tarde se tornaria um dos seus instrumentos fundamentais na persecução dos seus objetivos. Uma vez que o Sturmabteilung ("Tropas de choque" ou SA) de Röhm, não eram confiáveis e formavam uma base separada de poder dentro do partido, ele estabeleceu uma guarda para sua defesa pessoal, a Schutzstaffel ("Unidade de Proteção" ou SS). Esta tropa de elite em uniforme preto seria comandada por Heinrich Himmler, que se tornaria o principal executor dos seus planos relativamente à "Questão Judia" durante a Segunda Guerra Mundial.
Criou também numerosas organizações de filiação (Juventudes Hitleristas, associações de mulheres, etc.). O Partido nazi teve em 1929 uma progressão semelhante à do partido fascista de Benito Mussolini, beneficiando-se do mal-estar econômico, político e social decorrente da derrota de 1918 e, depois, da crise de 1929.
Um elemento vital do apelo de Hitler era o sentimento de orgulho nacional ofendido pelo Tratado de Versalhes imposto ao Império Alemão pelos Aliados da Primeira Guerra Mundial. O Império Alemão perdeu território para a França, Polónia, Bélgica e Dinamarca, e teve de admitir a responsabilidade única pela guerra, desistir das suas colónias e da sua marinha e pagar uma grande soma em reparações de guerra, um total de $6.600.000 (32 bilhões de marcos). Uma vez que a maioria dos alemães não acreditava que o Império Alemão tivesse começado a guerra e não acreditava que havia sido derrotado, eles ressentiam-se destes termos amargamente. Apesar das tentativas iniciais do partido de ganhar votos culpando o "judaísmo internacional" por todas estas humilhações não terem sido particularmente bem sucedidas com o eleitorado, a máquina do partido aprendeu rapidamente e em breve criou propaganda mais sutil - que combinava o antissemitismo com um ardente ataque às falhas do "sistema Weimar" (a República de Weimar) e os partidos que o suportavam. Esta estratégia começou a dar resultados.
Historiadores afirmam que uma propaganda demagógica, que explorava habilmente essas frustrações e o sentimento anti-semita generalizado da sociedade alemã da época, apresentando os judeus como bode expiatório dos problemas sociais, permitiu aos nazistas implantarem-se na classe média e entre os operários, ao mesmo tempo em que o abandono do programa social inicial lhes trazia o apoio da classe dirigente e dos meios industriais.
O ponto de virada em benefício de Hitler veio com a Grande Depressão que atingiu a Alemanha em 1930. O regime democrático estabelecido na Alemanha em 1919, a chamada República de Weimar, nunca tinha sido genuinamente aceita pelos conservadores e tinha a oposição aberta dos fascistas.


Os sociais democratas e os partidos tradicionais de centro e direita eram incapazes de lidar com o choque da depressão e estavam envolvidos no sistema de Weimar. As eleições de Setembro de 1930 foram uma vitória para o partido Nazi, que de repente se levantou da obscuridade para ganhar mais de 18% dos votos e 107 lugares no "Reichstag" (parlamento alemão), tornando-se o segundo maior partido. A sua subida foi ajudada pelo império de mídia controlado por Alfred Hugenberg, de direita.
Hitler ganhou sobretudo votos entre a classe média alemã, que tinha sido atingida pela inflação dos anos 1920 e o desemprego oriundo da grande depressão. Agricultores e veteranos de guerra foram outros grupos que apoiaram em especial os nazistas. As classes trabalhadoras urbanas, em geral, ignoraram os apelos de Hitler. As cidades de Berlim e da Bacia do Ruhr (norte da Alemanha protestante) eram-lhe particularmente hostis.
A eleição de 1930 foi um desastre para o governo de centro-direita de Heinrich Brüning, que estava agora impossibilitado de obter qualquer maioria no Reichstag, e teve de contar com a tolerância dos sociais democratas (esquerda) e o uso de poderes presidenciais de emergência para permanecer no poder. Com as medidas de austeridade de Brüning mostrando pouco sucesso face aos efeitos da depressão, o governo teve receio das eleições presidenciais de 1932 e procurou obter o apoio dos nazis para a extensão do termo presidencial de Paul von Hindenburg, mas Hitler recusou qualquer acordo, e acabou por competir com Hindenburg na eleição presidencial, obtendo o segundo lugar na primeira fase da eleição, e obtendo mais de 35% dos votos na segunda fase, em abril, apesar das tentativas do ministro do interior Wilhelm Gröner e do governo social-democrata prussiano para restringir as atividades públicas nazistas, incluindo notoriamente a proibição das SA.
Os embaraços da eleição puseram fim à tolerância de Hindenburg para com Brüning, e o velho marechal-de-campo demitiu o governo, nomeando um novo governo sob o comando do reacionário Franz von Papen, que imediatamente revogou a proibição das SA e convocou novas eleições do Reichstag.
Nas eleições de julho de 1932, os nazistas tiveram o seu melhor resultado até então, obtendo 230 lugares no parlamento e tornando-se o maior partido alemão. Uma vez que nazistas e comunistas detinham a maioria do Reichstag, a formação de um governo estável de partidos do centro era impossível e no seguimento do voto de desconfiança no governo Papen, apoiado por 84% dos deputados, o parlamento recém-eleito foi dissolvido e foram convocadas novas eleições.
Papen e o Partido do Centro tentaram agora abrir negociações assegurando a participação no governo, mas Hitler fez grandes exigências, incluindo o posto de Chanceler da Alemanha e o acordo do presidente para poder usar poderes de emergência de acordo com o artigo 48 da Constituição de Weimar. Esta falha em formar um governo, juntamente com os esforços dos Nazis de ganhar o apoio da classe trabalhadora, alienaram parte do apoio de prévios votantes, de modo que nas eleições de Novembro de 1932, o partido nazista perdeu votos, apesar de se manter como o maior partido do Reichstag.
Uma vez que Papen falhara na sua tentativa de assegurar uma maioria através da negociação e trazer os nazistas para o governo, Hindenburg demitiu-o e nomeou para o seu lugar o General Kurt von Schleicher, desde há muito uma figura influente e que recentemente ocupara o cargo de Ministro da Defesa, que prometeu assegurar um governo maioritário com negociações quer com os sindicatos sociais democratas quer com os dissidentes da facção nazi liderada por Gregor Strasser.



Adolf Hitler (centro) e seu gabinete em 30 de janeiro de 1933.
Enquanto Schleicher procurava realizar a sua difícil missão, Papen e Alfred Hugenberg, que era também presidente do Partido Popular Nacional Alemão (DNVP), o maior partido de direita da Alemanha antes da ascensão de Hitler, conspiravam agora para convencer Hindenburg a nomear Hitler Chanceler numa coligação com o DNVP, prometendo que eles o iriam controlar. Quando Schleicher foi forçado a admitir a falha dos seus esforços, e pediu a Hindenburg para dissolver novamente o Reichstag, Hindenburg demitiu-o e colocou o plano de Papen em execução, nomeando Hitler Chanceler, Papen como Vice-Chanceler e Hugenberg como Ministro das Finanças, num gabinete que ainda incluía três Nazis - Hitler, Göring e Wilhelm Frick. A 30 de Janeiro de 1933, Adolf Hitler prestou juramento oficial como Chanceler na Câmara do Reichstag, perante o aplauso de milhares de simpatizantes nazistas.
Mas Hitler ainda não tinha cativado definitivamente a nação. Ele foi feito Chanceler numa designação legal pelo presidente Hindenburg, o que foi uma ironia da história, uma vez que os partidos do centro tinham apoiado o presidente Hindenburg por ele ser a única alternativa viável a Hitler, não prevendo que seria Hindenburg que iria trazer o fim da República.
Mas nem o próprio Hitler nem o seu partido obtiveram alguma vez uma maioria absoluta. Nas últimas eleições livres, os nazis obtiveram 33% dos votos, obtendo 196 lugares num total de 584. Mesmo nas eleições de Março de 1933, que tiveram lugar após o terror e violência terem varrido o Estado, os nazis obtiveram 44% dos votos. O partido obteve o controle de uma maioria de lugares no Reichstag através de uma coligação formal com o DNVP. No fim, os votos adicionais necessários para propugnar a lei de aprovação do governo - que deu a Hitler a autoridade ditatorial - foram assegurados pelos nazistas pela expulsão de deputados comunistas e da intimidação de ministros dos partidos do centro. Numa série de decretos que se seguiram pouco depois, outros partidos foram suprimidos e toda a oposição foi proibida. Em poucos meses, Hitler tinha adquirido o controle autoritário do país e enterrou definitivamente os últimos vestígios de democracia
Regime nazista



1 de abril de 1933 - Os nazistas, recém-eleitos, organizam sob a batuta de Julius Streicher um boicote de um dia a todas as lojas e negócios pertencentes a judeus na Alemanha, uma premonição do Holocausto. Neste cartaz afixado por um membro da milícia para-militar SA (os camisas pardas), lê-se a seguinte propaganda anti-semita: "Alemães, defendam-se! Não comprem dos judeus!"
Em 2 de agosto de 1934, Hindenburg morreu. Hitler apoderou-se do seu lugar, fundindo as funções de Presidente e de Chanceler, passando a se auto-intitular de Líder (Führer) da Alemanha e requerendo um juramento de lealdade a cada membro das forças armadas. Esta fusão dos cargos, aprovada pelo parlamento poucas horas depois da morte de Hindenburg, foi mais tarde confirmada pela maioria de 89,9% do eleitorado no plebiscito de 19 de agosto de 1934.
Desde o início, o regime teve oposição interna, tanto civil quanto militar, individual ou coletiva. Hitler sofreu diversos atentados contra sua vida. Como exemplo, em 8 de novembro de 1939, Georg Elser, numa ação solitária, tentou assassiná-lo. Os grupos oposicionistas organizados existentes no país eram pequenos, sem forças e carentes de coordenação central. Este movimento de resistência antinazista interno ficou conhecido genericamente como resistência alemã.
Após ter assegurado o poder político sem ter ganho o apoio da maioria dos alemães, Hitler tratou de o conseguir, e na verdade, permaneceu fortemente popular até ao fim do seu regime. Com a sua oratória e com todos os meios de comunicação alemães sob o controle do seu chefe de propaganda, o Dr. Joseph Goebbels (ver: Propaganda nazi), ele conseguiu convencer a maioria dos alemães de que ele era o salvador da Depressão, dos Comunistas, do tratado de Versalhes, e dos judeus.[23]
Para todos aqueles que não ficaram convencidos, as SA, a SS e Gestapo (Polícia secreta do Estado) tinham mãos livres, e milhares desapareceram em campos de concentração, como o Campo de Concentração de Dachau, perto de Munique, criado em 1933, o primeiro de todos e um modelo para os demais. Muitos milhares de pessoas emigraram, incluindo cerca da metade dos judeus, que fugiram sobretudo para a Inglaterra, Israel (na época chamada de Palestina, sob domínio Inglês) e os Estados Unidos.
Na noite de 29 para 30 de junho de 1934, a chamada "Noite das facas longas", Hitler autorizou a ação contra Ernst Röhm, o líder das SA, que acabaria por ser assassinado. Himmler tinha conspirado contra Röhm, apresentando a Hitler "provas" manipuladas de que Röhm planejava o assassínio de Hitler.
Os judeus que até então não tinham emigrado iriam em breve se arrepender da sua hesitação. Com as Leis de Nuremberg de 1935, eles perderam a sua condição de cidadãos alemães e foram banidos de quaisquer lugares na função pública, de exercer profissões ou de tomar parte na atividade econômica. Foram acrescidamente sujeitos a uma nova e violenta onda de propaganda difamatória. Estas restrições foram mais tarde apertadas mais estritamente, particularmente após a operação anti-semita de 1938 conhecida como Kristallnacht (Noite dos Cristais).
As Igrejas Cristãs, elas próprias impregnadas de séculos de anti-semitismo, permaneceram silenciosas.[necessário esclarecer] Poucos não-judeus alemães objetaram estas medidas. Entre eles destacaram-se os líderes católicos Clemens August von Galen e Michael von Faulhaber. Estes (e outros líderes católicos) protestaram publicamente contra o programa de eutanásia Aktion T4 (ver: Eugenia nazista e Vaticano durante a Segunda Guerra Mundial). O regime tentou controlar a igreja protestante alemã criando o conceito anti-semita de "cristianismo positivo", fundando a Igreja Nacional do Reich e o Movimento Cristão Alemão. Para resistir a esta tentativa de controle do Estado sobre a Igreja, Dietrich Bonhoeffer, Martin Niemöller e outros evangélicos alemães fundaram a Igreja Confessante (ver: Declaração Teológica de Barmen).
A partir de 1941, os judeus foram obrigados a usar a estrela amarela em público, para serem facilmente reconhecidos e considerados "inferiores" (ver: Triângulos do Holocausto). Entre novembro de 1938 e setembro de 1939, mais de 180.000 judeus fugiram da Alemanha; os Nazis confiscaram toda a propriedade que ficara para trás.
Economia
Nesta altura, sob o controle ditatorial, Hitler deu início a grandes mudanças econômicas. Há uma certa controvérsia sobre os aspectos econômicos do governo de Hitler, pois nem todas as suas medidas foram saudáveis a médio e longo prazo. As políticas econômicas do governo de Brüning, cautelosas e fiscalistas, vinham sanando as finanças e organizando o Estado alemão nesse aspecto. Hitler, ao contrário, pôs em prática um largo programa de intervencionismo econômico, baseado no keynesianismo, embora se distanciasse deste em muitos pontos.[24]
O desemprego na Alemanha de 1933 era de aproximadamente 6 milhões. Esse número diminuiu para 300.000 em 1939. Essa diminuição fabulosa, no entanto, ocorreu por diversos motivos, e não só devido à fabulosa política econômica do Reich. Alguns desses motivos são:
◾As mulheres que se casavam deixaram de ser contadas como desempregadas a partir de 1933;
◾Judeus, a partir de 1935, perderam a condição de cidadãos do Reich, não contando mais como desempregados;
◾Ao desempregado eram dadas duas opções: ou trabalhar para o governo sob baixíssimos salários ou permanecer segregado da esfera governamental, longe de todas as suas obrigações, mas também vantagens, como saúde, lazer, etc.;
◾As convocações para o exército começaram a se acelerar. Até 1939, 1,4 milhões de alemães haviam sido convocados. Para armar esse contingente, a produção industrial aumentou e a procura por mão-de-obra aumentou também;
◾Criação da Frente Alemã de Trabalho, dirigida por Robert Ley, que pôs em prática programas governamentais de trabalho que absorveram boa parte da mão-de-obra disponível, ora empregando-a no melhoramento da infra-estrutura do país, ora nas indústrias e na produção bélica.
Essas medidas ocorreram à custa de pesadíssimos investimentos por parte do Estado, comprometendo a longo prazo as finanças. O que se viu, em consequência disso, foi um déficit crescente. De 1928 até 1939, a arrecadação do Estado havia subido de 10 bilhões de Reichsmarks para 15 bilhões, no entanto os gastos, no mesmo período, subiram de 12 bilhões de Reichsmarks para 30 bilhões. Em 1939, o déficit acumulado era de 40 bilhões de Reichsmarks.
A inflação, nesse período, cresceu tanto que em 1936 foi decretado o congelamento de preços. O governo alemão foi incapaz de lidar com o controle de preços e sua interferência constante apenas engessou a economia e dificultou o aumento gradual e equilibrado da produção. A partir de 1936, o dirigismo econômico passou, gradualmente, a substituir a adaptação automática da produção pelo mercado, de maneira que a regulamentação econômica passou a ser maior.
Política



Hitler discursando em 1935


Adolf Hitler discursando no Reichstag.
Em março de 1935 Hitler repudiou abertamente o Tratado de Versalhes ao reintroduzir o serviço militar obrigatório na Alemanha. O seu objetivo seria construir uma enorme máquina militar, incluindo uma nova marinha (Kriegsmarine) e força aérea (Luftwaffe). Esta última seria colocada sob o comando de Göring, um comandante veterano da Primeira Guerra Mundial. O alistamento em grandes números pareceu resolver o problema do desemprego, mas também distorceu a economia. A medida teve apoio popular, pois se inspirou também na tradição cívica de disciplina militar, enquanto exemplo para a vida de todos os cidadãos, herdada de séculos anteriores[25] .
É por esta altura, em 1936 que, nas Olimpíadas de Berlim, o afro-americano Jesse Owens, venceu em várias modalidades, e muitos defendem que tal vitória contradisse na prática a propaganda à raça ariana preconizada por Hitler para estes jogos. Tal dito vê-se errôneo, visto que o arianismo de Adolf Hitler não defende a superioridade ariana quanto à composição física.
Em março de 1936, ele volta a violar o Tratado de Versalhes ao reocupar a zona desmilitarizada na Renânia (zona do Rio Reno, ver: Remilitarização da Renânia). Ingleses e franceses nada fizeram para se opor, o que o encorajou. Em julho de 1936, a Guerra Civil Espanhola começou, com a rebelião dos militares, liderados pelo General Francisco Franco, contra o governo democraticamente eleito da Frente Popular, rebelião esta que contou com o apoio do Vaticano. Hitler enviou tropas em apoio de Franco. A Espanha tornou-se também um campo de teste para as novas tecnologias e métodos militares desenvolvidos na Alemanha. Em abril de 1937, os aviões alemães da Legião Condor bombardeiam e destroem pela primeira vez na história uma cidade a partir do ar. Foi a cidade de Guernica, na província espanhola do País Basco (ver: Bombardeio de Guernica).
A 25 de outubro de 1936, Hitler assinou uma aliança com o ditador italiano fascista Benito Mussolini, denominada eixo Roma-Berlim. Esta aliança seria mais tarde expandida para incluir também o Japão, Hungria, Roménia e Bulgária, bloco que tornou-se conhecido como Eixo. Em 25 de novembro, Joachim von Ribbentrop e o embaixador japonês Kintomo Mushakoji assinam o Pacto Anticomintern, com o objetivo de garantir proteção mútua em caso de um ataque da URSS.
China e Alemanha eram parceiros estratégicos desde antes da Primeira Guerra Mundial. Alguns fatores como o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa e a aproximação entre Japão e Alemanha, abalaram esta parceria. Isto, somado ao fato de Hitler preferir aliar-se ao Japão, por considerá-lo mais capaz de defender-se do comunismo, provocou o fim da cooperação sino-germânica.



Acordo Hitler-Stalin, o Pacto Ribbentrop-Molotov dividiu a Europa entre os dois líderes totalitários, em 1939. Cerimônia de assinatura: Molotov está assinando, Ribbentrop está atrás (com os olhos fechados), com Stalin à sua esquerda.
A 5 de novembro de 1937, na Chancelaria do Reich, Hitler presidiu a um encontro secreto onde discutiu os seus planos para adquirir o "espaço vital" ao povo alemão.
A 12 de março de 1938, Hitler pressionou a sua Áustria nativa à unificação com a Alemanha (o chamado "Anschluss"). Suas tropas entraram na Áustria e Hitler fez um discurso triunfal em Viena na Heldenplatz (Praça dos Heróis) onde foi saudado efusivamente por uma multidão de austríacos simpatizantes, muitos deles fazendo a saudação romana (ver: Saudação nazista) adotada pelos nazistas.
O próximo passo seria a intensificação da crise com a zona dos Sudetos, de língua alemã, situada na Checoslováquia. Isto levou ao acordo de Munique de setembro de 1938 onde França e Inglaterra de forma fraca deram vazão às exigências de Hitler, procurando evitar a guerra com este, mas entregando-lhe a Checoslováquia (Neville Chamberlain assinou o pacto, propondo ainda uma política de contenção a política de apaziguamento).
No seguimento do acordo de Munique, Hitler foi designado como Homem do Ano de 1938. Foi também alegado que a autora de origem judaica Gertrude Stein defendeu nesse ano a entrega do Prémio Nobel da Paz a Hitler.[26] [27]
A 10 de Março de 1939, Hitler ordenou a entrada do exército alemão em Praga. Nesta altura, os ingleses e franceses perceberam finalmente que deveriam resistir. Resistiram às próximas exigências de Hitler, que diziam agora respeito à Polónia. Hitler pretendia o regresso dos territórios (Corredor polonês) cedidos à Polónia pelo Tratado de Versalhes.
As potências ocidentais não aceitaram as exigências de Hitler mas não conseguiram chegar a um acordo com a União Soviética para uma aliança contra a Alemanha (ver: Negociações sobre a adesão da União Soviética ao Eixo) e Hitler manobrou para uma posição de força.
A 22 de maio de 1939 é firmado o Pacto de Aço entre Itália e Alemanha. Em 23 de Agosto, Hitler concluiu uma aliança com Stalin (pacto Molotov-Ribbentrop). A 1 de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polónia, no que foi seguida pela União Soviética. A Inglaterra e a França reagem desta vez, declarando guerra à Alemanha. A Segunda Guerra Mundial estava começando.
Por fim, em 27 de setembro de 1940, Reino de Itália, Império do Japão e Terceiro Reich firmam o Pacto Tripartite formalizando a aliança entre as potências do Eixo
Segunda Guerra Mundial
Vitórias iniciais
 Mais informações: Europa ocupada pela Alemanha Nazista



Hitler e o marechal-de-campo Walther von Brauchitsch em 1939.
Nos três anos seguintes, Hitler conheceria uma série quase inabalada de sucessos militares. A Polónia foi rapidamente derrotada e dividida com os soviéticos. Em abril de 1940, a Alemanha invadiu a Dinamarca e a Noruega. Em maio, a Alemanha iniciou uma ofensiva relâmpago, conhecida por "Blitzkrieg", que rapidamente ocupou a Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França, (esta última capitulou em seis semanas). Nesta altura, Aristides Sousa Mendes era o cônsul de Portugal em Bordeaux e salvou a vida de dezenas de milhares de refugiados, muitos dos quais judeus e que assim se salvaram do Holocausto. Contra as instruções expressas de Salazar, Aristides concedeu vistos de entrada para Portugal aos refugiados que o procuravam.
Em abril de 1941, a Iugoslávia e a Grécia foram invadidas por exércitos alemães. Forças ítalo-alemãs avançavam também pelo norte de África em direção ao Egipto (ver: Afrika Korps e Erwin Rommel).
Estas invasões foram acompanhadas do bombardeamento de cidades indefesas tais como Varsóvia, Roterdã e Belgrado.
A única derrota de Hitler nesta fase foi o fracasso do seu plano de bombardear e posteriormente invadir a Inglaterra. A Força Aérea Real (RAF) acabaria por vencer no ar a Batalha da Inglaterra. A incapacidade de adquirir supremacia nos céus britânicos significou que a "Operação Leão Marinho", o plano de invadir a Grã-Bretanha, foi cancelada.
A 22 de junho de 1941 foi desencadeada a Operação Barbarossa. As forças de Hitler invadiram a União Soviética, rapidamente se apoderando da terça-parte da Rússia Europeia, cercando Leningrado e ameaçando Moscou. No inverno, os exércitos alemães foram detidos às portas de Moscou com o rompimento da frente pelos russos, mas no verão seguinte, a ofensiva continuou. Em julho de 1942, os exércitos de Hitler chegavam ao Volga. Aqui, eles foram derrotados em 2 de fevereiro de 1943 na Batalha de Stalingrado, a primeira grande derrota alemã na Guerra e que se tornaria o marco decisivo do início da derrota do III Reich.
No norte de África, os ingleses derrotaram os alemães na batalha de El Alamein, destroçando o plano de Hitler de se apoderar do Canal do Suez e do Oriente Médio.
A derrota e o suicídio
Ver artigo principal: Morte de Adolf Hitler



Recorte de jornal, com a notícia da morte de Hitler.
A partir de 1943, no entanto, a queda alemã tornou-se inexorável e o atentado de 20 de julho de 1944 contra Hitler, ocorrido no Wolfsschanze (Toca do Lobo), revelou a força da oposição interna. Nessa época a saúde de Hitler estava muito debilitada, possuía problemas cardíacos, era hipocondríaco, sofria de insônia, sofria também de mal de de Parkinson e estava envelhecendo precocemente. Após uma última derrota (ofensiva das Ardenas, em dezembro de 1944), Hitler refugiou-se em um bunker (esconderijo) na cidade de Berlim (o Führerbunker), onde mais tarde cometeria suicídio em 30 de abril de 1945.
Uma maioria esmagadora dos relatos históricos sustenta a tese do suicídio de Hitler. No entanto, existem rumores na América Latina segundo os quais Hitler teria fugido para um país da América do Sul (ver: Ratlines) onde teria morrido com uma doença incurável, tendo sido um sósia a morrer no bunker em Berlim. O mesmo teria acontecido com Eva Braun, sua noiva, com quem teria se casado pouco antes do suicídio. Segundo alguns historiadores, Braun teria se casado com ele somente depois de jurar "fidelidade" e prometer que se mataria junto com ele. Seus corpos não foram encontrados, ele teria mandado sua guarda cremá-los, talvez para que não houvesse nenhum modo de o inimigo torturá-lo vivo, nem após sua morte.
Uma segunda corrente de historiadores, no entanto, acredita que o fim da vida de Adolf Hitler teria ocorrido com a destruição de seu bunker em Berlim, por um grande ataque aéreo dos aliados já no fim da grande guerra. Acreditam ainda que, após este ataque a seu bunker, os corpos de Eva Braun e do braço direito de Hitler, Heinrich Himmler, também foram encontrados, mas em melhores condições que o do próprio Hitler: tinham em seus corpos queimaduras e marcas das ferragens, já o de Adolf estava carbonizado, sendo reconhecido apenas pela sua vestimenta e seu bigode. O reconhecimento do corpo de Hitler foi feito por seus próprios comandantes e soldados capturados. Pelo fato dos corpos terem sido encontrados carbonizados, os aliados teriam vinculado a notícia de que seus corpos não foram encontrados, mas se sabe, através de relatos, que não fora a ordem de Hitler para cremar seus corpos o real motivo para os mesmos terem sido localizados desta forma, mas sim o da explosão de uma bomba que teria destruído o bunker onde ele e seus fiéis colaboradores se encontravam. As autópsias feitas nos corpos encontrados no bunker em Berlim revelaram que em um dos corpos havia uma bala de pistola Luger. Boatos dizem que era a arma com a qual Hitler havia se matado antes da bomba cair em seu bunker, ou ainda que um dos seus colaboradores havia disparado contra Hitler para que o mesmo não fosse capturado vivo pelos aliados.

O testamento de Hitler
Ver artigo principal: Testamento político de Adolf Hitler
No dia 29 de dezembro de 1945, em Nuremberg, foi divulgado a existência de vários documentos secretos em uma casa do campo, situada em Tegernsee, a 48 quilómetros ao sul de Munique, nas vizinhanças da residência do General Lucian Truscott (Comandante do Terceiro Exército dos Estados Unidos). Eram quatro documentos que foram denominados de testamento de Adolf Hitler[28] . Foram considerados na época como prova definitiva da morte de Hitler, uma vez que seus corpos foram queimados no bunker de Hitler e o local foi tomado pelas tropas soviéticas que dificultaram as investigações e isso causou dúvidas sobre a certeza de sua morte.[28]
A descoberta fora feita por britânicos da contraespionagem e norte-americanos. Os documentos estavam datados em 29 de abril de 1945, data de pouco antes do colapso da resistência alemã, e contava com testemunho de Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda do Reich, do secretário pessoal de Hitler e Reichsleiter Martin Bormann, do representante de Himmler na Tchecoslaváquia, Hans Krebs, e de Wilhelm Bergdorf.[28]
No mesmo local foi encontrado o original do contrato de casamento de Hitler com Eva Braun, testemunhado por Martin Bormann e por Goebbels. Outro documento descoberto, além do chamado testamento político Hitler, foi o seu testamento particular dispondo de sua fortuna pessoal que tem como testemunhas Martin Bormann, Goebbels e Nicolaus von Below, ajudante de Martin Bormann
Vida pessoal



Hitler, sua esposa e sua querida cadela Blondi em 14 de Junho de 1942.
Vários historiadores afirmam que Hitler era vegetariano. Janet Barkas, no livro "The Vegetable Passion" (A Paixão Vegetal) e Colin Spencer no livro "The Herectis Feast" (O Banquete dos Heréticos), apoiam essa ideia. Entretanto, alguns dos biógrafos do ditador, como Albert Speer, Robert Payne, John Toland, e outros falam de sua preferência pelas salsichas de presunto e carnes defumadas.
Apesar da dieta proposta pelos médicos, a maioria dos autores diz que Hitler os tapeava comendo carne de tempos em tempos. Aparentemente, a fama de que ele era um vegetariano convicto se deve a Joseph Goebbels, ministro da propaganda, que percebeu aí uma oportunidade de divinizar a imagem do Führer. Independente de ser vegetariano ou não, sabe-se que ele adorava doces, se empanturrava de chocolate e comia porções enormes de bolo.[13]
Doutor Morrell, médico pessoal de Hitler, aplicava-lhe diariamente um coquetel de remédios no qual incluía dezenas de pílulas e injeções.[carece de fontes]
Relata Wilhelm Keitel, que Hitler considerava a caça uma matança desonesta da fauna inocente. O Führer tinha uma cadela da raça pastor alemão chamada Blondi. Hitler era abstêmio, mas em sua idade adulta bebia ocasionalmente, em suas visitas a bares de Viena e de Munique, onde adquiriu parte da sua ideologia racista. Keitel afirma que, após a ascensão de Hitler ao poder, uma única vez o viu beber um copo de cerveja, no dia em que ele visitou Praga, após sua conquista.
Não admitia que seus oficiais e aliados fumassem (ver: Movimento antitabagismo na Alemanha nazista). Certa vez, tentou impedir Göring de fumar, defendendo que "quando se posa para um monumento, não se pode estar com um cigarro na boca". Certa vez, durante o outono de 1939, Heinrich Hoffmann trouxe-lhe fotos em que Stalin aparecia com um cigarro na mão. Hitler proibiu sua publicação, afirmando que jamais iria "prejudicar a imagem grandiosa do estilo de vida de um ditador."[30]
Hitler era uma pessoa polida e cordial no trato particular, quase paternal, a confiar na narrativa de Traudl Junge, sua secretária. Quando de suas visitas a Munique, Hitler gostava de se reunir com seus camaradas no restaurante da rua Schelling, sempre pedindo um prato de ravióli e água mineral Fachinger ou Apollinaris.
Hitler era canhoto (ou ambidestro segundo algumas fontes),[carece de fontes] sofria de fotofobia[carece de fontes] e falava alemão com sotaque típico dos subúrbios de Viena (Wiener Vorstadtdialekt).[31]
Em 29 de janeiro de 2012, um dos seus quadros, o "Maritime Nocturno", pintado quando ele tinha 23 anos, foi leiloado por 32 mil Euros em um leilão realizado na Eslováquia. O nome do comprador não foi revelado.[32]

Citações
◾A 3 de Janeiro de 1942, Hitler disse:
“ Himmler é de uma qualidade extraordinária. Não acredito que outra pessoa que não ele tivesse conseguido movimentar as tropas em semelhantes condições adversas. Eu vejo em Himmler o nosso Inácio de Loyola. Com inteligência e obstinação, contra vento e marés, ele deu forma à SS. ”
◾Adolf Hitler escreveu em "Mein Kampf", referindo-se à sua experiência em Viena:
“ ...de um fraco cosmopolita transformei-me num grande anti-semita' ”
.

Cronologia


Emblema do Partido Nazista



Página de categoria


◾1889 - 20 de abril: Adolf Hitler nasce em Braunau am Inn, na Áustria.
◾1907 - Setembro: Muda-se para Viena.
◾1908 - Setembro: Não consegue ser admitido na Academia de Belas-Artes de Viena.
◾1913 - 24 de maio: Muda-se para Munique, na Alemanha.
◾1914 - 1° de agosto: A declaração de guerra da Alemanha contra a Rússia assinala a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
◾16 de agosto: Hitler junta-se ao 16° Regimento de Infantaria da Reserva de Baviera.
◾1918 - 11 de novembro: O armistício termina com a Primeira Guerra Mundial.
◾1919 - Hitler participa do departamento de informações políticas do Reichswehr e torna-se membro do Partido dos Trabalhadores Alemães.
◾1920 - O Partido dos Trabalhadores Alemães recebe o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o partido nazista.
◾1923 - 11 de novembro: Hitler é preso por seu envolvimento no Golpe da Cervejaria. Na prisão, escreve Mein Kampf.
◾1924 - 20 de dezembro: Hitler sai da prisão.
◾1926 - 22 de maio: Hitler é indicado para ser líder supremo do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães e assume a responsabilidade pela ideologia e política partidárias.
◾1930 - O Partido Nacional-Socialista obtém grande votação nas eleições nacionais, surgindo como o segundo maior partido do país.
Mein Kampf se transforma em livro de sucesso.
◾1933 - 30 de janeiro: Hitler é nomeado chanceler pelo presidente Hindenburg.
◾1934 - Agosto: Hitler declara-se Führer e associa a chancelaria com a presidência.
◾Setembro: Hitler ordena crescentes aumentos nos gastos militares.
◾1936 - 7 de março: Efetivos alemães remilitarizam a Renânia.
◾29 de março: A política de Hitler é aprovada por 99% do eleitorado alemão.
◾Outubro: Hitler conclui aliança com a Itália fascista.
◾1938 - A Alemanha incorpora a Áustria e a Tchecoslováquia ao Terceiro Reich.
◾1939 - O nome de Adolf Hitler é indicado ao Prêmio Nobel da Paz por E.G.C. Brandt, membro do Parlamento sueco.[33]
◾1939 - 1° de setembro: A invasão alemã da Polônia assinala o início da Segunda Guerra Mundial.
◾1940 - Forças alemãs invadem a Noruega, Dinamarca, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e França.
◾1941 - 22 de junho: Forças alemãs invadem a União Soviética.
◾7 de dezembro: o ataque japonês a Pearl Harbor, base naval norte-americana no Havaí, leva os Estados Unidos a entrarem na guerra.
◾1943 - 31 de janeiro: O VI Exército alemão rende-se em Estalingrado.
◾7 de setembro: A Itália anuncia a sua rendição.
◾1944 - 6 de junho: Os Aliados invadem a França ocupada pelos alemães.
◾20 de junho: Hitler escapa de ser assassinado por oficiais alemães dissidentes.
◾Dezembro: Fracasso da última grande ofensiva alemã no front ocidental.
◾1945 - 30 de abril: Hitler suicida-se, enquanto os exécitos soviéticos entram em Berlim.
◾7 de maio: A Alemanha apresenta a sua rendição incondicional.

Ver também
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◾Agnes Humbert
◾Bücherverbrennung
◾Der Untergang (As Últimas Horas de Hitler), filme indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2005.
◾Friedrich Ratzel (foi quem primeiro teorizou o "espaço vital")
◾Holocausto
◾Mein Kampf
◾Ministros do III Reich
◾Nazismo
◾Partido Nazi
◾Robert Ley
◾Segunda Guerra Mundial
◾Testamento político de Adolf Hitler
◾Traudl Junge
◾Visões religiosas

Notas e referências
1. Diário de Lisboa, 2 de maio de 1945, citado em Edições aldinas da Biblioteca Nacional: séculos XV-XVI. Volume 1 de Fundos da Biblioteca Nacional: Catálogos, Biblioteca Nacional (Portugal). Volume 47 de Catálogo (Biblioteca Nacional (Portugal). Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Portugal. Secretaria de Estado da Cultura. Editora Biblioteca Nacional Portugal, 1994. ISBN 972-565-203-7, 9789725652039.
2. Avelâs Nunes; João Paulo. O Estado Novo e o Volfrâmio (1933-1947) (em português). Coimbra: Editora Imprensa da Universidade de Coimbra. p. 466. ISBN 989-8074-42-6, 9789898074423 Página visitada em 23 de outubro de 2012.
3. Bonavides, Paulo. Revista latino-americana de estudos constitucionais, vol.3, p. 504. Editora Editora del Rey. ISSN 1678-6742.
4. Adolf Hitler (em português) Ditadores Europeus. Visitado em 25 de julho de 2012.
5. Fest 1974, p. 6
6. Fest 1974, p. 40-50
7. (Agosto 2013) "Adolf Hitler". Aventuras na História (121) p. 38-39. São Paulo: Editora Abril.
8. Adolf Hitler (em português) Cruz de Ferro. Visitado em 25 de julho de 2012.
9. Fest 1974, p. 76
10. Secret Plot to Kill Hitler (Plano Secreto para Matar Hitler), documentário do Discovey Channel, 2004-2005.
11. Discoverybrasil - O plano secreto para matar Hitler.
12. Infância e juventude de Adolf Hitler em Linz (em português) meio norte.com - Blog José Fortes. Visitado em 12 de maio de 2012.
13. Inês Isabel da Silva Guerreiro (28 de novembro de 2007). Biografia de Adolfo Hitler (em português) Escola Básica D. Dinis Nota Positiva. Visitado em 25 de julho de 2012.
14. Adolf Hitler - Biografia (em português) UOL - Educação. Visitado em 5 de fevereiro de 2012.
15. The Drummer Of The Third Reich.
16. Gutachten über den Antisemitismus 1919 erstellt im Auftrag seiner militärischen Vorgesetzten (em Alemão) NS-Archiv Dokumente zum Nationalsozialismus.
17. Fest 1974, p. 45
18. Fest 1974, p. 98
19. Fest 1974, p. 67
20. Historiadores preparam edição crítica de "Minha Luta", de Hitler
21. "Minha luta": direitos de autor do livro de Hitler cairão em domínio público
22. HITLER, Adolf, "Minha Luta", Editora Centauro, Editora Moraes, São Paulo, 1983
23. Nazismo.O Nazismo na Alemanha (em português) R7 - Brasil Escola. Visitado em 26 de janeiro de 2012.
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Bibliografia complementar
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Ligações externas
◾Literatura de e sobre Adolf Hitler no catálogo da Biblioteca Nacional da Alemanha
◾Adolf Hitler (em inglês) no Internet Movie Database
◾Álbum reúne obras que Hitler queria para "Führermuseum"
◾Testamento político do Fuhrer
◾Mein Kampf
Precedido por
Anton Drexler Líder do NSDAP
1921 — 1945 Sucedido por
Título extinto
Precedido por
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1933 — 1945 Sucedido por
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Precedido por
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1934 — 1945 Sucedido por
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Berlim 1961

Crise de Berlim de 1961
Coat of arms of Berlin.svg
A Crise de Berlim de 1961 (4 de junho – 9 de novembro de 1961), foi o último principal incidente político-militar europeu da Guerra Fria sobre o status ocupacional da capital alemã, Berlim, e da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial. A União Soviética provocou a crise com um ultimato exigindo a retirada das forças armadas ocidentais de Berlim Ocidental, acabando com a partição de facto da cidade com a construção do Muro de Berlim.
O 22º Congresso do Partido Comunista da União Soviética, o último a ser atendido pelo Partido Comunista da China, aconteceu em Moscou, durante a crise.
Emigração além da "brecha" de Berlim
Ver artigos principais: Emigração e deserção no Bloco Oriental e Bloco Oriental
Depois da ocupação soviética da Europa Oriental no final da Segunda Guerra Mundial, muitos dos que viviam em áreas recém-adquiridas do Bloco Oriental aspiravam à independência e queriam que os soviéticos se retirassem.[1] Entre 1945 e 1950, mais de 15 milhões de pessoas emigraram de países sob ocupação soviética da Europa do Leste para o Oeste.[2] Aproveitando esta rota, o número de europeus orientais pedindo asilo político na Alemanha Ocidental era 197.000 em 1950, 165.000 em 1951, 182.000 em 1952 e 331.000 em 1953.[3]
Ao início dos anos 1950, a abordagem soviética para controlar o movimento nacional, restringindo a emigração, foi imitado pela maioria do resto do Bloco Oriental, incluindo a Alemanha Oriental.[4] Até 1953, as fronteiras entre a Alemanha Oriental e as zonas ocidentais ocupadas poderiam ser facilmente atravessadas na maioria dos lugares.[5] Consequentemente, a fronteira interna alemã entre os dois Estados alemães foi fechada, e uma cerca de arame farpado erguida. Em 1955, os soviéticos aprovaram uma lei transferindo o controle sobre o acesso de civis em Berlim para a Alemanha Oriental, que oficialmente abdicou-los para a responsabilidade direta dos assuntos nele contidos, ao passar o controle para um governo não reconhecido por um aliado ocidental dos Estados Unidos..[6] Quando um grande número de alemães orientais então desertaram sob o disfarce de "visitas", o novo Estado alemão oriental essencialmente eliminou todas as viagens entre o oeste e o leste em 1956.[5]
Com o fechamento da fronteira interna alemã oficialmente em 1952,[7] a fronteira em Berlim manteve-se consideravelmente mais acessível do que o resto da fronteira porque foi administrada por todas as quatro potências ocupantes.[5] Assim, Berlim tornou-se a principal via que os alemães orientais fugiriam para o Ocidente.[8] A fronteira do setor de Berlim era essencialmente uma "brecha" por meio do qual os cidadãos do Bloco Oriental ainda poderiam escapar.[7] Os 3,5 milhões alemães do Leste, que haviam fugido em 1961 totalizaram cerca de 20% de toda a população oriental alemã.[9] A perda foi desproporcionalmente pesada entre profissionais-engenheiros, técnicos, médicos, professores, advogados e trabalhadores qualificados.[9] A fuga de cérebros de profissionais tornou-se tão prejudicial para a credibilidade política e a viabilidade econômica da Alemanha Oriental que fechar esta lacuna e garantir a imposta Berlim Oriental pelos soviéticos era imperativo.[10]
Ultimato de Berlim
Em novembro de 1958, o premiê soviético Nikita Khrushchev emitiu um ultimato dando as potências ocidentais um prazo de seis meses para concordarem em se retirarem de Berlim e torná-la uma cidade livre desmilitarizada. No final desse período, Kruschev declarou, a União Soviética iria focar o controle completo de todas as linhas de comunicação da Alemanha Oriental com Berlim Ocidental, as potências ocidentais então teriam acesso a Berlim Ocidental apenas com a permissão do governo da Alemanha Oriental. Os Estados Unidos, Reino Unido e França responderam a este ultimato afirmando firmemente sua determinação de permanecer em Berlim Ocidental e manter o seu direito legal de livre acesso a essa cidade.
Em maio de 1959, a União Soviética retirou seu prazo e em vez disso encontrou-se com as potências ocidentais, em uma conferência dos quatro principais ministros do Exterior. Embora as sessões de três meses de duração não conseguiram chegar a acordo importante, que fizesse abrir a porta para novas negociações, isso acabou com a visita do premiê Kruschev para os Estados Unidos em setembro de 1959. No final desta visita, Khrushchev e o presidente estadunidense Dwight Eisenhower declararam em conjunto que a questão mais importante no mundo foi o desarmamento geral e que o problema de Berlim e "todas as questões pendentes internacionais deveriam ser resolvidas, e não pela aplicação da força, mas por meios pacíficos através de negociações."
Kruschev e Eisenhower tinham alguns dias juntos em Camp David, a residência presidencial. Lá os líderes das duas superpotências falaram francamente um com o outro. "Não havia nada mais aconselhável nesta situação", disse Eisenhower, "do que falar de ultimatos, já que ambos sabiam muito bem o que aconteceria se um ultimato fosse implementado." Khrushchev respondeu que não entendia como um tratado de paz poderia ser considerado pelo povo americano como uma "ameaça à paz". Eisenhower admitiu que a situação em Berlim era "anormal" e que "os assuntos humanos foram muito mal enrolados, às vezes."
Khrushchev saiu com a impressão de que um acordo era possível sobre Berlim, e eles concordaram em continuar o diálogo em uma cúpula em Paris em maio de 1960. No entanto, o Encontro de Paris que era para resolver a questão de Berlim foi cancelada na precipitação do espião Gary Powers no incidente do U-2 em 1 de maio de 1960.

Tensão e criseEditar
Em reunião com o presidente dos EUA, John F. Kennedy no Encontro de Viena em 4 de junho de 1961, o Premier Khrushchev causou uma nova crise, quando ele relançou sua ameaça de assinar um tratado de paz separado com a Alemanha Oriental, que ele disse que iria acabar com os quatro acordos de energia existentes que garantam aos estadunidenses, britânicos, e franceses os direitos de acesso a Berlim Ocidental. No entanto, desta vez ele fez isso através da emissão de um ultimato, com um prazo de 31 de dezembro de 1961. As três potências responderam que nenhum tratado unilateral poderia revogar as suas responsabilidades e direitos em Berlim ocidental, incluindo o direito de livre acesso à cidade.
No confronto crescente sobre o estado de Berlim, o presidente dos EUA, John F. Kennedy minou sua posição negocial durante suas negociações do Encontro de Viena com Khrushchev, em junho de 1961. Kennedy essencialmente transmitiu aquiescência dos EUA para a divisão permanente de Berlim. Isso fez com que seus posteriores, mais assertivos fizessem declarações públicas menos credíveis para os soviéticos.[11]
Como o confronto sobre Berlim aumentava, Kennedy, em um discurso na televisão estadunidense na noite de 25 de julho, reiterou que os Estados Unidos não estavam olhando para uma luta e que ele reconheceu como "as preocupações históricas da União Soviética sobre a sua segurança no centro e no leste Europa". Ele disse que estava disposto a renovar as negociações. Mas ele anunciou que iria pedir ao Congresso dos EUA mais US$ 3,25 bilhões para gastos militares, principalmente em armas convencionais. Ele queria seis novas divisões para o Exército e duas para os fuzileiros navais, e anunciou planos para triplicar o projeto e para chamar as reservas. Kennedy, proclamou, "Nós procuramos a paz, mas não devemos nos render."
No mesmo dia, Kennedy solicitou um aumento da força total do Exército autorizada de 875 mil para aproximadamente 1 milhão de homens, juntamente com o aumento de 29.000 e 65.000 homens na força ativa da Marinha e da Força Aérea. Além disso, ele ordenou que os novos projetos seriam duplicados, e pediu ao Congresso autoridade para ordenar ao serviço ativo certas unidades de reserva prontos e reservistas individuais. Ele também pediu novos fundos para identificar e marcar espaço nas estruturas existentes que poderiam ser utilizadas para abrigos em caso de ataque, para estocar os abrigos com alimentos, água, kits de primeiros socorros e outros mínimos essenciais para a sobrevivência, e para melhorar o alarme aéreo e sistemas de detecção de falhas.
De férias no Mar Negro em um resort de Sochi, Khrushchev foi informado e se irritou com o discurso de Kennedy. John J. McCloy, assessor de Kennedy sobre desarmamento, passou a ser na União Soviética, convidado por Khrushchev. Foi relatado que Khrushchev explicou que o militar de Kennedy acumulou ameaças de guerra.

Construção do Muro de BerlimEditar

Trabalhadores da Alemanha Oriental na construção civil do Muro de Berlim em 1961.
Durante os primeiros meses de 1961, o governo alemão oriental procurou ativamente um meio de travar a emigração de sua população para o Ocidente. Até o início do verão de 1961, o presidente da Alemanha Oriental, Walter Ulbricht, aparentemente, tinha convencido os soviéticos de que uma solução imediata era necessária e que a única maneira de parar o êxodo foi a usar a força. Isso apresentou um problema delicado para a União Soviética, porque o status das quatro potências de Berlim especificava viajar gratuitamente entre as zonas e especificamente proibiu a presença de tropas alemãs em Berlim.
Durante o início do verão, o regime da Alemanha Oriental adquiriu e estocou materiais de construção para a construção do Muro de Berlim. Embora esta atividade extensiva foi amplamente conhecida, poucos fora do pequeno círculo de soviéticos e dos planejadores orientais alemães acreditavam que a Alemanha Oriental seria selada. Este material incluiu arame farpado suficiente para cercar o perímetro da milha 96, de Berlim Ocidental. O regime conseguiu evitar suspeitas por espalhar as compras de arame farpado entre várias empresas da Alemanha Oriental, que por sua vez espalhavam suas ordens para fora entre uma série de empresas na Alemanha Ocidental e no Reino Unido.
Em 15 de junho de 1961, dois meses antes da construção do Muro de Berlim começar, o primeiro-secretário do Partido Socialista Unificado da Alemanha e o presidente do Staatsrat, Walter Ulbricht declarou em uma conferência de imprensa internacional "Niemand hat die Absicht, eine Mauer zu errichten!" (Ninguém tem a intensão de construir um muro!). Foi a primeira vez que o termo Mauer (muro), foi utilizado neste contexto.
Em 04-07 de agosto de 1961, os ministros das Relações Exteriores dos quatro países ocidentais (Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha Ocidental), realizaram consultas secretas em Paris. A única questão em pauta foi a forma de reagir às provocações soviéticas em Berlim. No decorrer dessas reuniões, representantes ocidentais manifestaram uma compreensão da natureza defensiva da campanha soviética na Alemanha, e a falta de vontade de arriscar uma guerra.
Em menos de três semanas, a KGB colocou na mesa de Khrushchev descrições muito precisas das conversações de Paris, bem à frente de seu rival, o GRU. Os materiais de inteligência corretamente observaram que, em contraste com os alemães ocidentais, o Secretário de Estado dos EUA, Dean Rusk tem apoiado conversações com a União Soviética destinadas à conservação do status quo ante. No entanto, a KGB e a GRU advertiram que a pressão na aliança estava forçando os estadunidenses a considerarem as sanções econômicas contra a Alemanha Oriental e outros países socialistas, bem como acelerarem os planos de armamento convencional e nuclear de seus aliados da Europa Ocidental, incluindo a Bundeswehr da Alemanha Ocidental.
No sábado, 12 agosto de 1961, os líderes da Alemanha Oriental participaram de uma festa no jardim de uma casa de hóspedes do governo em Döllnsee, em uma área arborizada ao norte de Berlim Oriental, Walter Ulbricht assinou uma ordem para fechar a fronteira e erguer um muro.
À meia-noite o exército, a polícia e as unidades do exército da Alemanha Oriental começaram a fechar a fronteira e pela manhã no domingo de 13 agosto de 1961 a fronteira para Berlim Ocidental tinha sido fechada. Os soldados da Alemanha Oriental e trabalhadores começaram a rasgar as ruas que funcionavam ao lado da barreira para torná-las intransponíveis para a maioria dos veículos, e para instalar envolvimentos de arame farpado e cercas ao longo dos 43km em torno dos três setores ocidentais, que na verdade, dividiam Berlim Ocidental e Oriental. Cerca de 32 mil tropas de combate e engenheiros foram usados ​​na construção do muro. Uma vez que os seus esforços foram concluídos, a Polícia de Fronteiras assumiu as funções de lotação e melhoraram o muro. O Exército Soviético estava presente para desencorajar a interferência do Ocidente e, presumivelmente, para auxiliar em caso de grandes tumultos.
Em 30 de agosto de 1961, o presidente estadunidense John F. Kennedy ordenou 148.000 guardas e reservistas para o serviço ativo em resposta a movimentos soviéticos para cortar o acesso aliado a Berlim. A Guarda Aérea Nacional, mobilizou 21.067 indivíduos. As unidades da GAN mobilizadas em outubro, incluiram 18 esquadrões de caça táticos, quatro esquadrões de reconhecimento tático, seis esquadrões de transporte aéreo, e um grupo de controle tático. Em 01 de novembro, a Força Aérea mobilizou mais três esquadrões interceptadores de caça da GAN. No final de outubro e início de novembro, oito das unidades de caça táticas voaram para a Europa com os seus aviões 216 na Operação "Serrilha", a implantação do maior jato na história da Guarda Aérea. Devido ao seu curto alcance, 60 interceptores F-104 da GAN foram levados para a Europa no final de novembro. A Força Aérea dos EUA na Europa (USAFE) carecia de peças de reposição necessárias para a aposentadoria do F-84s e F-86s da GAN. Algumas unidades foram treinadas para entregarem armas nucleares táticas não convencionais, bombas e balas. Elas tiveram que ser treinadas para missões convencionais, uma vez que chegavam ao continente. A maioria dos guardas de ar mobilizados permaneceram nos EUA
Tensão entre os tanques estadunidenses e soviéticos
Tanques estadunidenses enfrentam um canhão de água da Alemanha Oriental no Checkpoint Charlie.
As quatro potências que regiam Berlim (União Soviética, Estados Unidos, Reino Unido e França) haviam acordado na Conferência de Potsdam de 1945 que o pessoal aliado poderia se mover livremente em qualquer setor de Berlim. Mas em 22 de outubro de 1961, apenas dois meses após a construção do Muro, o Chefe de Missão dos EUA em Berlim Ocidental, Allan E. Lightner, foi parado em seu carro (que tinha placas das forças de ocupação) ao atravessar o Checkpoint Charlie para ir a um teatro em Berlim Oriental. O ex-general do Exército estadunidense Lucius D. Clay, o presidente dos EUA, John F. Kennedy e o Assessor Especial em Berlim Ocidental, decidiram demonstrar a determinação estadunidense.
Clay enviou um diplomata estadunidense, Albert Hemsing, para sondar a fronteira. Enquanto foram feitas sondagens em veículos claramente identificados como pertencentes a um membro da Missão dos EUA em Berlim, Hemsing foi parado pela polícia da Alemanha Oriental que pediram para ver seu passaporte. Uma vez que sua identidade se tornava clara, a Polícia Militar dos EUA foi levada dentro. A Polícia Militar escoltou o carro diplomático, uma vez que se dirigia para Berlim Oriental e chocou a polícia da Alemanha Oriental que saiu do caminho. O carro continuou e os soldados voltaram para Berlim Ocidental. Os diplomatas britânicos e carros britânicos não eram imediatamente reconhecidos como pertencentes à equipe em Berlim e foram interrompidos no dia seguinte e exigia a carteira de identidade identificando-os como membros do governo militar britânico em Berlim, isso irritava Clay.
Talvez isso contribuisse para a decisão de Hemsing para fazer uma nova tentativa: em 27 de outubro de 1961, o Sr. Hemsing novamente se aproximou do limite zonal em um veículo diplomático. Mas Clay não sabia como os soviéticos iriam responder, tão só, no caso, ele enviou tanques com um batalhão de infantaria para perto do aerodramo de Tempelhof. Para alívio de todos a mesma rotina foi jogada fora como antes. A Polícia Militar dos EUA e Jeeps voltaram para Berlim Ocidental, e os tanques que ficaram esperando atrás também se retiraram.
Imediatamente depois, 33 tanques soviéticos dirigiram-se ao Portão de Brandemburgo. Curiosamente, o premiê soviético Nikita Khrushchev afirmou em suas memórias que, como ele o entendia, os tanques estadunidenses tinham visto os tanques soviéticos próximos e recuaram. Coronel Jim Atwood, então comandante da Missão Militar dos EUA em Berlim Ocidental, discordou em declarações posteriores. Como um dos primeiros a identificar os tanques quando eles chegaram, o Tenente Vern Pike foi condenado a verificar se eles eram de fato os tanques soviéticos. Ele e o motorista do tanque Sam McCart manou para Berlim Oriental, onde Pike se aproveitou de uma ausência temporária de qualquer soldados perto dos tanques para subir em um deles. Ele saiu com provas definitivas de que os tanques eram soviéticos, incluindo um jornal do Exército Vermelho.[12]
Dez destes tanques continuaram em Friedrichstrasse, e pararam apenas 50 a 100 metros do posto de controle no lado soviético da fronteira do setor. Os tanques dos EUA voltaram para o posto de controle, parando a uma distância igual de que no lado estadunidense da fronteira. De 27 de outubro de 1961 às 17h00 até 28 de Outubro de 1961 em cerca das 11h00, as tropas respectivas se enfrentaram. Como por ordens permanentes, ambos os grupos de tanques foram carregados com munições ao vivo. Os níveis de alerta da Guarnição dos EUA em Berlim Ocidental, em seguida, da OTAN e, finalmente acordaram o Comando Estratégico Aéreo dos EUA (SAC). Ambos os grupos de tanques tinham ordens para disparar, se atacados.
Foi neste ponto que Secretário de Estado dos EUA, Dean Rusk encaminhou para Lucius Clay , o Comandante Geral e Oficial dos EUA em Berlim, que "Nós tivemos muito tempo decidindo que Berlim não é um interesse vital que justifique um recurso determinado pela força para que se protegesse e se sustentasse". Clay estava convencido de que ter tanques estadunidenses como usar montarias bulldozer para derrubar partes do muro teria terminado a crise com a maior vantagem para os EUA e seus aliados, sem obter uma resposta militar soviética. Seus pontos de vista e provas correspondentes que os soviéticos poderiam ter recuado após esta ação, apoiaria uma avaliação mais crítica das decisões de Kennedy durante a crise e sua vontade de aceitar o muro como a melhor solução.[13]
Com espião da KGB Georgi Bolshakov servindo como o principal canal de comunicação, Khrushchev e Kennedy concordaram em reduzir as tensões, retirando os tanques.[14] O ponto de verificação soviético tinha comunicação direta para General Anatoly Gribkov no Alto Comando do Exército soviético, que por sua vez estava no telefone com Khrushchev. O ponto de verificação dos EUA continha um oficial da Polícia Militar no telefone para a sede da Missão Militar dos EUA em Berlim, que por sua vez estava em comunicação com a Casa Branca. Kennedy ofereceu um caminho mais fácil sobre Berlim, no futuro, em troca de os soviéticos removerem seus tanques primeiro. Os soviéticos concordaram. Na realidade Kennedy foi pragmático sobre o muro: "Ele não é uma solução muito boa, mas um muro é muito melhor do que o inferno de uma guerra."[15]
Um tanque soviético se moveu cerca de 5 metros para trás primeiro, depois um tanque estadunidense seguiu o exemplo. Um por um, os tanques se retiraram. Mas o General Bruce C. Clarke, em seguida, o Comandante-em-chefe do Exército dos EUA na Europa (USAREUR), disse ter se preocupado com a conduta de Clay que voltou para os Estados Unidos em maio de 1962. A avaliação do General Clarke pode ter sido incompleta, no entanto: a firmeza de Clay teve um grande efeito sobre a população alemã, liderada pelo prefeito de Berlim Ocidental, Willy Brandt e pelo Chanceler da Alemanha Ocidental Konrad Adenauer.

NotasEditar
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2. Böcker 1998, p. 207
3. Loescher 2001, p. 60
4. Dowty 1989, p. 114
5. Dowty 1989, p. 121
6. Harrison 2003, p. 98
7. Harrison 2003, p. 99
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9. Dowty 1989, p. 122
10. Pearson 1998, p. 75
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12. Kempe, Frederick. Berlin 1961. [S.l.]: Penguin Group (USA), 2011. 470–471 p. ISBN 0-399-15729-8
13. Kempe, Frederick. Berlin 1961. [S.l.]: Penguin Group (USA), May 2011. 474–476 p. ISBN 0-399-15729-8
14. Kempe, Frederick. Berlin 1961. [S.l.]: Penguin Group (USA), 2011. 478–479 p. ISBN 0-399-15729-8
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◾Dowty, Alan (1989), Closed Borders: The Contemporary Assault on Freedom of Movement, Yale University Press, ISBN 0-300-04498-4
◾Pearson, Raymond (1998), The Rise and Fall of the Soviet Empire, Macmillan, ISBN 0-312-17407-1
◾Thackeray, Frank W. (2004), Events that changed Germany, Greenwood Publishing Group, ISBN 0-313-32814.
Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.
O termo origina-se do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou "governo do povo"),[1] que foi criado a partir δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. para denotar os sistemas políticos então existentes em cidades-Estados gregas, principalmente Atenas; o termo é um antônimo para ἀριστοκρατία (aristokratia ou "regime de uma aristocracia" como seu nome indica). Embora, teoricamente, estas definições sejam opostas, na prática, a distinção entre elas foi obscurecida historicamente.[2] No sistema político da Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania democrática abrangia apenas homens, filhos de pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos, enquanto estrangeiros, escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em praticamente todos os governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das democracias modernas através de movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.
O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido por uma pessoa — como em uma monarquia absoluta — ou em que o poder é mantido por um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. No entanto, essas oposições, herdadas da filosofia grega,[3] são agora ambíguas porque os governos contemporâneos têm misturado elementos democráticos, oligárquicos e monárquicos em seus sistemas políticos. Karl Popper definiu a democracia em contraste com ditadura ou tirania, privilegiando, assim, oportunidades para as pessoas de controlar seus líderes e de tirá-los do cargo sem a necessidade de uma revolução.[4]
Diversas variantes de democracias existem no mundo, mas há duas formas básicas, sendo que ambas dizem respeito a como o corpo inteiro de todos os cidadãos elegíveis executam a sua vontade. Uma das formas de democracia é a democracia direta, em que todos os cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Na maioria das democracias modernas, todo o corpo de cidadãos elegíveis permanece com o poder soberano, mas o poder político é exercido indiretamente por meio de representantes eleitos, o que é chamado de democracia representativa. O conceito de democracia representativa surgiu em grande parte a partir de ideias e instituições que se desenvolveram durante períodos históricos como a Idade Média europeia, a Reforma Protestante, o Iluminismo e as revoluções Americana e Francesa.[5]
Socialismo refere-se a qualquer uma das várias teorias de organização econômica, advogando a administração e a propriedade pública ou coletiva dos meios de produção e distribuição de bens, assim como uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades e meios para todos os indivíduos, com um método igualitário de compensação.[1] Atualmente, teorias socialistas são partes de posições da esquerda política, relacionadas com as atuações de Estado de bem-estar social.
O socialismo moderno surgiu no final do século XVIII tendo origem na classe intelectual e nos movimentos políticos da classe trabalhadora que criticavam os efeitos da industrialização e da sociedade sobre a propriedade privada. Karl Marx afirmava que o socialismo seria alcançado através da luta de classes e de uma revolução do proletariado, tornando-se a fase de transição do capitalismo para o comunismo.[2] [3]
A maioria dos socialistas possuem a opinião de que o capitalismo concentra injustamente a riqueza e o poder nas mãos de um pequeno segmento da sociedade - denominado por Marx de Burguesia - que controla o capital e deriva a sua riqueza através da exploração, criando uma sociedade desigual, que não oferece oportunidades iguais para todos a fim de maximizar suas potencialidades.[4]
Friedrich Engels, um dos fundadores da teoria socialista moderna, e o socialista utópico Henri de Saint Simon defendem a criação de uma sociedade que permite a aplicação generalizada das tecnologias modernas de racionalização da atividade econômica, eliminando o caos na produção do capitalismo.[5] [6] Isto permitiria que a riqueza e o poder fossem distribuídos com base na quantidade de trabalho despendido na produção, embora não haja concordância entre os socialistas sobre como e em que medida isso poderia ser alcançado.
O socialismo não é uma filosofia de doutrina e programa fixos; seus ramos defendem um certo grau de intervencionismo social e racionalização econômica (geralmente sob a forma de planejamento econômico), às vezes opostos entre si. Uma característica da divisão do movimento socialista é a divisão entre reformistas e revolucionários sobre como uma economia socialista deveria ser estabelecida. Alguns socialistas defendem a nacionalização completa dos meios de produção, distribuição e troca, outros defendem o controle estatal do capital no âmbito de uma economia de
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Comunismo (do latim communis - comum, universal "coisa - pública", segundo Platão) é uma ideologia política e socioeconômica e assunto de econometria, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção.[1] [2] [3]
O seu principal mentor filosófico, Karl Marx, postulou que o comunismo seria a fase final na sociedade humana e que isso seria alcançado através de uma revolução proletária (revolução social, do "Povo nas Ruas", segundo palavras do próprio Karl Marx). O "comunismo puro", no sentido marxista refere-se a uma sociedade sem classes, sem Estado e livre de opressão, onde as decisões sobre o que produzir e quais as políticas devem prosseguir são tomadas democraticamente a nível somente e exclusivamente de Mercado e não de "Mercadologias de Estado e/ou Particulares" segundo suas palavras, e permitindo dessa maneira que cada membro da sociedade organizada possa participar do processo decisório pela não manipulação de preços, tanto na esfera política e econômica da vida pública e/ou privada. Marx, no entanto, nunca forneceu uma descrição detalhada de como o comunismo poderia funcionar como um sistema econômico (tal tentativa sem mérito, foi feito em uma econometria por Lenine)[4] , mas subentende-se que uma economia comunista consistiria de propriedade comum dos meios de produção, culminando com a negação do conceito de propriedade privada do capital, que se refere aos meios de produção, na terminologia marxista. No uso moderno, o comunismo é muitas vezes usado para se referir ao bolchevismo, na Rússia. Como um movimento político, o sistema comunista teve governos, em regra, com uma preocupação de fundo para com o bem-estar do proletariado[5] , segundo o princípio "de cada um segundo as suas capacidades, a cada um segundo as suas necessidades"[6] .
Como uma ideologia política, o comunismo é geralmente considerado como a etapa final do socialismo (acumulação de Capital), um grupo amplo de filosofias econômicas e políticas que recorrem a vários movimentos políticos e intelectuais com origens nos trabalhos de teóricos da Revolução Industrial e da Revolução Francesa.[2] O comunismo pode-se dizer que é o contrário do capitalismo, oferecendo uma alternativa para os problemas da economia de mercado capitalista e do legado do imperialismo e do nacionalismo. Marx afirma que a única maneira de resolver esses problemas seria pela classe trabalhadora (proletariado), que, segundo Marx, são os principais produtores de riqueza na sociedade e são explorados pelos capitalistas de classe (burguesia), para substituir a burguesia, a fim de estabelecer uma sociedade livre, sem classes ou divisões raciais.[2] As formas dominantes de comunismo, como o leninismo e o maoísmo são baseadas no marxismo, embora cada uma dessas formas tenha modificado as ideias originais, mas versões não-marxistas do comunismo (como comunismo cristão e anarco-comunismo) também existem.
As doutrinas comunistas mais antigas, anteriores à Revolução Industrial, punham toda ênfase nos aspectos distributivistas, colocando a igualdade social, isto é, a abolição das classes e estamentos, como o objetivo supremo. Com Karl Heinrich Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), fundadores do chamado "socialismo científico", a ênfase deslocou-se para a plena satisfação das necessidades humanas, possibilitada pelo desenvolvimento tecnológico: mediante a elevação da produtividade do trabalho humano, a tecnologia proporcionaria ampla abundância de bens, cuja distribuição poderia deixar de ser antagônica, realizando-se a igualdade numa situação de bem-estar geral. A partir dessa formulação, que teve uma profunda influência sobre o comunismo contemporâneo, a sociedade comunista seria o coroamento de uma longa evolução histórica. Os regimes "anteriores", principalmente o capitalismo e o socialismo, cumpririam o seu papel histórico ao promover o aumento da produtividade e, portanto, as pré-condições da abundância, que caberia ao comunismo transformar em plena realidade. Enquanto o capitalismo desempenha esse papel mediante a emulação da concorrência, o socialismo deveria manter, em certa medida, essa emulação ao repartir os bens ainda escassos "a cada um segundo o seu trabalho". Só o comunismo, que corresponderia ao pleno "reino da liberdade e da abundância", poderia instaurar a repartição segundo o princípio de "a cada um segundo sua necessidade
ercado.
PT.
O Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido político brasileiro. Fundado em 1980, integra um dos maiores e mais importantes movimentos de esquerda da América do Sul. Com 1 549 180 filiados, o PT é o segundo maior partido político do Brasil, atrás apenas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).[11]
Maior partido na Câmara dos Deputados,[12] o PT foi o partido preferido de cerca de um quarto do eleitorado brasileiro desde dezembro de 2009 conforme revista publicada em 2010.[13] O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff são amplamente reconhecidos como seus membros mais notórios.[14] Seus símbolos são a bandeira vermelha com uma estrela branca ao centro, a estrela vermelha de cinco pontas, com a sigla PT inscrita ao centro e o hino[15] do Partido dos Trabalhadores. Seu código eleitoral é o 13.[16]
O PT possui, como os demais partidos políticos no Brasil, uma fundação de apoio. Denominada Fundação Perseu Abramo, foi instituída pelo Diretório Nacional em 1996 e tem por missão realizar debates, editar publicações, promover cursos de formação política e preservar o patrimônio histórico do partido - tarefa pela qual é responsável o Centro Sérgio Buarque de Holanda. A FPA substituiu uma fundação de apoio partidário anteriormente existente no PT, a Fundação Wilson Pinheiro, criada em 1981 e extinta em 1990.
Amigos os lincks que vai a seguir fala do PT e Socialismo e Democracia e o Comunismo espero que todos gostem e um grande abrç a todos do amigo Raylander .
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Trabalhadores

http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Socialismo

http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Democracia

http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Comunismo

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