domingo, 5 de abril de 2015

Cacau


Cacau

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Nota: Para outros significados, veja Cacau (desambiguação).

Como ler uma caixa taxonómicaCacaueiro

Theobroma cacao-frutos.jpeg


Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Malvales

Família: Malvaceae

Subfamília: Sterculioideae

Género: Theobroma

Espécie: T. cacao


Nome binomial
Theobroma cacao
L.
O cacaueiro (Theobroma cacao significa alimento dos deuses) é a árvore que dá origem ao fruto chamado cacau. É da família Malvaceae e a sua origem é a América do Sul. Pode atingir até 2 metros de altura e possui duas fases de produção: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro). O cacau é a principal matéria-prima do chocolate.

Importância econômica

É do cacau que se faz o chocolate através da moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete.
História

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O cacau é originário das regiões tropicais da América Central[1] .
O cacau era considerado pela civilização maia, por ser uma fruta apimentada, um alimento que deveria ser ingerido com "parcimônia e elegância", devido ao seu sabor amargo; e era dado, diretamente pelos deuses aos homens; antes de Cristóvão Colombo, era consumido apenas pelos Sacerdotes da e para a Entidade Sol. E, de tão importante, virou até moeda de troca o "Cacau" ou "Solaris" (outro nome da mesma moeda). Nessa época, no Brasil colonial, primeiramente e depois com a exportação, a partir de 1808, para toda a América Latina, pois Maria I de Portugal, Brasil e Além-Mar aceitava essa "quase-moeda", o "cacau" e/ou "solaris" (casa do sol), como crédito. Não se fazia o cacau o que conhecemos hoje como Chocolate. Fazia-se uma bebida de sabor amargo - apimentado, com as sementes torradas e moídas misturadas com água, "semelhante ao preparo do cafézinho", da forma de Cristóvão Colombo), que muitas vezes acrescentava o café à bebida apimentada sagrada dos mexicanos. Segundo alguns estudiosos, atualmente acrescenta-se a pimenta ao chocolate, para voltar ao sabor de antigamente.
Nos nossos dias, o chocolate movimenta globalmente uma economia de 60 bilhões de dólares/ano, enquanto os produtores de cacau ficam apenas com 3,3% da renda gerada.
No Brasil, ele foi cultivado primeiramente na Amazônia, onde já existia em estado natural, próximo ao clima do México, devido ao rio Amazonas. Depois, pelo rio Amazonas, passou para o Pará e pelo mar chegou finalmente à Bahia, onde melhor se adaptou ao solo e ao ambiente marinho, e causou o chamado "Boom" da época de 1930.
O Estado da Bahia produz atualmente cerca de 95% do cacau do Brasil (país cuja produção corresponde a mais ou menos 5% da mundial, sendo a Costa do Marfim o maior produtor do planeta, com aproximadamente 40% do total).
Reprodução e cultivo

O cacaueiro é uma planta de clima quente e úmido que prefere o solo argilo-arenoso. Sua propagação se dá por sementes (seminal/sexuada) e vegetativa (assexuada). Por ser uma planta umbrófila, vegeta bem em sub-bosques e matas raleadas sendo, portanto, uma cultura extremamente conservacionista de solos, fauna e flora. Pouco mecanizada, é uma cultura que proporciona um alto grau de geração de emprego. Encontrou no sul da Bahia um dos melhores solos e clima para a sua expansão.
Cultivo econômico

O cacau é cultivado em cerca de 17 milhões de hectares em todo o mundo.[2] A produção somada de Costa do Marfim e Gana representa 60 por cento da oferta global.[3] De acordo com a FAO, os dez maiores produtores mundiais em 2005[4] foram:

Posição, País
Valor
 (Int'l $1,000*)
Produção
 (toneladas métricas)
1 Costa do Marfim 1.024.339 1.330.000
2 Gana 566.852 736.000
3 Indonésia 469.810 610.000
4 Nigéria 281.886 366.000
5 Brasil 164.644 213.774
6 Camarões 138.632 180.000
7 Equador 105.652 137.178
8 Colômbia 42.589 55.298
9 México 37.281 48.405
10 Papua-Nova Guiné 32.733 42.500
*Baseado nos preços internacionais no triênio 1999–2001
Produção de cacau no Brasil
O Estado da Bahia é o maior produtor do Brasil, porém sua capacidade produtiva foi reduzida em até 60% com o advento da vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo fitopatogênico Crinipellis perniciosa, atualmente Moniliophthora perniciosa. O Brasil, então, passou do patamar de país exportador de cacau para importador, não sendo completamente autossuficiente do produto.



Flores de cacaueiro
Apesar da enfermidade, o cacau ainda se constitui numa grande alternativa econômica para o Sul da Bahia e possui na CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) a sua base de pesquisa, educação e extensão rural. Com o apoio do órgão, cultivares clonais mais resistentes ao fungo têm sido introduzidas, porém formas mais severas de controle do patógeno ainda precisam ser descobertas. Essas formas podem vir futuramente com os resultados do Projeto Genoma Vassoura de Bruxa, que visa a estudar o genoma do fungo e elaborar estratégias mais eficientes no seu controle biológico. É uma iniciativa da CEPLAC que conta com o apoio da EMBRAPA e de laboratórios de universidades da Bahia (UFBA, UESC e UEFS) e de São Paulo (UNICAMP).
Importância ecológica

Por ser plantado à sombra da floresta, o cacau foi responsável pela preservação de grandes corredores de mata atlântica no sul do Estado da Bahia no Brasil. Este sistema é conhecido como "cacau cabruca", do termo "brocar" (ralear). Recentemente, foi criado o Instituto Cabruca que, junto com outras instituições ambientalistas, vem desenvolvendo projetos de pesquisas e extensão sobre o tema, estudando formas de manter essa vegetação nativa associada ao cacau.
Origem do nome



Os frutos da planta.
A civilização Maia e mexicana (principalmente a Asteca), de mesma raiz, possuía dois vocábulos (kab e kaj) que, numa mesma palavra, formavam a expressão suco amargo picante(kabkaj) um sabor bastante apimentado. Segundo historiadores e desenvolvedores da geografia como o foi Américo Vespúcio, do Novo Continente, o nome atual foi praticamente dado por Cristóvão Colombo, apreciador do chocolate com gosto apimentado, e foi um dos primeiros a levar o conhecimento ao Velho Mundo, espalhando a planta, por onde andava. Assim, a bebida originada deste suco era nomeada de kabkajatl (segundo Cristóvão Colombo, onde as três últimas letras desta palavra significavam "líquido". Os espanhóis colonizadores tinham dificuldades de pronunciar a palavra e sempre colocavam um hu nas palavras dos índios mexicanos. Desta maneira, a palavra acabou transformando-se em kabkajuatl e, futuramente, pela ação popular, em cacauatl.[5]
A cacauatl foi modificada pelos espanhóis, passando a ser tomada quente e com leite e açúcar, basicamente, uma vez que se juntou muitos outros produtos para retirar o gosto apimentado, que nem sempre é apreciado pelo consumidor comum. Recebeu, então, um novo nome: chacauhaa (chacau = quente; haa = bebida). Depois, houve confusão entre as palavras, das bebidas quente e fria, dando origem a palavra chocolate.[5]
Trabalho escravo

A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau do mundo, chegando a contribuir com 41% do mercado global [6] . Em suas plantações ocorre uso de mão-de-obra escrava e infantil, mais modernamente, uma vez que antigamente (1808 - 1930), na época da riqueza e do "Cacau", era toda assalariada e consumidora do produto que plantavam, seus propagandistas, segundo Dona Maria I de Brasil, Portugal e Além - Mar. As grandes companhias produtoras de chocolate chegaram a assinar em 2001 um termo onde se comprometiam a extinguir o uso deste tipo de mão de obra nos cacauzeiros até 2008. No entanto o prazo não foi cumprido, e segundo denúncias em 2010 ainda eram utilizados em larga escala.[7] Autoridades locais e organizações internacionais têm dedicado atenção ao tema desde então.



Theobroma cacao - MHNT
Cacau na mídia
◾A telenovela Renascer , da Rede Globo mostrou com destaque a cultura do cacau na Bahia. A telenovela Gabriela também mostra a cultura do cacau.
Notas e referências

1.↑ Importância Econômica e Evolução da Cultura do Cacau no Brasil e na Região dos Tabuleiros Costeiros da Bahia entre 1990 e 2002[1]
2.↑ http://findarticles.com/p/articles/mi_m1134/is_6_112/ai_105371465/pg_3/ CBS Interactive Business Network
3.↑ Loucoumane Coulibaly; Joe Bavier (11 de abril de 2014). Gold rush threatens West Africa's cocoa future (em inglês) Reuters. Visitado em 11 de abril de 2014.
4.↑ FAO.org
5.↑ a b AQUARONE, Eugênio. et al. Biotecnologia Industrial. vol.IV. São Paulo: Blucher, 2001

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