domingo, 5 de abril de 2015

Invasão da Baía dos Porcos

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Invasão da Baía dos Porcos

Parte da Guerra Fria
Cuba Bahia de Cochinos-pt.svg
 Mapa da localização da Baía dos Porcos em Cuba.
Data 17 - 19 de abril de 1961
Local Baía dos Porcos, sul de Cuba
Desfecho Vitória do governo cubano.
Combatentes

 Cuba  Estados Unidos
Cuba Exilados cubanos

Comandantes

Cuba Fidel Castro
Cuba José Ramón Fernández
Cuba Juan Almeida Bosque
Cuba Che Guevara [1] [2]
Cuba Efigenio Ameijeiras Estados Unidos John F. Kennedy
Estados Unidos Richard M. Bissell
Cuba Pepe San Roman
Cuba Erneido Oliva

Forças

c. 25 000 soldados[3]
 c. 200 000 milicianos[3] [4]
 c. 9 000 policiais armados[3] [4] c. 1 500 soldados de infantaria

Baixas

Exército cubano:
176 mortos
 c. 500 feridos

 Polícia e milícias:
4 mil mortos, feridos ou desaparecidos 118 mortos
 360 feridos
 1 202 capturados

A Invasão da Baía dos Porcos (conhecida em Cuba como La Batalla de Girón ) foi uma tentativa frustrada de invadir o sul de Cuba empreendida em abril de 1961 por um grupo paramilitar de exilados cubanos anticastristas (a chamada Brigada de Asalto 2506). O grupo fora treinado e dirigido pela CIA, com apoio das forças armadas americanas. O objetivo da operação era derrubar o governo socialista de Fidel Castro.
O plano foi lançado em abril de 1961, menos de três meses depois de John F. Kennedy ter assumido a Presidência dos Estados Unidos. A arriscada ação terminou em fracasso. As forças armadas cubanas, treinadas e equipadas pelas nações do Bloco do Leste, derrotaram os combatentes do exílio em três dias e a maior parte dos agressores se rendeu.
O ataque a baía dos porcos fazia parte da chamada "Operação Mangusto",[5] que tinha como objetivo derrubar o recém-formado governo comunista e assassinar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. Depois de três dias de combates, os invasores foram vencidos e Fidel declarou vitória sobre o "imperialismo americano".
Fidel Castro já esperava um ataque direto à ilha[5] , tendo sido alertado previamente por Che Guevara, que presenciara um ataque semelhante durante a revolução ocorrida na Guatemala. Com a invasão iminente, Fidel anunciou em discurso no dia 16 de abril de 1961, pela primeira vez, o caráter socialista da revolução e, no dia seguinte, teve início o ataque à ilha, na Praia de Girón, localizada na Baía dos Porcos.
Através da CIA, o governo estadunidense treinou 1 297 exilados cubanos, a maioria deles baseados em Miami, para destituir o governo de Fidel Castro. Como o planejado apoio da Força Aérea Americana fora vetado pelo presidente Kennedy, temendo envolver o governo dos Estados Unidos de forma institucional e aberta, a operação foi lançada com pouco apoio logístico dos Estados Unidos e acabou fracassando. Castro, temendo uma nova invasão americana, decidiu apoiar a ideia russa de instalar mísseis nucleares no seu país, o que precipitaria em uma nova crise na região, desta vez com proporções bem maiores.

ContextoEditar
Cuba foi por séculos parte do Império Espanhol. Ao fim do século XIX, nacionalistas e revolucionários cubanos se rebelaram contra a metrópole espanhola, resultando em três guerras: a guerra dos dez anos (1868–1878), a Guerra Chiquita (1879–1880) e a guerra de independência cubana (1895–1898). Interessados em expandir sua influencia em Cuba, que era considerada a região mais valorizada do império colonial espanhol, o governo dos Estados Unidos declarou guerra contra a Espanha em 1898. Os americanos invadiram a ilha e expulsaram o exército espanhol. Em 20 de maio de 1902, um novo governo independente foi fundado, a República Cubana, com os americanos transferindo o poder para as mãos do presidente Tomás Estrada Palma, um cubano com cidadania americana.[6] Logo em seguida, empresários e latifundiários americanos começaram a chegar em Cuba e, por volta de 1905, cerca de 60% das propriedades rurais estavam em mãos de cidadãos dos Estados Unidos.[7] Entre 1906 e 1909, cinco mil fuzileiros navais americanos estavam estacionados na ilha, e intervieram diretamente em assuntos internos do país em 1912, 1917 e em 1921, na maioria das vezes com apoio do governo local

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