sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Entomologia Forense

Aqui vai o linck para um estudo mais completo da Entomologia Forene http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/entomologia-forense/entomologia-forense.php

Entomologia Forense é a utilização dos insetos e seus parentes de artrópodes que habitam em decomposição continua a ajudar as investigações legais.
O vasto campo da entomologia forense é comumente dividido em três áreas gerais: pragas de produtos médico-legais, urbanas e armazenados.
A seção médico-legal incide sobre a componente criminal do sistema legal e lida com as necrófagas (ou carniça) insetos de alimentação que normalmente infestam restos humanos.
O aspecto urbano lida com os insetos que afetam o homem e seu ambiente imediato.
Esta área tem tanto criminais e componentes civis como pragas urbanas podem se alimentar de ambos os vivos e os mortos.
Os danos causados por suas mandíbulas (ou aparelho bucal), como eles se alimentam pode produzir marcas e feridas na pele que pode ser interpretado como abuso prévio.
Pragas urbanas são de grande importância econômica eo entomologista forense pode envolver-se em processos cíveis mais danos monetários.
Por fim, os insetos de produtos armazenados são comumente encontrados em alimentos eo entomologista forense pode servir como perito durante o processo, tanto civis e criminais que envolvem a contaminação dos alimentos.
Qual é a diversidade entomologia forense?
Aqui estão alguns exemplos: As diversas aplicações da entomologia forense incluem a detecção de abuso de crianças e negligência dos idosos. Existem casos publicados que os pais detalhe intencionalmente usando vespas e abelhas a picar seus filhos como uma forma de punição. Além disso, a evidência entomológica foi usado para provar negligência e falta de cuidados adequados para as feridas existentes sobre os idosos em ambos os cuidados privado e institucional.
Teoriza-se que as picadas (ou mera presença) de abelhas e vespas pode ser responsável por um grande número de acidentes de carro único ocupante que parecem não ter uma causa definitiva. Alguns estudos têm mostrado acidentes insetos para estar dentro dos 20 principais causas de automóvel acidentes. Além de acidentes automobilísticos, os insetos têm sido suspeitos de causar queda de aeronave através da obstrução da instrumentação essencial, e mesmo implicado na obstrução das linhas de combustível, causando uma falha de motor.
Entomologistas forenses também são convidados a examinar os restos fragmentados de insetos que têm impactado e apresentadas no painel frontal, pára-brisa, e radiador de automóveis. Análise de tais restos podem produzir provas para o caminho provável de um automóvel através de áreas específicas, quando identificar a localização e áreas de viagem são de importância única.
Insetos também podem afetar a interpretação de análise de padrões de manchas de sangue. Baratas simplesmente andando através sangue acumulado e salpicado produzirá rastreamento que pode não ser imediatamente reconhecível para o observador leigo. Partículas de sangue em áreas originais e incomuns (como em tectos) podem enganar os técnicos da cena do crime, a menos que eles estão cientes do aparecimento de sangue contaminado faixas barata. Da mesma forma, moscas e pulgas também podem acompanhar através de sangue acumulado e spattered. No entanto, as moscas também se alimentam de sangue e, em seguida, passar o sangue parcialmente digerido em suas fezes, que são conhecidos como "flyspecks" (uma pequena mancha escura feito pelo excremento de uma mosca).
Moscas também vai regurgitar e possivelmente cair uma gota de sangue em uma superfície remoto, que pode servir para confundir análise de manchas de sangue.
As pulgas se alimentam da vida passar uma grande quantidade de sangue não digerido (usado como fonte de alimento larval) em muitas superfícies domésticas. Se um crime ocorre em um apartamento fortemente infectado, gotas fecais já presentes serviria para confundir os analistas como as gotas que teste positivo para sangue humano. Por isso, é importante reconhecer e adequadamente documentar os artefactos naturais que podem ocorrer a partir da presença, a alimentação, e a evacuação das baratas, moscas, e pulgas. Insetos que se alimentam de viver, em decomposição, ou material vegetal seco são submetidos ao entomologista forense em um esforço para determinar o país ou local de origem. Isto é particularmente importante com o material vegetal de cannabis, tais como importado.
Fonte:  www.forensicentomology.com
Entomologia Forense
 
O que é
A entomologia forense é um campo da ciência que usa insetos para coletar informações sobre a cena do crime.
A disciplina tem sido a existência de milhares de anos, embora entomologia forense só foi integrado a ciência ocidental no século XIX.
A entomologia forense baseia-se no princípio de que as fases da vida de insetos seguem um padrão definido, e, portanto, insetos encontrados na cena do crime pode render informações sobre o horário e local da morte de uma pessoa.
A entomologia forense é apenas uma parte de médicos antropologia , que olha para uma variedade de elementos específicos na cena da morte de ganhar uma compreensão mais profunda do mesmo. Antropólogos médicos estudar tudo de cemitérios antigos para cenas de crimes modernos dia. Várias universidades ao redor do mundo têm programas para estudar e pesquisar antropologia médica na esperança de melhorar a justiça criminal.
No Oriente, uma longa tradição acompanha entomologia forense. Alguns mosteiros budistas incentivar seus monges para contemplar os mortos em todos os estágios de decomposição. Monges têm escrito sobre insetos no local de decadência por milhares de anos. Em 1235 dC, um investigador forense chinês chamado Sung Tz'u escreveu um livro sobre cenas de crime chamado a lavagem de erros. O texto incluía referências a entomologia forense, o que sugere que ele foi incluído em técnicas de investigação chineses.
A entomologia forense no Ocidente tem suas raízes em uma série de experimentos realizados por Francesco Redi, no século 17. Ele estava curioso sobre a colonização de carne podre por insetos, e prepare-se amostras de carne que estavam protegidos de insetos invasores, juntamente com amostras que foram expostas. Ele descobriu que a carne protegida simplesmente apodreceu, enquanto que a carne exposta foi colonizada por uma série de insetos, refutando, assim, a teoria da geração espontânea. Esta teoria tinha considerado que os insetos simplesmente apareceu na carne que foi mantido sob as condições certas.
Em 1855, entomologia forense foi utilizado novamente no caso de um cadáver criança que tinha sido encontrado selado no interior de uma parede. A coleção de insetos ao redor do corpo levou os investigadores a acreditar que o corpo já estava lá há vários anos, o que significava que os atuais moradores da casa não eram susceptíveis de ser responsável pelo crime. O valor da ciência foi visto, e começou a ser mais cuidadosamente estudados.
A entomologia forense é uma disciplina cada vez maior, e muitos antropólogos médicos tornar os seus serviços disponíveis para os departamentos de polícia que não podem investir em um programa de entomologia forense de sua própria. Investigadores coletar amostras de insetos a partir do local do crime e todo o corpo, na tentativa de coletar um amplo espectro de insetos para os resultados mais precisos.
As duas famílias de insetos mais comumente encontrados na cena de morte são moscas e besouros. Investigadores olhar para os insetos para determinar quanto tempo eles foram colonizar o corpo. Moscas, por exemplo, podem ser distinguidos por geração. Maggots na primeira fase, ou instar, provavelmente só foi no local por alguns dias. Maggots em estádios posteriores indicam que o corpo está morto há algum tempo, porque várias gerações de larvas ter criado. A presença de besouros do corpo indica que um período ainda mais passou.
Usando o conhecimento sobre quanto tempo leva insetos para se desenvolver, juntamente com as condições climáticas, os cientistas podem fazer uma estimativa da hora da morte. Porque moscas amadurecer a preços muito definidos, os cientistas muitas vezes pode fixar o momento da morte de uma pequena janela de apenas alguns dias. A entomologia forense tem sido utilizado em muitos casos criminais a eficácia processual criminosos.
Fonte:  www.wisegeek.com
Entomologia Forense
ENTOMOLOGIA FORENSE – INSETOS ALIADOS DA LEI
1. Introdução
Atualmente a tecnologia encontra­se a disposição da justiça como ferramenta de auxílio à investigação de crimes através da mão de obra técnica especializada e de equipamentos científicos de precisão.
Desta forma, a ciência passou a ser capaz de fornecer dados suficientes para indicar vestígios de um crime e supostos criminosos. Entre as diversas áreas de pesquisa forense, a entomologia vem nas últimas duas décadas despertando o interesse de peritos e pessoas ligadas a instituições judiciais devido ao fato de existir uma relação íntima entre esse estudo e as técnicas de investigação em diferentes casos de morte.
A Entomologia Forense é considerada a ciência aplicada ao estudo dos insetos, ácaros e outros artrópodes em procedimentos legais. A primeira aplicação da entomologia forense citada em manuais de medicina legal refere­se como ocorrida em 1235, na China, baseado em um manual chinês da autoria de Sung Tzu, intitulado “The washing away of wrongs”, onde ele citou um caso de homicídio perpetrado com uso de instrumento de ação corto­contundente, no qual os investigadores, à procura de vestígios na redondeza encontraram uma foice com moscas sobrevoando ao seu redor, provavelmente pela atração dos odores exalados de substâncias orgânicas aderidas a lâmina, imperceptíveis a olho nu. Tal fato desencadeou um interrogatório realizado pela polícia ao proprietário da foice, levando­o posteriormente a confessar a autoria do crime (Oliveira­Costa 2003).
Contudo, essa ciência tornou­se mundialmente conhecida somente após 1894, com a publicação na França do livro “La faune des cadavres” de Mégnin.
Os estudos que resultaram neste livro ainda hoje são utilizados como padrão para os achados de insetos cadavéricos que se sucedem de modo previsível no processo de decomposição. Contudo, esses dados não podem ser aplicados ao Brasil, visto que o clima tropical conduz a um processo de decomposição mais acelerado em relação ao clima europeu, além das diversas espécies de insetos que existem no velho mundo (África, Ásia, Europa e Oceania) não ocorrem no continente americano e vice­versa. Esses fatos, portanto se analisados geograficamente, limitam o estudo correlativo da entomologia forense, embora não queiram dizer que as metodologias utilizadas devam ser diferentes, ao contrário, diversas técnicas específicas e padronizadas internacionalmente estão envolvidas para que se possa obter sucesso nos resultados para fins forenses, principalmente no que se refere ao quadro policial, na cena do crime.
A equipe envolvida nas investigações bem como a conduta adequada do entomologista são fatores precursores de uma metodologia eficiente (Oliveira­ Costa e Lopes 2000, Nortueva 1977).
A fauna entomológica cadavérica no Brasil apresenta uma ampla diversidade de espécies que se sucedem na carcaça, pois o processo de decomposição oferece condições ideais ao desenvolvimento (Hobson 1932, Keh 1985). Os estudos em entomologia forense no Brasil indicam as moscas como os insetos de maior interesse na área, provavelmente pela diversidade deste grupo em regiões tropicais e sobre tudo pela grande atratividade que a matéria orgânica em decomposição exerce sobre esses insetos adultos ou larvas, influenciando no comportamento e dinâmica populacional das várias espécies em nichos ecológicamente distintos.
Os besouros, grupo de insetos pertencentes à ordem Coleoptera, são o segundo grupo de insetos de maior interesse forense no Brasil, sendo encontrados nas carcaças tanto em sua fase adulta de desenvolvimento, quanto na fase imatura (larvas) (Carvalho et al 2000, Barbosa et al 2006).
Os insetos associados a cadáveres estão ainda classificados segundo Keh (1985) da seguinte maneira:

Necrófagos: São determinados insetos imaturos e/ou adultos na sua grande maioria moscas e besouros (Dípteros Muscóides e Colópteros) que se alimentam de tecido em decomposição;
Ominívoros: Insetos com uma dieta alimentar ampla, tanto dos corpos quanto da fauna associada. Formigas e vespas (Himenópteros) e alguns besouros;
Parasitas e Predadores: Os parasitas neste contexto utilizam a entomofauna cadavérica a qual retira os meios para o seu próprio desenvolvimento e os predadores são os indivíduos que se alimentam das formas adultas ou imaturas dos insetos cadavéricos. Nessas duas classificações podemos encontrar Himenópteros (parasitando ou predando), Coleópteros, Dípteros Muscóides e Dermápteros (vulgo tesourinha);
Acidentais: São insetos que se encontram ao acaso no cadáver, explicado muitas vezes pela freqüência como ocorrem naturalmente em determinadas áreas ecológicas. Aranhas, centopéias, ácaros e outros artrópodes são exemplos de animais pertencentes a esta classificação.
2. Aplicações Legais da Entomologia Forens
A entomologia é utilizada em investigação de tráfico de entorpecentes, maus tratos, danos em bens imóveis, contaminação de materiais e produtos estocados ou morte violenta, entre inúmeros outros casos que se apresentam no âmbito judicial. Países desenvolvidos que possuem centros de investigação reconhecidos internacionalmente, como exemplo o Federal Bureal of Investigation (FBI) nos Estados Unidos da América, já possuem uma linha de pesquisa em perícia entomológica, seja realizado em parceria com pesquisadores de universidades ou laboratórios especializados.
Os conhecimentos entomológicos podem servir de auxílio para revelar o modo e a localização da morte do indivíduo, além de estimar o tempo de morte ou intervalo pós­ mortem (IPM). O conhecimento da fauna de insetos, biologia e comportamento também podem determinar o local onde a morte ocorreu. Por exemplo, algumas espécies de moscas são encontradas em centros urbanos e diante deste fato, a associação dessas espécies em corpos, encontrados nas áreas rurais, sugerem que a execução do crime não tenha ocorrido no local onde o corpo foi achado (Wade e Trozzi 2003).
2.1­ Aplicações nos casos de morte natural, acidental ou criminal.
Oliveira­Costa (2003) cita que a diagnose diferencial da causa jurídica da morte não é uma tarefa fácil, portanto, somente com conhecimentos entomológicos, difilcilmente conseguiremos conclui­la. Entretanto certas considerações auxiliam o rumo correto a ser seguido. Drogas presentes no cadáver podem indicar uma dose por ingestão letal dessas substâncias (“over dose”), uma vez que as mesmas interferem no processo de desenvolvimento dos insetos necrófagos. Cocaína, heroína, “metanfetamina”, “amitriptilina” e outros narcóticos têm mostrado efeitos adversos que interferem na velocidade de crescimento das formas imaturas de alguns insetos e também de maneira intrínseca no processo de decomposição cadavérica. A presença de certas substâncias no corpo, tais como organofosforados, carbamatos sistêmicos, arseniato de chumbo e piretroides impedem a colonização de determinados de insetos necrófagos (Leclerq & Vaillant 1992, Oliveira­Costa e Lopes 2000).
2.2­ Aplicações nos casos de entorpecentes.
As drogas não sintéticas, comercializadas ilgalmente através da manipulação dos produtos naturais cultivados ou pertencentes a áreas de extrativismo são acompanhadas de sua fauna entomológica associada. Como exemplo a identificação de origem da Cannabis sativa (maconha), com base nos insetos encontrados, que no momento da prensagem do vegetal, ficaram retidos, traçando a rota do tráfico através da sua distribuição geográfica (Crosby et al., 1985).
2.3­ Aplicação nos casos de contaminação de materiais e produtos estocáveis.
A presença de insetos em produtos industrializados pode indicar falha no processo de fabricação ou erros no armazenamento da matéria prima. Esta negligência pode levar determinados produtos a um nível de infestação consideravelmente perigoso à saúde humana ou animal, devido ao fato dos insetos carrearem em suas patas, aparelho bucal, e nos seus excrementos agentes patogênicos de grande importância em saúde pública como bactérias, fungos e virus (Gredilha et al., 2007; Mello et al 2004; Prado et al; Oliveira et al 2002).
Gredilha et al., 2005 citam que alguns dos insetos encontrados em rações industriais vendidas em lojas especializadas na cidade do Rio de Janeiro alimentam­se das proteínas contidas nas rações peletilizadas, causando esfarelamento das mesmas diminuindo assim, os componentes nutricionais indicados nas embalagens. Os alimentos comercializados em feiras livres e estabelecimentos comerciais podem ser facilmente alvos de insetos, haja vista o fato da exposição desses produtos, do mau acondicionamento, higiene inadequada dos manipuladores e principalmente da ineficiência no sistema de fiscalização e vigilância sanitária, acarretando em possíveis casos de toxiinfecções alimentares que em determinados indivíduos o agravamento dos sintomas aliados a não realização do atendimento emergencial levam ao óbito (Guimarães­Neto et al. 2005; Greenberg 1973; Norberg 1999 Tan et al. 1997).
3. O DNA e a Entomologia Forense
Ainda são recentes as aplicações das metodologias existentes no campo da biologia molecular quanto aos estudos dos insetos, as técnicas moleculares mais difundidas são utilizadas principalmente na área de sistemática, taxonomia, filogenia e estudos populacionais de insetos. Na entomologia forense os avanços de técnicas moleculares estão concentrados na utilização da PCR, com a vantagem de recuperar a identidade do inseto através de qualquer vestígio morfológico de suas fases do ciclo de vida, seja o ovo, a larva a pupa ou partes fragmentadas de um adulto.
Os métodos que combinam outras técnicas, como PCR­RFLP (reação em cadeia de polimerase­polimorfismo por comprimento do fragmento de restrição), cromatografia para análise de substâncias tóxicas nos insetos têm sido amplamente utilizado para a identificação de espécies de importância forense (Sperling et al., 1994).
Adicionalmente, alguns estudos demostraram ser possível retirar e identifica DNA humano a partir de extratos do trato digestivo de larvas decompositoras (Zehner et al., 2004). Tal aplicação mostrou­se útil na resolução de casos envolvendo a identificação de cadáveres em estado de decomposição.
4. Considerações Finais
O estudo da fauna de cadáver constitui, portanto a aplicação forense mais importante da Entomologia na Medicina Legal. A divulgação dessa ciência no âmbito policial nacional é quase inexistente. As pesquisas em entomologia no Brasil por sua vez, devido a impedimentos jurídicos e éticos, são desenvolvidas em carcaças de animais visando obter parâmetros correlacionais com cadáveres humanos, fazendo­se necessário uma pesquisa mais abrangente no meio pericial. Gannon (1977) propôs a criação de áreas destinadas a instituições científicas para os estudos de corpos humanos em decomposição, semelhante à área já existente na Universidade do Tennesee, USA.
No Brasil a escassez de entomólogos forenses é apenas mais uma das diversas razões para os poucos estudos realizados na área. Embora área da entomologia atualmente no Brasil seja reconhecida inclusive internacionalmente, há, entretanto várias subáreas da entomologia que são mal aproveitadas, devido à imposição dos financiamentos em projetos científicos e do fomento a pesquisa básica que acabam determinando uma maior atenção aos grupos de insetos com importância econômica agrícola, médico ou veterinária não havendo assim, projetos que visem financiar áreas da entomologia que vão agregar um conhecimento uniforme a longo prazo, conforme os estudos da entomologia forense que exigem habilidades em taxonomia e sistemática de insetos, conhecimento de entomolologia geral, ecologia e biologia de insetos, além de noções em perícia criminal e as mais diversas áreas das ciências forense.
Referências Bibliográficas
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 Oliveira­Costa J. 2003. Entomologia Forense, Edt Millennium, Campinas, SP, 257p.
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 Wade C, Trozzi YE. 2003. Handbook of Forensic Services. Virginia: FBI Laboratory Publication, 181p.
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Fonte:  artigocientifico.tebas.kinghost.net
Entomologia Forense
Entomologia
Os insetos pertencem ao:

Reino Animal
 Sub-reino Metazoa
 Divisão Bilateria
 Grupo Eucelomata
 Filo Arthropoda
 Classe Insecta
De maneira mais resumida podemos citar os insetos como Reino Animal, Filo Arthropoda, Classe Insecta.
Entomologia
Entomologia - é a ciência que estuda os insetos sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as plantas e os animais. A entomologia é proveniente da união de dois radicais gregos entomon = inseto e logos = estudo e vem sendo empregada desde Aristóteles.
Histórico
O conhecimento que o homem tem sobre os insetos e bastante antigo, havendo uma série de pinturas e esculturas sobre insetos nos monumentos do Egito antigo.
Entre eles destacavam-se as abelhas e os escaravelhos. Além destes os gafanhotos são citados no Antigo Testamento como a décima praga que atingiu o Egito durante a escravidão dos Hebreus. Porém como ciência a Entomologia só ganhou impulso com Aristóteles (384-322 A.C), que escreveu o resumo mais fiel sobre os insetos daquela época.
Depois de Aristóteles, vieram os romanos, cuja principal preocupação eram as guerras e não a ciência. Após a queda do Império Romano a Inquisição da Idade Média tratou de obscurecer de vez os conhecimentos científicos, e assim foi até a Renascença, período da história da humanidade, caracterizado pela renovação científica, artística e literária, realizada nos séculos XV e XVI.
Nos períodos precedentes, ocuparam-se os entomologistas principalmente com a observação dos fatos e a criação de uma classificação. Sendo que a partir do início deste século as pesquisas visam o conhecimento dos grandes fundamentos biológicos, descobertos no século passado.
No Brasil, as pesquisas com entomologia iniciaram-se em meados do século passado com vários pesquisadores estrangeiros, sendo que neste século são inúmeras as pesquisas realizadas por centenas de cientistas que se dedicam a entomologia.
Especificamente no campo florestal, a entomologia ganhou força a partir da implantação dos primeiros reflorestamentos na década de 60, passando a fazer parte da área de pesquisa florestal denominada Proteção Florestal, que compreende o estudo e a prevenção dos incêndios, doenças e pragas florestais.
Os Insetos e os seres vivos

Os insetos vivem na terra a 300 milhões de anos.
 O homem vive a 1 milhão de anos.
 Reinos Vegetal + animal = 1.500.000 espécies.
Classe Insecta = 815.000 espécies, ou seja:

55% dos seres vivos
 72% dos animais
Características dos insetos

Tamanho - Frações de mm até 30 cm
 Corpo - Dividido em cabeça, tórax e abdômen
 Respiração - Traqueal
 Desenvolvimento - Direto nas ordens primitivas (Thysanura e Collembola), com metamorfose nas outras ordens
 Metamorfose completa = ovo - larva - ninfa - pupa - adulto
Razões para o sucesso dos insetos
Segundo PANIZZI & PARRA (1991), não seria exagero sugerir que os insetos são os maiores competidores do homem pela hegemonia na terra, pois historicamente o homem sempre conseguiu dominar a maioria e, mesmo, extinguir alguns dos animais terrestres. Porém os insetos como grupo, permanecem como a única barreira biótica ao domínio total do homem, visto que a capacidade adaptativa dos insetos e amplamente conhecida.
Além disso, os insetos ao longo dos milênios passaram por várias transformações que permitem a sua adaptação aos mais variados ambientes, entre elas podemos destacar as seguintes:

Exoesqueleto, permite aos insetos uma grande área de inserção muscular, facilita o controle da evaporação e protege os órgãos internos.
 Asas funcionais, fornecem aos insetos a capacidade de deslocamento, facilitam a procura de alimentos, facilita a fuga dos inimigos naturais e facilita a dispersão.
 Tamanho pequeno, faz com que os insetos necessitem de pouco alimento, facilita a fuga, porém o fato de serem pequenos faz com a superfície total do corpo seja muito maior que o volume, aumentando a evaporação do corpo o que consiste numa desvantagem.
 Metamorfose completa, o fato de passarem por vários estágios faz com que os insetos possam viver em diferentes hábitats, permite a larva e ao adulto viverem em condições totalmente diferentes.
 Aumento do número de espécies, a grande capacidade de adaptação dos insetos aos mais variados ambientes fez com que o número de espécies se elevassem tanto que hoje eles ocupam praticamente todos os ambientes.
Importância dos Insetos como Grupo de Animais e suas relações com o Homem
Segundo ZUNDIR & MIYAZAKI (1993), desde os primórdios da humanidade, os insetos estiveram de uma maneira ou de outra relacionados com o homem, ao ponto de se poder afirmar que a sobrevivência do homem depende do equilibro deste grupo de animais, pois e de conhecimento público que o maior inimigo dos insetos são os próprios insetos,. Sendo assim o desequilíbrio de uma parte do sistema formado pelos insetos, pode afetar vários setores da nossa sociedade como a produção agrícola e florestal, além de desencadear uma série de doenças como a malária.
Insetos e suas utilidades para o ser humano
Produtos úteis dos insetos
São os produtos originados de uma produção direta como cera, seda, laca, mel e muitos outros.
Seda
O fio da seda provém da saliva da larva de Bombyx mori, o bicho da seda, que vem trabalhando para o homem a mais de 35 séculos, sendo que por mais de 2.000 anos apenas os chineses conheciam o bicho-da-seda, impedindo a sua saída da China, com penas severas quem tentasse contrabandea-los, até que em 555 d.C. dois monges levaram alguns casulos para Constantinopla. No ano de 1740 a atividade já estava difundida em toda Europa, chegando ao Brasil em 1848.
Atualmente o comércio mundial de seda supera os 500 milhões de dólares anuais, o que corresponde a mais de 35 milhões de Kg. de seda, que são produzidos por mais de 200 milhões de larvas. Para a produção de um Kg. de seda são necessários seis mil casulos.
Produtos de abelhas
Os produtos mais importantes, de uma colônia de Apis mellifera são: mel; cera; propólis; e geleia real. como subprodutos temos ainda o pólen e o veneno das abelhas que é empregado para combater artrite e reumatismo.
As atividades dentro de uma colmeia são intensas. Uma colmeia pode ter mais de sessenta mil abelhas, sendo que para a produção de um Kg de mel são necessárias entre oitenta e cento sessenta mil viagens a uma infinidade de flores. Para a produção de cera são necessários cerca de 6 Kg de mel para a produção de um Kg de cera, que é utilizada para a fabricação de velas, sabonetes, cremes, polidores, papel carbono, produtos elétricos e outros.
Laca
Este produto é originário da secreção do inseto Lacifer lacca, que vive em árvores nativas florestais da Ïndia, Burna, Indochina, Formosa, Ceilão e Filipinas.
Utilizada na fabricação de vernizes e polimentos, além de acabamento de madeiras, isolante elétrico, graxa para sapatos, discos fonográficos, etc. Anualmente são coletadas de 20 a 40 milhões de Kg de laca. Para a obtenção de um Kg de laca são necessários trezentos mil insetos.
Luz sem calor
Só dois por cento da energia de uma chama de gás é luminosa; da luz solar somente 35% da energia é luminosa. Na luz sem calor dos vaga-lumes, o aproveitamento da energia luminosa é de 92 a 100%, praticamente sem perda de energia calorifica ou ultravioleta.
Polinização
Muitas plantas dependem dos insetos, este tipo de polinização (feita pelos insetos) é conhecido como entomofilia, sendo que os principais polinizadores são os Himenópteros do grupo Apoidea, conhecidos genericamente por abelhas. Além deles existem outros insetos como moscas, mariposas e alguns besouros.
Outros produtos
Insetos de importância médica, existem muitas crendices populares em relação ao poder de cura dos insetos, porém existem alguns insetos que realmente são de importância medica fornecendo várias substâncias que podem ser utilizadas como medicamentos.
Insetos como alimento, muitos animais tem nos insetos uma importante fonte de alimento, não se excluindo o homem que em muitos lugares mata sua fome consumindo insetos.
Existindo inclusive algumas receitas como a do doce de gafanhoto, que tem como ingredientes: 2 xícaras de açúcar; 2/3 de xícara de nata; 1 pitada de sal; 1 colher de sopa de manteiga; 1 colher de chá de baunilha; 60 gramas de chocolate amargo; meia xícara de gafanhoto torrado.
Parasitas e predadores, por sua grande capacidade de reprodução e adaptação os insetos formam grandes populações, e a maneira mais fácil de combate-los e deixar a natureza agir, através dos parasitas e predadores. Os predadores são em geral grandes e muito ativos e apresa, geralmente e menor e mais fraca que o predador, os parasitas vivem do hospedeiro que geralmente é maior e mais forte. .
Controle de plantas, o controle que os insetos exercem sobre as plantas é muito grande. Certas plantas certamente iriam competir e dominar determinados ambientes se não fosse a ação de uma série de insetos que controlam o crescimento destes vegetais muitas vezes sem que o homem perceba.
Insetos como degradadores, vários insetos auxiliam a degradação de plantas e animais, auxiliando na limpeza do solo.
Insetos e seu valor estético, as borboletas certamente são os insetos mais apreciados pelo homem. Despertando a imaginação de vários artistas, que criam pinturas, poemas, fábulas e músicas utilizando os insetos como enredo.
Importância científica dos insetos, os insetos contribuem para o aperfeiçoamento de várias ciências, principalmente para o conhecimento da Citologia e da Genética.
Insetos nocivos

Danos às plantas
 Vetores de doenças para as plantas, animais e para o homem
 Insetos parasitos do homem e dos animais
 Insetos venenosos
 Insetos que atacam produtos armazenados
Ordens da Classe Insecta de Interesse Florestal
As ordens de interesse florestal são
Ordem Neuroptera (Formiga Leão)
Hábitos

Maioria terrestre
 Ovíparos Postura na areia ou solo
 Alimentam-se de outros insetos Importância
São benéficos, pelos hábitos predatórios.
Ordem Homoptera (Cigarras)

Hábitos
 Exclusivamente fitófagos, alimentando-se da seiva vegetal
 Ovíparos
 Postura sobre folhas, galhos ou internamente nos tecidos das plantas
 Importância
Prejudicam o desenvolvimento da planta, sugando a seiva, além de ferirem os tecidos vegetais, promovendo a ação de patôgenos.
Ordem Hemiptera (Percevejos)

Hábitos
 Maioria terrestre
 Alimentam-se de seiva vegetal (fitófagos), sangue (hematófagos) e insetos (predadores)
 Ovíparos
 Postura sobre galhos ou folhas
Importância

Danificam as plantas, sugando a seiva e os cloroplastos
 Abrem caminho para os patôgenos transmissores de doenças ao homem
 Benéficos ao homem por seus hábitos predatórios (algumas espécies)
Ordem Orthoptera (Grilos, Gafanhotos, Esperanças, etc.)

Hábitos
 Fitófagos (alguns são predadores)
 Vivem no solo ou em galerias
 Vivem solitariamente ou agrupados
 Produzem sons
 Ovíparos
 Postura no solo, sobre folhas ou galhos secos
Importância

Devoram as folhas e os tecidos jovens das plantas
Ordem Diptera (Moscas, Mosquitos, Pernilongos)
Hábitos

Podem ser ectoparasitas de aves ou parasitas de outros insetos, mas a maioria alimenta-se de matéria orgânica vegetal e animal em decomposição
 As larvas ocorrem em quase todos os tipos de habitats
 Em geral são ovíparos
 Postura próxima ou sobre o alimento
Importância

Transmissão de doenças
 Danificam uma grande infinidade frutos
 Parasitam insetos prejudiciais a florestas
Ordem Isoptera (Cupins)
Hábitos

Alimentam-se de madeira, papel e outros produtos vegetais
 Vivem subterraneamente ou acima do solo
 Vivem em colônias divididas em castas (operários, soldados, reis e rainhas)
 Reis e rainhas são os reprodutores
Importância

Provocam danos em madeira beneficiada (móveis, tábuas, compensados, construções, etc.), também danificam a raiz e o colo de árvores vivas.
Isopteros de interesse florestal:
Família Kalotermitidae

Cryptotermes brevis - atacam móveis
Família Rhinotermitidae

Coptotermes spp. e Heterotermes spp.: atacam Pinus spp, Eucalyptus spp., Araucaria anfustifolia e outras plantas
Família Termitidae

Constróem ninhos arborícolas
Anoplotermes spp.: atacam Pinus spp., Eucaluptus spp. e outras plantas
Ordem Hymenoptera (Formigas, Abelhas, etc.)
Hábitos

Vivem solitários ou em colônias
 Alimentam-se de fungos, néctar, pólen e outras substâncias vegetais
 Ovíparos
 Na maioria, a fecundação determina o sexo
Importância

Produção de mel
 Desfolha de essências florestais e culturas agrícolas
 São os mais ativos parasitas e exercem um papel de extrema importância no controle biológico
Hymenopteros de insteresse florestal:
Família Apidae

Apis Mellifera - produção de mel e polinização.
Família Formicidae

Atta spp. e Acromyrmex spp. - Formigas cortadeiras
Família Siricidae

Sirex noctilio - Vespa da madeira
Ordem Coleoptera
Hábitos
Sua alimentação e extremamente variada, praticamente comem tudo, exceto sangue, tem peças bucais mastigadoras São encontrados em praticamente todos os habitats, a maioria são alados, podem viver sobre a vegetação, superfície do solo ou no seu interior, outros são aquáticos ou semiaquáticos Importância
São importantes pragas de produtos armazenados, de plantas agrícolas e florestais, de madeira estocada, móveis e outros materiais.
Coleópteros de interesse florestal:
São vários os coleópteros de interesse florestal, abaixo são citadas apenas as principais famílias e espécies:
Família Anobiidae

Anobius spp. (broca de madeira e móveis)
Família Lyctidae

Lyctus spp. (broca de madeira)
Família Chrysomelidae

Costalimaita ferruginea (ataca as folhas de Eucalyptus spp, tanto no estágio de larva como de adulto)
Família Curculionidae

Naupactus spp. (Folhas de Eucalyptus spp. e acículas de Pinus spp.)
 Gonipteros spp. (Folhas de Pinus spp.)
Família Cerambycidae

Oncideres spp. (broca de bracatinga, Ácacia negra, Eucalyptus spp., e outras plantas)
Família Scolytidae

Xyleborus spp., Hypothenemus spp. - (broca de Eucalyptus spp, Pinus spp., e outras plantas)
Família Cerambycidae
São conhecidos pelo nome vulgar de serrados ou serra-pau devido ao hábito que algumas fêmeas tem de serrar galhos por ocasião da postura. Todas as larvas desta família atacam troncos e galhos tanto de árvores em pé quanto de toras recém cortadas. O gênero Oncideres e considerado a principal praga da Acácia Negra e tem causado prejuízos em povoamentos de bracatinga.
Para seu controle pode ser feita a catação manual e queima dos ramos cortados, porém o mais viável e a abertura de valas com a colocação dos galhos em seu interior, sendo posteriormente cobertos com tela fina, permitindo assim a ação dos inimigos naturais dos besouros e um maior equilíbrio biológico.
Família Scolytidae
Esta família compreende besouros muito pequenos, que causam sérios danos às essências florestais. A maioria das espécies ataca árvores em pé, ou recém cortadas, algumas atacam madeira beneficiada outras são brocas de sementes.
Tanto adultos como larvas são daninhos as plantas, algumas espécies alimentam-se de fungos (como as formigas e a vespa da madeira), que são depositados no interior da árvore no momento da postura, a proliferação deste fungo torna a madeira azulada, sendo posteriormente perfurada pelas larvas.
O controle químico destes insetos e inviável economicamente, sendo o monitoramento das florestas com o uso de armadilhas etanólicas a medida mais recomendável. Em casos de infestação em toras ou em madeiras cortada deve-se observar um tempo de estocagem mínimo em campo ou no pátio de madeiras.
Ordem Lepidoptera
Hábitos

Noturno ou diurnos
 Adultos alimentam-se de néctar ou não se alimentam
 As larvas alimentam-se de folhas, frutos, sementes ou madeira de troncos
 Ovíparos
 Postura sobre plantas
Importância

Produção de seda (Bombix mori)
 Grande maioria com hábitos fitófagos e muito vorazes
Famílias de interesse florestal:

Família Arctiidae
 Família Geometridae
 Família Noctuidae
 Família Saturniidae
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 ZANUNCIO, J. C. Manual de pragas florestais. Volume I - IPEF/SIF, 1993.
Fonte:  www.floresta.ufpr.br
Entomologia Forense
Classificação dos insetos e bibliografia entomologica
CLASSIFICAÇÃO DOS INSETOS
Posição sistematica dos insetos. - Antes de tratardo assunto principal do presente capítulo, convem dizer sobrea posição sistematica dos insetos em relação com os gruposque lhes são afins.
Como se sabe, os insetos pertencem ao grande phylumArthropoda, ou dos Artropodos, isto é, dos animais de apen-dices locomotores articulados e um esqueleto externo quiti-nisado. Compreende esse phylum cerca de 675.000 cspeciesdescritas (aproximadamente 4/5 do numero de animais co-nhecidos num total de 840.000 especies), distribuidas em va-rias classes. Dentre elas a dos Hexapodos ou Insetos é a quecompreende exclusivamente os Artropodos eutraqueados, como corpo dividido em 3 regiões (cabeça, torax e abdomen), um par de antenas, 3 pares de pernas toraxicas e, geralmente,dois pares de azas (3).
A parte da zoologia que trata dos insetos é a entomolo-gia. A palavra inseto (insectum), oriunda de intersectum, corresponde á denominação grega LES a todos os animais de corpo entrecortado ou segmentado.
Assim, a Entomologia, ou ciencia dos insetos, deveriaabranger todos os animais articulados ou Artropodos. Aliás,durante muitos anos, foi este o conceito que prevaleceu entreos zoologos. Todavia, desde LATREILLE, a palavra entomologiaé empregada para designar exclusivamente a ciencia dos Ar-tropodos Hexapodos.
Classificações entomologicas
A classe dos inse-tos, sob o ponto de vista da quantidade de especies que a con-stitue, é o grupo dominante em toda a escala zoologica. Se-gundo um computo apresentado por METCALF e FLINT (1928),O numero de insetos conhecidos atinge a um total de 625.000especies. E como calcularam haver, em todo reino animal,cerca de 840.000 especies descritas, poder-se-á, portanto, con-cluir que perto de tres quartas partes desse numero perten-cem á classe dos insetos.
Depois da primeira classificação dos insetos em 7 ordens,feita por LINNAEUS em 1735, foram apresentados sucessiva-mente outros sistemas compreendendo as novas formas queiam sendo estudadas e que não podiam ser incluidas nas or-dens anteriormente estabelecidas.
Dentre as classificações propostas, com maior aceitação,devem ser citadas as de: PACKARD (1883 e 1885), BRAUER(1885), SHARP (1895-1899), COMSTOCK (1895), HANDLIRSCH(1904 e 1908), SHIPLEY (1904), BöRNER (1904), BRUES & ME-LANDER (1915), KRAUSSE & WOLFF (1919), CRAMPTON (1924),HANDLIHSCH (1930, in SCHRÖDER) e de BRUES & MELANDER(1932)
Os entomologistas atuais ou adotam uma dessas classi-ficações integralmente ou um sistema nas mesmas baseado.
Seria de toda a vantagem que a questão da classificaçãogeral dos insetos fosse discutida nos congressos internacionaisde zoologia e especialmente de entomologia, de modo a ficardefinitivamente estabelecida uma classificação que fosse acei-ta por todos os entomologistas. Enquanto isso não se reali-zar, continuarei a adotar, nos cursos de entomologia a meu cargo, o seguinte sistema, baseado principalmente na classi-ficação de HANDLIRSCH.
Fonte:  www.acervodigital.ufrrj.br
Entomologia Forense
Entomologia forense – insetos aliados da lei
1. Introdução
Atualmente a tecnologia encontra-se a disposição da justiça como ferramenta de auxílio à investigação de crimes através da mão de obra técnica especializada e de equipamentos científicos de precisão. Desta forma, a ciência passou a ser capaz de fornecer dados suficientes para indicar vestígios de um crime e supostos criminosos. Entre as diversas áreas de pesquisa forense, a entomologia vem nas últimas duas décadas despertando o interesse de peritos e pessoas ligadas a instituições judiciais devido ao fato de existir uma relação íntima entre esse estudo e as técnicas de investigação em diferentes casos de morte.
A Entomologia Forense é considerada a ciência aplicada ao estudo dos insetos, ácaros e outros artrópodes em procedimentos legais. A primeira aplicação da entomologia forense citada em manuais de medicina legal refere-se como ocorrida em 1235, na China, baseado em um manual chinês da autoria de Sung Tzu, intitulado “The washing away of wrongs”, onde ele citou um caso de homicídio perpetrado com uso de instrumento de ação corto-contundente, no qual os investigadores, à procura de vestígios na redondeza encontraram uma foice com moscas sobrevoando ao seu redor, provavelmente pela atração dos odores exalados de substâncias orgânicas aderidas a lâmina, imperceptíveis a olho nu. Tal fato desencadeou um interrogatório realizado pela polícia ao proprietário da foice, levando-o posteriormente a confessar a autoria do crime (Oliveira-Costa 2003).
Contudo, essa ciência tornou-se mundialmente conhecida somente após 1894, com a publicação na França do livro “La faune des cadavres” de Mégnin. Os estudos que resultaram neste livro ainda hoje são utilizados como padrão para os achados de insetos cadavéricos que se sucedem de modo previsível no processo de decomposição. Contudo, esses dados não podem ser aplicados ao Brasil, visto que o clima tropical conduz a um processo de decomposição mais acelerado em relação ao clima europeu, além das diversas espécies de insetos que existem no velho mundo (África, Ásia, Europa e Oceania) não ocorrem no continente americano e vice-versa. Esses fatos, portanto se analisados geograficamente, limitam o estudo correlativo da entomologia forense, embora não queiram dizer que as metodologias utilizadas devam ser diferentes, ao contrário, diversas técnicas específicas e padronizadas internacionalmente estão envolvidas para que se possa obter sucesso nos resultados para fins forenses, principalmente no que se refere ao quadro policial, na cena do crime. A equipe envolvida nas investigações bem como a conduta adequada do entomologista são fatores precursores de uma metodologia eficiente (Oliveira-Costa e Lopes 2000, Nortueva 1977).
A fauna entomológica cadavérica no Brasil apresenta uma ampla diversidade de espécies que se sucedem na carcaça, pois o processo de decomposição oferece condições ideais ao desenvolvimento (Hobson 1932, Keh 1985). Os estudos em entomologia forense no Brasil indicam as moscas como os insetos de maior interesse na área, provavelmente pela diversidade deste grupo em regiões tropicais e sobre tudo pela grande atratividade que a matéria orgânica em decomposição exerce sobre esses insetos adultos ou larvas, influenciando no comportamento e dinâmica populacional das várias espécies em nichos ecológicamente distintos. Os besouros, grupo de insetos pertencentes à ordem Coleoptera, são o segundo grupo de insetos de maior interesse forense no Brasil, sendo encontrados nas carcaças tanto em sua fase adulta de desenvolvimento, quanto na fase imatura (larvas) (Carvalho et al 2000, Barbosa et al 2006).
Os insetos associados a cadáveres estão ainda classificados segundo Keh (1985) da seguinte maneira:

Necrófagos: São determinados insetos imaturos e/ou adultos na sua grande maioria moscas e besouros (Dípteros Muscóides e Colópteros) que se alimentam de tecido em decomposição;
Ominívoros: Insetos com uma dieta alimentar ampla, tanto dos corpos quanto da fauna associada. Formigas e vespas (Himenópteros) e alguns besouros;
Parasitas e Predadores: Os parasitas neste contexto utilizam a entomofauna cadavérica a qual retira os meios para o seu próprio desenvolvimento e os predadores são os indivíduos que se alimentam das formas adultas ou imaturas dos insetos cadavéricos. Nessas duas classificações podemos encontrar Himenópteros (parasitando ou predando), Coleópteros, Dípteros Muscóides e Dermápteros (vulgo tesourinha);
Acidentais: São insetos que se encontram ao acaso no cadáver, explicado muitas vezes pela freqüência como ocorrem naturalmente em determinadas áreas ecológicas. Aranhas, centopéias, ácaros e outros artrópodes são exemplos de animais pertencentes a esta classificação.
2. Aplicações Legais da Entomologia Forense
A entomologia é utilizada em investigação de tráfico de entorpecentes, maus tratos, danos em bens imóveis, contaminação de materiais e produtos estocados ou morte violenta, entre inúmeros outros casos que se apresentam no âmbito judicial. Países desenvolvidos que possuem centros de investigação reconhecidos internacionalmente, como exemplo o Federal Bureal of Investigation (FBI) nos Estados Unidos da América, já possuem uma linha de pesquisa em perícia entomológica, seja realizado em parceria com pesquisadores de universidades ou laboratórios especializados.
Os conhecimentos entomológicos podem servir de auxílio para revelar o modo e a localização da morte do indivíduo, além de estimar o tempo de morte ou intervalo pós-mortem (IPM). O conhecimento da fauna de insetos, biologia e comportamento também podem determinar o local onde a morte ocorreu. Por exemplo, algumas espécies de moscas são encontradas em centros urbanos e diante deste fato, a associação dessas espécies em corpos, encontrados nas áreas rurais, sugerem que a execução do crime não tenha ocorrido no local onde o corpo foi achado (Wade e Trozzi 2003).
2.1- Aplicações nos casos de morte natural, acidental ou criminal.
Oliveira-Costa (2003) cita que a diagnose diferencial da causa jurídica da morte não é uma tarefa fácil, portanto, somente com conhecimentos entomológicos, difilcilmente conseguiremos conclui-la. Entretanto certas considerações auxiliam o rumo correto a ser seguido. Drogas presentes no cadáver podem indicar uma dose por ingestão letal dessas substâncias (“over dose”), uma vez que as mesmas interferem no processo de desenvolvimento dos insetos necrófagos. Cocaína, heroína, “metanfetamina”, “amitriptilina” e outros narcóticos têm mostrado efeitos adversos que interferem na velocidade de crescimento das formas imaturas de alguns insetos e também de maneira intrínseca no processo de decomposição cadavérica. A presença de certas substâncias no corpo, tais como organofosforados, carbamatos sistêmicos, arseniato de chumbo e piretroides impedem a colonização de determinados de insetos necrófagos (Leclerq & Vaillant 1992, Oliveira-Costa e Lopes 2000).
2.2- Aplicações nos casos de entorpecentes.
As drogas não sintéticas, comercializadas ilgalmente através da manipulação dos produtos naturais cultivados ou pertencentes a áreas de extrativismo são acompanhadas de sua fauna entomológica associada. Como exemplo a identificação de origem da Cannabis sativa (maconha), com base nos insetos encontrados, que no momento da prensagem do vegetal, ficaram retidos, traçando a rota do tráfico através da sua distribuição geográfica (Crosby et al., 1985).
2.3- Aplicação nos casos de contaminação de materiais e produtos estocáveis.
A presença de insetos em produtos industrializados pode indicar falha no processo de fabricação ou erros no armazenamento da matéria prima. Esta negligência pode levar determinados produtos a um nível de infestação consideravelmente perigoso à saúde humana ou animal, devido ao fato dos insetos carrearem em suas patas, aparelho bucal, e nos seus excrementos agentes patogênicos de grande importância em saúde pública como bactérias, fungos e virus (Gredilha et al., 2007; Mello et al 2004; Prado et al; Oliveira et al 2002).
Gredilha et al., 2005 citam que alguns dos insetos encontrados em rações industriais vendidas em lojas especializadas na cidade do Rio de Janeiro alimentam-se das proteínas contidas nas rações peletilizadas, causando esfarelamento das mesmas diminuindo assim, os componentes nutricionais indicados nas embalagens. Os alimentos comercializados em feiras livres e estabelecimentos comerciais podem ser facilmente alvos de insetos, haja vista o fato da exposição desses produtos, do mau acondicionamento, higiene inadequada dos manipuladores e principalmente da ineficiência no sistema de fiscalização e vigilância sanitária, acarretando em possíveis casos de toxiinfecções alimentares que em determinados indivíduos o agravamento dos sintomas aliados a não realização do atendimento emergencial levam ao óbito (Guimarães-Neto et al. 2005; Greenberg 1973; Norberg 1999 Tan et al. 1997).
3. O DNA e a Entomologia Forense
Ainda são recentes as aplicações das metodologias existentes no campo da biologia molecular quanto aos estudos dos insetos, as técnicas moleculares mais difundidas são utilizadas principalmente na área de sistemática, taxonomia, filogenia e estudos populacionais de insetos. Na entomologia forense os avanços de técnicas moleculares estão concentrados na utilização da PCR, com a vantagem de recuperar a identidade do inseto através de qualquer vestígio morfológico de suas fases do ciclo de vida, seja o ovo, a larva a pupa ou partes fragmentadas de um adulto.
Os métodos que combinam outras técnicas, como PCR-RFLP (reação em cadeia de polimerase-polimorfismo por comprimento do fragmento de restrição), cromatografia para análise de substâncias tóxicas nos insetos têm sido amplamente utilizado para a identificação de espécies de importância forense (Sperling et al., 1994).
Adicionalmente, alguns estudos demostraram ser possível retirar e identifica DNA humano a partir de extratos do trato digestivo de larvas decompositoras (Zehner et al., 2004). Tal aplicação mostrou-se útil na resolução de casos envolvendo a identificação de cadáveres em estado de decomposição.
4. Considerações Finais
O estudo da fauna de cadáver constitui, portanto a aplicação forense mais importante da Entomologia na Medicina Legal. A divulgação dessa ciência no âmbito policial nacional é quase inexistente. As pesquisas em entomologia no Brasil por sua vez, devido a impedimentos jurídicos e éticos, são desenvolvidas em carcaças de animais visando obter parâmetros correlacionais com cadáveres humanos, fazendo-se necessário uma pesquisa mais abrangente no meio pericial.
Gannon (1977) propôs a criação de áreas destinadas a instituições científicas para os estudos de corpos humanos em decomposição, semelhante à área já existente na Universidade do Tennesee, USA.
No Brasil a escassez de entomólogos forenses é apenas mais uma das diversas razões para os poucos estudos realizados na área. Embora área da entomologia atualmente no Brasil seja reconhecida inclusive internacionalmente, há, entretanto várias subáreas da entomologia que são mal aproveitadas, devido à imposição dos financiamentos em projetos científicos e do fomento a pesquisa básica que acabam determinando uma maior atenção aos grupos de insetos com importância econômica agrícola, médico ou veterinária não havendo assim, projetos que visem financiar áreas da entomologia que vão agregar um conhecimento uniforme a longo prazo, conforme os estudos da entomologia forense que exigem habilidades em taxonomia e sistemática de insetos, conhecimento de entomolologia geral, ecologia e biologia de insetos, além de noções em perícia criminal e as mais diversas áreas das ciências forense.
Rodrigo Gredilha
Eduardo Ribeiro Paradela
André Luís dos Santos Figueiredo
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Fonte: www.ambito-juridico.com.br
Entomologia Forense
A entomologia Forense é o estudo de insetos e outros artrópodes associados a diversas questões criminais, servindo como auxilio nas investigações de crimes contra pessoas vitimas de morte violenta. Constitui-se de um valioso processo para se estabelecer a data de morte em alguns casos, assim como outros aspectos relacionados com as circunstancias da morte. Fundamentalmente, a entomologia forense contribui com a estimativa do intervalo post – mortem ou a data da morte, assim como “movimentos do cadáver”, pelo comportamento das espécies de insetos (sendo umas de interior e outras de exterior) e pela distribuição dos insetos em áreas limitadas (endemismo) que podem indicar que o cadáver foi mudado de lugar.
Os ramos da Entomologia Forense
A Entomologia Forense foi classificada em três sub áreas:

1 - Urbana: relativa às ações cíveis envolvendo a presença de insetos em bens culturais, imóveis ou estruturas. Um caso típico seria o comprador de um imóvel que, pouco tempo depois da compra descobre que ele se encontra infestado por cupins e responsabiliza o vendedor pelo seu prejuízo. A questão a ser respondida pela Entomologia Forense é o tempo de infestaçõa e se ocorreu antes ou depois da compra. (abrange os insetos que afetam o homem e seu ambiente)
2 -Produtos armazenados: diz respeito à contaminação, em pequena ou grande extensão, de produtos comerciais estocados. O comprador do lote de alimento infestado por insetos pragas pode exigir do vendedor uma compensação pelo prejuízo. O desafio para Entomologia forense seria determinar se ocorreu a infestaçaõ. ( insetos ou parte deles encontrados contaminando alimentos)
3 -Médico-Legal: refere-se a casos de morte violenta (crime contra a pessoa, acidentes de massa, genocídios, etc.). A principla contribuição da Entomologia Forense, nesses casos, é a estimativa do intervalo post-mortem. (componentes criminais do sistema legal lidando com insetos necrófagos).
As aplicações, pricipalmente em relação ao ramo da medicina-legal, inclui especialmente abordagens sobre como determinar o tempo ou intervalo pós-morte, o local, o modo ou a causa da morte; identificação de suspeitos ou vítimas em casos de óbitos onde falta clareza sobre a responsabilidade e a sequencia dos fatos ocorridos. A contribuição da entomologia forense na investigação de cenas de crimes com mortes violentas é a avaliação e interpretação das evidências deixadas ou causadas por insetos. A ação de insetos sobre os restos humanos pode causar artefatos como a destruiçao de tecidos moles e traumas nos órgãos internos e externos e nas partes esqueletizadas do cadáver. O comportamento dos insetos sobre o cadáver pode causar o desmembramento das restos mortais, ou enterramento ou exposição de partes do corpo.
As aplicações, em suas diversas vertentes, devem sempre estar associadas às informações biológicas e ecológicas, de distribuição geográfica e de demais variações que possam ocorrer entre as diferentes espécies que estão presentes neste meio, além da correta identificação do inseto.
Técnicas da biologia molecular na entomologia forense
Como os insetos podem ser utilizados em vários ramos da entomologia forense, o conhecimento entomológico deve estar associado às informações biológicas, ecológicas e morfológicas (que diz respeito à correta identificação do inseto).
Entretanto, a distinção morfológica dos insetos pode ser bastante complicada devido a alguns motivos como: a diversidade e minúsculas diferenças morfológicas observadas entre as várias espécies, ausência de chaves taxonômicas para certos grupos e insuficiência na descrição de caracteres morfológicos nas chaves já existentes (certas chaves são baseadas em uma só característica).
Atualmente, técnicas de biologia molecular têm sido utilizadas para auxiliar na identificação de insetos de interesse forense, pois um marcador de DNA específico é capaz de identificar um espécime em qualquer estagio de maturação ou até se a amostra do inseto não estiver integra, contendo apenas partes do inseto coletado.
Uma das técnicas úteis para identificar espécies críticas ou em diferentes estágios de desenvolvimento é o RAPD, em que uma das características desta estratégia consiste na obtenção de seqüências amplificadas aleatoriamente pela PCR, gerando um padrão molecular único para cada indivíduo. Essa técnica também é capaz de identificar indivíduos de uma mesma espécie por meio da semelhança nos fragmentos de DNA que foram amplificados, pois mesmo com grandes polimorfismos, ainda existem regiões que não sofreram grandes alterações, mantendo-se constante dentro de uma espécie. Essa técnica tem como vantagem ser rápida e de fácil execução, além do baixo custo.
Outra técnica é a utilização do DNA mitocondrial para a identificação molecular dos insetos, pois pela sua forma circular e a proteção de duas membranas mitocondriais, fazem com que esse DNA tenha maior estabilidade, sendo possível a obtenção de informação genética de indivíduos em precário estado de conservação ou até mesmo conservados em etanol. O DNA mitocondrial é um excelente marcador molecular devido a sua organização simples, baixo número de recombinações e por possuir iniciadores específicos para o DNAmt de insetos, gerando padrões de bandas específicos para espécies ou populações de insetos.
A genética de populações, apoiada pelo seqüenciamento de DNA e análises filogenéticas, fornecem suporte para comparações intra e interespecíficas de populações de diferentes origens geográficas, por exemplo, se populações de insetos de uma mesma espécie, localizadas em regiões geográficas separadas, podem apresentar um padrão distinto de variabilidade intra-específica, sendo possível deduzir rotas de drogas ou o local onde ocorreu uma morte.
Também é possível através do isolamento, amplificação e caracterização de material genético encontrado no trato digestivo de insetos hematófagos ou necrófagos, determinar a identidade ou sexo da vítima de um homicídio.
Fonte: www.geocities.com
Entomologia Forense
Os insetos necrófagos são aqueles que utilizam a matéria orgânica em decomposição como fonte de alimento. A sua atividade acelera o fenômeno de putrefação do corpo. A Entomologia Forense consiste na aplicação do estudo destes insetos na elucidação de questõesjudiciais, como morte violenta, tráfico de entorpecentes, maus tratos em idosos, crianças ou incapacitados, danos em bens móveis, dentre outros. (Thyssen, 2005; Amendt et al, 2007)
No tocante à morte violenta, a análise dos insetos encontrados nos cadáveres tem sido de grande importância por fornecer informações sobre a identidade do morto, a causa ou modo da morte, o local onde ela ocorreu, quando ela ocorreu, se houve movimentação do cadáver, e permite ainda a associação de suspeitos com a cena do crime. (Thyssen, 2005; Amendt et al, 2007)
Para poder extrair qualquer uma dessas evidências a partir dos achados entomológicos é necessário uma perfeita identificação da espécie do inseto encontrado.
Essa identificação geralmente é feita a partir das características morfológicas do espécime coletado. Porém em muitos casos essa diferenciação torna-se difícil, pois há muita semelhança entre certas espécies, principalmente nos estágios iniciais de desenvolvimento. (Thyssen, 2005; Amendt et al, 2007)
Para uma identificação adequada do inseto encontrado, o entomologista forense precisa possuir um bom conhecimento de taxonomia, biologia e ecologia de insetos necrófagos. Porém estudos nessa área são ainda incipientes no Brasil, devido à complexidade, alto custo e demora na obtenção de resultados. E muitos estudos realizados no exterior não podem ser aplicados no país devido às peculiaridades climáticas existentes, que alteram o ciclo de vida e a sazonalidade dos insetos. (Pujol-Luz, et al, 2008)
Desta maneira, a identificação das espécies através de técnicas de biologia molecular torna-se uma opção factível e mais adequada, possuindo muitas vantagens, como permitir a identificação precisa da espécie, mesmo a partir de mínimas quantidades de material. Também é útil para identificar espécimes incompletos, seus fragmentos, pupários vazios e amostras inadequadamente preservadas, situações em que a identificação por meio de caracteres morfológicos seria muito difícil. Outra vantagem destas técnicas é que a molécula de DNA possui uma alta estabilidade química, mesmo após longo período de tempo, além de ser resistente a muitas condições que destroem a maioria dos outros compostos biológicos, como as proteínas. (Koch e Andrade, 2008; Mazzanti et al, 2010)
O presente trabalho tem por objetivo apresentar , por meio de revisão de literatura, as principais técnicas de biologia molecular hoje utilizadas, sua importância e aplicações na entomologia forense.
2. Metodologia
Para elaboração deste trabalho de revisão, foram utilizados artigos publicados nos últimos 10 anos, pesquisados na base de dados MedLine.
As publicações foram selecionadas mediante busca com os seguintes descritores: DNA, biologia molecular, entomologia forense, PCR, RFLP, RAPD, seqüenciamento, identificação, conteúdo intestinal, desenvolvimento, molecular biology, forensic entomology, insect identification, gut contents e development.
Foram selecionados 21 artigos na língua portuguesa e inglesa. Além disso foram utilizados como fonte quatro livros. Os critérios para escolha dos artigos e livros envolveram todo tipo de estudo que tivessem como base o tema escolhido, não havendo critérios de exclusão.
3. Discussão
3.1 Técnicas de biologia molecular mais utilizadas
3.1.1 Sequenciamento de DNA
O sequenciamento de DNA é um processo que determina a disposição dos nucleotídeos ao longo de um dado fragmento de DNA. Isto é feito através de técnicas manuais ou automatizadas, baseadas na identificação do último nucleotídeo incorporado na extremidade de alongamento de uma molécula de DNA marcada, complementar à fita simples da qual se deseja determinar a sequência. (Koch e Andrade, 2008)
A técnica consiste na utilização da DNA polimerase para copiar uma determinada molécula de DNA na presença dos 4 dNTPs (3’-desoxinucleotídeo trifosfatos: dATP, dCTP, dGTP e dTTP). Adiciona-se, então, um análogo de um dos desses 4 dNTPs, na forma de ddNTPs (2’, 3’-didesoxinucleotídeo trifosfatos), marcado radioativamente para permitir a visualização do resultado.
Esses análogos são conhecidos como “terminadores”, pois quando incorporados pela DNA polimerase à cadeia nascente, por não apresentarem 3’OH que permita formar ligação com o próximo dNTP a ser adicionado, paralisarão a síntese da nova cadeia de DNA. Assim, são produzidos fragmentos de DNA de vários comprimentos. Devem ser feitas 4 reações separadas, cada uma contendo um dos análogos dos dNTPs, além dos outros 3 dNTPs normais, da enzima DNA polimerase e de um primer para servir de base para a DNA polimerase iniciar a síntese da cadeia. (Koch e Andrade, 2008)
Os fragmentos obtidos, cada qual contendo um resíduo final conhecido e marcado são, então, separados por tamanho em gel de poliacrilamida, seguida da transferência para um suporte de nitrocelulose, que permitirá a visualização da sequência dos nucleotídeos após a auto-radiografia. Desta maneira é possível conhecer a sequência de nucleotídeos do DNA sequenciado. (Koch e Andrade, 2008)
A técnica de sequenciamento de DNA pode ser automatizada por meio da utilização de seqüenciadores, que analisam os produtos da DNA polimerase. Neste caso utiliza-se simultaneamente os 4 ddNTPs, cada um marcado com um fluorocromo diferente, que será detectado e diferenciado pelo aparelho, baseado nos diferentes comprimentos de onda, e programas específicos permitem gerar as sequências de DNA. (Koch e Andrade, 2008)
3.1.2 PCR
Desenvolvida por Kary Banks Mullis em 1983, a Reação em Cadeia da Polimerase (Polymerase Chain Reaction) se baseia na síntese enzimática in vitro de milhões de cópias de um segmento específico de DNA, a partir de uma molécula de DNA molde, por meio da ação da enzima DNA polimerase. São necessários um tampão salino, onde estarão presentes a DNA polimerase, oligonucleotídeos iniciadores, denominados primers, de cadeia simples e geralmente constituídos por 15 a 30 nucleotídios, obtidos por síntese química, os quatro desoxinucleotídeos constituintes do DNA e o cofactor enzimático Mg 2+ (Alberts et al, 2009)
O princípio da reação envolve três etapas básicas, cíclicas, que devem ser repetidas várias vezes, consistindo de: desnaturação do DNA alvo pelo calor , aquecendo a mistura a 94-96ºC por cerca de 1 minuto, a fim de separar as duas cadeias; arrefecimento da mistura a 50-65 ºC por 1 minuto, para permitir a associação dos primers à molécula de DNA alvo; e aquecimento da mistura a 72 ºC por 1 minuto para que ocorra extensão dos iniciadores por meio da síntese da cadeia complementar de cada cadeia molde, catalisada pela DNA polimerase. (Alberts et al, 2009)
Como na técnica de PCR se encontram envolvidos vários ciclos de amplificação, foi desenvolvido equipamento que permite programar, de forma contínua e automatizada, os vários ciclos de aquecimento e arrefecimento. Para tal ser concretizável, as DNA polimerases utilizadas deverão ser termoestáveis, tendo isso sido conseguido com o isolamento da DNA polimerase da bactéria termofílica Thermus aquaticus (a denominada Taq DNA polimerase) que suporta temperaturas elevadas sem perder sua atividade. (Alberts et al, 2009)
Os produtos podem ser observados pela técnica de eletroforese em gel de agarose ou poliacrilamida, que separa os fragmentos de DNA pela velocidade de migração por meio de uma corrente elétrica, formando-se, assim, as bandas de DNA. Essas bandas podem também ser eluídas do gel e recuperadas para realização de outras técnicas, como o sequenciamento do DNA e a técnica de RFLP. (Duarte et al, 2001; Koch e Andrade, 2008)
A PCR é uma técnica muito sensível, permitindo a amplificação de material de interesse a partir de quantidades diminutas da amostra. É muito útil também por permitir a amplificação de sequências específicas a partir de material degradado ou mal conservado. (Alberts et al, 2009)
3.1.3 RAPD
Para a realização da técnica de PCR há a necessidade de conhecimento prévio da sequência de DNA a ser estudada, para que possa ser sintetizado um primer específico que ira se anelar e permitir a amplificação do material genético. Uma vez que existem muitas espécies diferentes de insetos, ficava muito difícil encontrar primers para todos eles e realizar a reação de PCR comum. Surge, então, a técnica de RAPD (random amplified polymorphic DNA), que é uma variação da técnica de PCR utilizando primers curtos (de ate 10 pares de base) com sequência arbitrária, eliminando, assim, a necessidade do conhecimento prévio de sequência. Esta técnica foi inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos por Williams no ano de 1990, e tem sido largamente utilizada por muitos pesquisadores até os dias de hoje. (Jain et al, 2010)
O RAPD abriu uma perspectiva inteiramente nova para a análise genômica de indivíduos e populações. Além de facilitar e acelerar os estudos que já ocorriam com as espécies tradicionais, a tecnologia RAPD permitiu a realização de estudos de análise genética em espécies anteriormente não contempladas. (Jain et al, 2010)
Essa técnica consiste na amplificação de DNA genômico por uma reação de PCR, mas utilizando os primers de sequência arbitrária. Geralmente utiliza-se apenas um tipo de primer em cada reação. Esse primer se liga às sequências complementares em fitas opostas de DNA alvo e ocorre a amplificação do DNA pela Taq polimerase. Por serem pequenos, é grande a possibilidade de que os primers encontrem diversas regiões do genoma para se ligarem, fazendo com que diversos fragmentos de tamanhos diferentes resultem de uma reação. Os produtos são então separados por uma reação de eletroforese em gel de policacrilamida ouagarose, formando um padrão diferente para cada indivíduo, que pode também ser usado para diferenciar espécies de insetos. (Jain et al, 2010)
3.1.4 RFLP
A técnica de RFLP (Restricition Fragment Lenght Polymorphisms) detecta diferenças entre moléculas de DNA por meio da presença de diferentes sítios de restrição (sequencias nucleotídicas específicas ao longo da fita), pois é baseada na clivagem da dupla fita de DNA por enzimas de restrição, gerando fragmentos de DNA de número e tamanhos diferentes. As enzimas de restrição reconhecem sequências específicas no DNA e catalisam clivagens endonucleotídicas dessa molécula, originando os fragmentos de tamanhos diferentes. Os fragmentos gerados são então separados por eletroforese em gel de poliacrilamida ou agarose, para formar um padrão. Esses fragmentos podem também ser identificados por hibridização com sequencias homólogas de DNA marcadas com compostos radioativos ou quimioluminescentes. (Alberts et al, 2009)
3.2 Aplicações das técnicas na entomologia forense
3.2.1 Identificação da espécie do inseto de importância forense
A Entomologia Forense pode ser usada para responder a vários quesitos referentes a uma morte violenta, como local, maneira e algumas vezes até autoria do crime.
A aplicação mais importante da Entomologia Forense é na determinação do intervalo pós-morte (IPM), que é o intervalo de tempo entre a data da morte e a data em que o cadáver foi encontrado e ser feita de duas maneiras: por meio da sucessão entomológica ou pelo tempo de desenvolvimento do inseto. Para ambos os métodos é necessário identificar a espécie do inseto envolvido. (Costa, 2008)
Os métodos tradicionais para determinação do IPM baseiam-se na análise dos fenômenos cadavéricos, como o resfriamento do corpo, evaporação tegumentar, rigidez cadavérica, livores e hipóstases, mancha verde abdominal, estágios de putrefação, gases de putrefação, cristais no sangue putrefeito e crescimento de pêlos da barba. Porém esses métodos são indicados para morte recente, de até três dias. Passado este período esses sinais começam a desaparecer. A partir deste momento a entomologia forense passa a ser uma ferramenta útil para a determinação do IPM, principalmente para IPM longos. Para osmétodos tradicionais, quanto maior for o IPM, menor a sua acurada determinação. Porém, com o auxílio da entomologia forense, quanto maior for esse intervalo, mais segura é a estimativa. (Costa, 2008; Gomes, 2010)
Para a determinação do IPM por meio da entomologia forense dois métodos podem ser usados: a sucessão entomológica e a idade de desenvolvimento do inseto (Costa, 2008).
A composição da comunidade de artrópodes associada aos corpos modifica-se conforme progride o processo de decomposição. Cada estágio de putrefação cadavérica oferece condições e características que atraem um determinado grupo de insetos, para se alimentar ou depositar seus ovos. Na sucessão entomológica um padrão esperado e conhecido de sucessão de insetos em um corpo é comparado a uma lista de insetos encontrados em um cadáver de IPM desconhecido visando estimá-lo. Os representantes da ordem Diptera são geralmente os primeiros a se apresentar, sendo também os mais abundantes. O tempo de desenvolvimento da larva mais antiga, associado ao ciclo de vida e às características biológicas e ecológicas das diferentes espécies encontradas em um cadáver pode também ser usada na determinação do IPM. (Croce e Croce Júnior, 2010).
Para ambos os métodos utilizados é necessária uma perfeita identificação da espécie dos insetos associados aos corpos em decomposição, uma vez que cada espécie possui tempos de desenvolvimento diferentes em seu ciclo de vida. O método de identificação do inseto baseado na morfologia é mais indicado e mais utilizado atualmente para insetos adultos, porém esse método não pode ser aplicado em todos os casos, devido às variações intraespecíficas existentes e das discretas diferenças morfológicas entre muitas espécies, principalmente para identificação de espécimes em seus estágios iniciais de desenvolvimento. (Gomes, 2010; Croce e Croce Júnior, 2010)
Muitos pesquisadores preferem recolher os espécimes imaturos e levá-los ao laboratório para mantê-los até que eclodam, originando adultos, para só então identificar a espécie por meio das características morfológicas deste adulto. Porém esse método leva tempo, que pode ser crucial em uma investigação criminal, além de poder ocorrer a morte dos espécimes antes do completo desenvolvimento, acarretando a perda de evidências criminais importantes. (Gomes, 2010; Croce e Croce Júnior, 2010)
Para qualquer uma das aplicações da entomologia forense é crucial a determinação da espécie do inseto encontrado. A utilização das técnicas de biologia molecular neste sentido tem fornecido grandes vantagens aos entomologistas por permitir uma rápida e acurada diferenciação e identificação, mesmo de espécies muito similares morfologicamente, nos estágios iniciais de desenvolvimento, pupários vazios ou apenas fragmentos (Costa, 2008).
A técnica de biologia molecular mais utilizada pelos entomologistas hoje é a técnica de PCR, que tem se mostrado muito sensível, permitindo a amplificação de material de interesse a partir de quantidades diminutas da amostra. É muito útil também por permitir a amplificação de sequências específicas a partir de material degradado ou mal conservado. (Desmyter & Gosselin, 2009; Sairusa et al, 2009)
O sequenciamento também tem sido muito utilizado pelos entomologistas na determinação do material genético característico da espécie. E se a quantidade da amostra é muito pequena, pode-se realizar uma PCR antes, para aumentar o número de fragmentos de DNA, e em seguida seqenciar os fragmentos amplificados, como feito por Stevens & Wall (2001) na análise filogenética das subfamílias de califorídios de importância forense, Calliphorinae, Luciliinae e Chrysomyinae; por Pai et al (2007) para identificar uma espécie de Califorídeo (Chrysomya megacephala) utilizada na estimativa do IPM em um caso em Taiwan; e por Cainé et al (2009) para identificar espécies de dípteros de importância forense coletados de corpos durante a autópsia em Portugal.
A combinação dessas duas técnicas também foi suficiente para diferenciar oito espécies de dípteros através da análise do DNA mitocondrial de pupários vazios, que são muito similares externamente, dificultado a diferenciação morfológica da espécie que eclodiu dele. É possível realizar a técnica de biologia molecular com sucesso em pupários com mais de vinte anos de idade, uma vantagem para casos de IPM longos. (Mazzanti et al, 2010)
A técnica de RFLP também tem sido utilizada para diferenciar espécies de insetos por meio dos padrões de polimorfismos baseado na diferença dos tamanhos dos fragmentos de restrição. Geralmente essa técnica é combinada com uma reação de PCR para amplificar o material genético, seguida da RFLP, como feito por Schroeder et al (2003), que demonstrou que analises por PCR-RFLP podem ser úteis para diferenciar adequadamente larvas de Luicilia sericata e Calliphora vicina na Alemanha. Da mesma forma Thyssen et al (2005) foi capaz de identificar, através da técnica de PCR-RFLP, espécies adultas de duas moscas varejeiras de importância forense, Hemilucilia segmentaria e Hemilucilia semidiaphana, que são morfologicamente parecidas, e ocorrem na mesma região.
Apesar de também poder usar DNA nuclear, o genoma mitocondrial tem se mostrado um excelente marcador molecular para estudos evolutivos, sendo várias as características que o tornam uma fonte abundante de caracteres genotípicos, tais como: possuir uma estrutura genética simples, haplóide, geralmente não apresentando íntrons, estar presente em um grande número de cópias, o que facilita a amplificação e o acesso a informação genética de amostras mal preservadas; possuir um alto raio de substituição nucleotídica, o que leva a uma rápidageração de sequências diferentes entre as sub-espécies. (Junqueira et al, 2002; Otranto, D. & Stevens, 2002)
Wells e Sperling (2001) demonstraram que a sequência do DNAmt pode ser usada para identificar todas as espécies de moscas de importância forense de um grupo taxonômico particular, os califorídios, no Canadá e Estados Unidos da América.
A caracterização da subunidade I do gene mitocondrial da Citocromo Oxidase (COI) tem sido amplamente utilizada para obter dados de identificação espécie-específicos baseados em técnicas de DNA. Vários segmentos dessa região têm sido sequenciados em diferentes estudos, variando desde 278 pares de bases até o gene COI inteiro. (Harvey et al., 2003; Pai et al, 2007; Cainé et al, 2009).
Thyssen (2005) conseguiu identificar e diferenciar com sucesso duas espécies de califorídios intimamente relacionadas, de importância forense no Brasil, utilizando o padrão de fragmentos de restrição dos genes da subunidade I da citocromo oxidase, por meio da técnica de PCR, seguida de sequenciamento e digestão por enzimas de restrição. Essas espécies de califorídios ocorrem na mesma área geográfica, e não são facilmente distinguidas por critérios morfológicos nos seus estágios imaturos, sendo a técnica de biologia molecular a alternativa mais segura para a identificação.
Ames et al (2006) foi capaz de diferenciar Calliphora vicina de Calliphora vomitória utilizando o gene COI, inclusive utilizando material genético de larvas parcialmente queimadas, em decomposição ou imergidas em água, para mimetizar casos de corpos queimados após a morte, amostras mal preservadas e afogamento.
3.2.2 Análise do conteúdo intestinal do inseto
Os insetos necrófagos alimentam-se dos tecidos em decomposição. Para a determinação do IPM assume-se que todo o período de desenvolvimento do inseto, bem como toda a sua alimentação tenha ocorrido no corpo em análise, desde que as larvas ou pupas tenham sido colhidas diretamente do corpo ou próximo a ele.
A análise do conteúdo intestinal dos insetos pode ser uma evidência crucial quando não está claro se todos os insetos utilizados na análise entomológica realmente se desenvolveram e se alimentaram do corpo em questão. Uma associação precisa do inseto encontrado com o corpo é importante em casos onde o corpo tenha sido removido do local posteriormente à sua morte e são encontradas somente as larvas vivas; quando há uma fonte alternativa de alimento próxima ao cadáver e não fica claro de onde a larva procede; quandohá muitas evidências no local; ou ainda quando os insetos de uma cena de crime são divididos e enviados para diferentes investigadores que chegam a conclusões divergentes. (Linville et al, 2004; Campobasso et al , 2005)
A utilização de técnicas de biologia molecular tem se mostrado eficaz para identificar DNA humano presente no intestino de insetos, fornecendo um perfil genético que pode ser comparado ao do corpo em questão, como observado no experimento de Wells et al (2001), que foi capaz de sequenciar e identificar DNA humano após uma reação de PCR de material do intestino de insetos alimentados com um fígado humano removido de um transplante; e por Zehner et al (2004) que mostraram que a análise de regiões polimórficas (STR) do DNA humano recolhido do intestino de larvas, após realização de PCR e sequenciamento, poderia ser usada para associar esses insetos a um determinado corpo.
No entanto é necessário preservar as larvas imediatamente após a coleta no local do crime, uma vez que o tamanho da amostra é um fator que afeta a habilidade de analisar o DNA do hospedeiro nas larvas. O sucesso da análise molecular pode ser mais alto em larvas que estão se alimentando ativamente no corpo do que os espécimes mais velhos que já pararam de se alimentar. Ainda são necessários mais estudos referentes a esse tema para determinar a metodologia mais adequada para coleta e armazenamento dos espécimes para permitir uma recuperação mais eficaz do material intestinal do inseto. (Wells et al, 2001)
3.2.3 Diferenciação do estágio de desenvolvimento
Logo após a morte, se não houver nenhum impedimento físico ou químico, vários insetos serão atraídos pelo corpo em decomposição, onde utilizarão a carcaça como alimento ou para ovoposição. Baseado nisso, pode-se avaliar o IPM por meio da determinação da idade do inseto encontrado no corpo, comparando esses dados com informações sobre a biologia, o ciclo de vida e a ecologia do inseto. Geralmente essa determinação da idade é feita por meio da análise da morfologia e biometria das larvas, uma vez que cada espécie possui um padrão de crescimento específico a uma certa temperatura. Deve ser utilizado o mais velho estágio larvar encontrado, pois este corresponderá às primeiras posturas e indicará o tempo mínimo de desenvolvimento do inseto. (Tarone et al, 2007; Zehner et al, 2009)
No entanto, o tempo de desenvolvimento, bem como as características ecológicas entre as espécies necrófagas pode diferir, ainda que façam parte de um mesmo gênero. Assim, um mesmo estágio de desenvolvimento das larvas encontradas no corpo não necessariamente indica a mesma idade ou mesmo tempo de colonização. (Amendt et al, 2004)
Após o término da alimentação as larvas deixam o corpo para iniciar o estágio de pupa, e o estágio de crescimento chega ao fim. O desenvolvimento do inseto ocorre agora dentro da pupa. Muitas espécies de insetos de importância forense permanecem mais de 50% de seu estágio de vida imaturo na forma de pupa, desta forma a determinação da idade do inseto neste período é de grande valia na estimativa do IPM. A morfologia externa da pupa não apresenta muitas variações no decorrer do desenvolvimento do inseto, dificultando a determinação da idade desta baseada somente me características morfológicas. (Tarone et al, 2007; Zehner et al, 2009)
A metamorfose é caracterizada por processos de desenvolvimento como proliferação celular, remodelamento de tecido, migração celular e morte celular programada. Muitos genes são envolvidos nessas ações e mudanças na expressão desses genes podem funcionar como uma moderna ferramenta para determinar a idade da pupa. (Costa, 2008)
A utilização de técnicas de biologia molecular na análise das diferenças na expressão gênica pode fornecer importantes dados para permitir a determinação da idade da larva e da pupa. Para tanto utiliza-se uma transcriptase reversa para produzir um cDNA a partir do RNA expresso pelo inseto. Esse cDNA é amplificado através de uma reação de PCR.
Os produtos dessa reação são separados em um gel de agarose. Os diferentes transcritos são, então, separados e sequenciados por meio de um sequenciador automatizado. Há genes que aumentam sua expressão durante a metamorfose, que a diminuem, ou há ainda aqueles que apresentam uma reversão em sua expressão durante o desenvolvimento do inseto, indicando a existência de um perfil de expressão gênica típico para cada fase do desenvolvimento. Desta forma é possível diferenciar o início e o final da metamorfose da pupa, com uma idade de até 120 dias. (Tarone et al, 2007; Zehner et al, 2009)
4. Considerações Finais
A Entomologia Forense tem sido de grande valia na elucidação de casos, auxiliando os peritos na evidenciação de circunstâncias pertinentes à morte suspeita, como a identidade do morto, a maneira como a morte ocorreu, o local onde a morte ocorreu e quando a morte se deu.
A principal utilidade desta técnica é na determinação do IPM, principalmente quando já se passaram muitos dias desde a morte, pois os fenômenos cadavéricos, normalmente utilizados para calcular esse intervalo, já terão desaparecido. E quanto maior o tempo decorrido após a morte, mais precisa é a determinação do IPM pela entomologia forense.
A determinação do IPM pode ser feita por meio da sucessão da fauna cadavérica ou pela determinação da idade da larva mais desenvolvida. Para ambos os casos há a necessidade de se determinar a espécie do inseto encontrado, pois cada espécie possui um ciclo de vida característico. Para este fim, bem como para determinação da idade do inseto por meio de modificações na expressão gênica, a biologia molecular pode auxiliar os entomologistas na elucidação de casos. Com o advento de técnicas como a PCR, o sequenciamento, o RFLP e o RAPD, a determinação da espécie do inseto ficou mais precisa, evitando muitos equívocos de classificação de insetos baseados somente nas características fisiológicas, uma vez que há espécies diferentes de insetos que possuem morfologia semelhante.
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Fonte:  www.cpgls.ucg.br
Entomologia Forense
ENTOMOLOGIA MÉDICA

1. Ordem Hemíptera: Aspectos morfológicos e taxonômicos gerais; ênfase nos aspectos importantes da fisiologia e bioquímica destes vetores envolvidos na transmissão de parasitos. Interação dos parasitos com os vetores.
 2. Ordem Díptera – subfamília Culicíneos: Aspectos morfológicos e taxonômicos gerais; ênfase nos aspectos importantes da fisiologia e bioquímica destes vetores envolvidos na transmissão de parasitos humanos. Interação dos parasitos com os vetores.
 3. Ordem Díptera – Anofelinos: Aspectos morfológicos e taxonômicos gerais; ênfase nos aspectos importantes da fisiologia e bioquímica destes vetores envolvidos na transmissão de parasitos humanos. Interação dos parasitos com os vetores.
 4. Ordem Díptera - Flebotomíneos: Aspectos morfológicos e taxonômicos gerais; ênfase nos aspectos importantes da fisiologia e bioquímica destes vetores envolvidos na transmissão de parasitos humanos. Interação dos parasitos com os vetores.
 5. Insetos ectoparasitos causadores de miíases – Aspectos morfológicos e taxonômicos gerais; Ciclo Biológico do ectoparasito; Aspectos gerais da resposta do hospedeiro a infestação por estes ectoparasitos.
 6. Insetos ectoparasitos humanos – Sifonapteros e Anopluros: Aspectos morfológicos e taxonômicos gerais; ênfase nos aspectos importantes da fisiologia e bioquímica destes vetores na relação do hospedeiro; Aspectos gerais da resposta do hospedeiro a infestação por estes ectoparasitos.
 7. Glândula salivar de vetores: estrutura, função, bioquímica e fisiologia. Relações moleculares deste sistema com a transmissão parasitária.
 8. Sistema digestivo de vetores: estrutura, função, bioquímica e fisiologia. Relações moleculares deste sistema com a transmissão parasitária.
 9. Sistema reprodutivo de vetores: estrutura, função, bioquímica e fisiologia. Transmissão transovariana de parasitos.
 10. Sistema imune de vetores: estrutura, função, bioquímica e fisiologia. Relações moleculares deste sistema com a tolerância ou susceptibilidade a parasitos.
 11. Controle biológico de insetos vetores
Fonte:  biof.ufrj.br

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